Você provavelmente já ouviu falar da doença conhecida como bico de papagaio. Ela é comum na coluna, mas você sabia que também existem casos de bico de papagaio no joelho? Quando um indivíduo desenvolve bico de papagaio, significa que na borda de alguns ossos desenvolveram-se projeções ósseas. Ou seja, surgem estruturas a mais do que o corpo necessita, o que acaba por provocar uma série de sintomas e tem uma relação com o desgaste da articulação ou uma estratégia do corpo de tentar evitar alguns movimentos dolorosos. Neste artigo você vai descobrir mais sobre a Osteofitose no joelho.
Agendar sua AvaliaçãoO que é Bico de Papagaio ou Osteofitose?
O nome popular da condição – bico de papagaio – refere-se ao formato das novas composições ósseas, algumas em formato de espículas. Quando o paciente realiza uma radiografia, o exame mostra formações semelhantes a ganchos, curvos, muito parecidas com o bico de uma ave. Esses crescimentos podem ocorrer em qualquer parte do corpo, mas são mais comumente vistos nas articulações. Osteófitos, ou esporões ósseos, podem causar dor e rigidez na articulação afetada, e podem limitar o alcance do movimento.
Quais são os sintomas da Osteofitose?
Em muitos casos, o bico de papagaio no joelho não provoca sintomas por um tempo. Afinal, as formações crescem aos poucos, e os sinais também surgem gradualmente.
Agendar sua AvaliaçãoQuando chega a um estágio mais avançado da doença, porém, o paciente pode começar a perceber dores ao estender e dobrar a perna.
A prática de exercícios físicos também costuma se tornar mais difícil, uma vez que os movimentos passam a ser limitados. Contudo, não apenas essas atividades são afetadas: movimentos antes comuns no dia a dia passam a ser dificultosos, como caminhar, subir e descer escadas e entrar e sair do carro.
Quais são as causas da Osteofitose?
As causas do bico de papagaio no joelho são diversas, mas incluem principalmente problemas que desgastam as articulações do joelho. Confira algumas causas potenciais:
– Lesão ou trauma no osso;
– Osteoartrose;
– Infecção ou inflamação da articulação;
– Desordens metabólicas, tais como gota.
A importância do diagnóstico de Bico de Papagaio
Caso o indivíduo continue a realizar suas atividades normalmente, ou se praticar a atividade física mais intensa sem acompanhamento, pode, muitas vezes, provocar estresse em outras estruturas do joelho.
Tudo isso poderia aumentar a dificuldade de locomoção do sujeito, o que prejudicaria sua qualidade de vida.
Para a realização do diagnóstico e indicação do método adequado para o tratamento do quadro, é realizado uma avaliação física bem minuciosa e, em muitos casos, solicitado exames de imagem.
Desses, destaca-se o exame de raio X e da tomografia computadorizada, que permitirão a verificação das estruturas ósseas, do grau de comprometimento articular, bem como a existência, ou não, de esporões ósseos.
Como tratar essa condição?
Os quadros de osteofitose se tornam mais intensos com o passar dos anos. Para seu tratamento, é comum que seja indicado técnicas paliativas, uma vez que a cirurgia no joelho é muito invasiva e normalmente cogitada em casos bastante graves.
Dessa forma, o paciente geralmente utiliza medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios, para diminuir a dor. Ao mesmo tempo, que é recomendado a realização de um acompanhamento com o fisioterapeuta.
A importância da Fisioterapia no Bico e Papagaio no Joelho
A fisioterapia é importante no tratamento do bico de papagaio porque pode ajudar a melhorar a amplitude de movimento e a mobilidade na articulação afetada. Ela também pode ajudar a reduzir a dor e a inflamação na articulação.
A fisioterapia têm como principal objetivo preservar o movimento dos joelhos e uma boa capacidade de gerar força e estabilização por parte das estruturas responsáveis.
Com o desgaste das estruturas e por conta da dor, é comum que o indivíduo não consiga mais realizar as mesmas tarefas, além disso, consciente ou inconscientemente, é comum diminuir consideravelmente a movimentação da região, para evitar o quadro de dor.
Contudo, interromper os movimentos de uma articulação só vai prejudicá-la, torná-la “mais rígida” ao longo do tempo.
Isso significa que é fundamental manter a movimentação do corpo, mas com certos cuidados. Na fisioterapia, então, o indivíduo aprende como realizar suas atividades da melhor forma.
Além disso, aprende como diminuir a pressão nos joelhos, uma das variáveis relacionadas ao desgaste. A “reeducação” do sujeito é a chave para seu bem-estar.
As técnicas e os exercícios realizados na fisioterapia precisam sempre ser indicados por um especialista. O profissional deve avaliar a condição real do paciente, e verificar quais atividades são mais indicadas e quais devem ser evitadas, pelo menos inicialmente. Por esse motivo, é fundamental buscar o auxílio profissional ao perceber o aparecimento de sintomas.
Como evitar?
Há várias coisas que podem ser feitas para ajudar a evitar que a osteofitose se desenvolva. Algumas das principais medidas incluem:
- Manter um peso saudável: O excesso de peso pode colocar tensão nas articulações e aumentar o risco de desenvolvimento de osteófitos;
- Exercitar-se regularmente: O exercício ajuda a manter as articulações flexíveis e fortes, o que pode ajudar a reduzir o risco de desenvolvimento de osteófitos;
- Manter uma alimentação saudável: Comer uma dieta equilibrada ajuda a assegurar que o corpo receba todos os nutrientes necessários para se manter saudável;
- Evitar lesões e traumas nas articulações: Lesões e traumas podem danificar os ossos e aumentar o risco de desenvolvimento de osteófitos.
O tratamento que vai devolver a saúde dos seus membros inferiores
A proposta do Instituto TRATA está fundamentada no conceito de inovação, no que se refere ao tratamento de membros inferiores (quadril, joelho e pé). A garantia de resultados eficazes reflete os procedimentos adotados pela equipe:
– O paciente é submetido a uma avaliação clínica detalhada, feita por um especialista da equipe. É esse primeiro passo que viabiliza um direcionamento específico ao tratamento, de acordo com o quadro particular de cada paciente.
– A seguir, o paciente é levado a uma avaliação cinemática dos movimentos do corpo. A finalidade é analisar como os ossos e os músculos estão organizados na reação à gravidade e às forças atuantes no corpo humano. Para isso, utilizamos um software exclusivo de análise de movimento chamado TrataScan, cuja tecnologia avançada permite detectar quaisquer alterações na força ou funcionalidade das estruturas que acabam levando a um quadro inflamatório ou doloroso, por exemplo. Assimetrias, padrões motores, lesões associadas, existência de compensações e quais estruturas devem ser trabalhadas são alguns pontos que podem ser avaliados durante essa etapa.
– O último passo consiste na aplicação do protocolo de tratamento das lesões dos membros inferiores, formulado pela rede e baseado em evidências científicas. O foco se concentra no alinhamento biomecânico dos membros inferiores com o objetivo final de melhora do quadro do paciente (sem recidivas) e, por conseguinte, de uma maior qualidade de vida.
Nenhum atendimento é padrão. Avaliamos as necessidades específicas de cada paciente e montamos a abordagem de tratamento mais assertiva para cada quadro. A tecnologia faz parte do nosso programa de tratamento com o objetivo de oferecer aos pacientes o que há de mais avançado no tratamento conservador de Fisioterapia.
Agendar sua AvaliaçãoAtualmente é diretor-clínico do Instituto TRATA – Joelho e Quadril.
Graduado em Fisioterapia no ano de 2001 e Especialista (pós-graduação) em Fisioterapia neuro-musculo-esquelética pela Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo – ISCMSP (2003)
Mestre em Engenharia Biomédica pela Universidade de Mogi das Cruzes – UMC (2006)
Doutor em Ciências pelo programa de Cirurgia e Experimentação da Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP (2011)
Pós-doutorado (post doc) em Biomecânica pela University of Southern California – USC (2013)
Docente da graduação do Centro Universitário São Camilo – CUSC e Fisioterapeuta da Seleção Brasileira de Futebol Feminino
Foi Professor Adjunto da pós-graduação em Fisioterapia musculo-esquelética – ISCMSP e Supervisor do Grupo de Joelho, Quadril, Traumatologia Esportiva e Ortopedia Pediátrica – ISCMSP
Vencedor dos prêmios EXCELLENCE IN RESEARCH AWARD pelo melhor artigo publicado no ano de 2010 e EXCELLENCE IN CLINICAL INQUIRY no ano de 2011 no Journal of Orthopaedic and Sports Physical Therapy (JOSPT).
Membro da Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva (SONAFE). Tem mais de 60 publicações nacionais e internacionais com ênfase em Reabilitação em Ortopedia e Traumatologia, Joelho e Quadril, Traumatologia esportiva e Eletrotermofototerapia.