A bursite no quadril é uma condição que afeta um grande número de pessoas, e a questão sobre se a bursite no quadril leva à aposentadoria é uma dúvida comum.
Portanto, vamos explicar o que é essa condição e como ela é considerada legalmente no Brasil. Afinal, a bursite no quadril pode resultar em aposentadoria? Leia para saber mais!
Agendar sua AvaliaçãoO que é bursite no quadril?
O quadril é uma estrutura complexa composta pelo osso da bacia, vários músculos, ligamentos e pela articulação com a cabeça do fêmur.
Nesta região, existe um tecido sinovial na parte lateral do quadril, que serve como uma proteção entre o músculo da coxa lateral e a parte mais proeminente da cabeça do fêmur, o osso da coxa.
Esta estrutura é chamada de bursa.
A função da bursa no quadril é atuar como uma “almofada”, facilitando o deslizamento dos tendões e estruturas musculares sobre o osso.
Com a presença da bursa, esse deslizamento ocorre de forma suave, sem causar dor nos músculos.
No entanto, em algumas situações, a bursa pode inflamar, resultando no quadro conhecido como bursite.
De fato, a bursite no quadril também é referida como bursite trocantérica, uma vez que a região mais proeminente da cabeça do fêmur é chamada de trocanter maior.
Assista ao vídeo abaixo, apresentado pelo Dr. Thiago Fukuda, diretor clínico do Instituto TRATA, para obter mais informações sobre o assunto.
Bursite no quadril – sintomas
Os principais sintomas da bursite no quadril podem incluir:
Dor no Quadril
A dor é o sintoma mais comum e característico da bursite no quadril. A dor geralmente está localizada na parte externa do quadril, na área da articulação do quadril. Pode ser uma dor surda e persistente ou uma dor aguda e pontiaguda.
Dor que Piora com a Atividade
A dor muitas vezes piora quando a pessoa realiza atividades que envolvem movimentos do quadril, como caminhar, subir escadas, correr, levantar objetos pesados ou cruzar as pernas.
Dor à Noite
Algumas pessoas com bursite no quadril relatam que a dor pode ser mais intensa à noite, interferindo no sono.
Rigidez
A rigidez no quadril, especialmente pela manhã, é outro sintoma comum. Pode ser difícil mover o quadril normalmente devido à rigidez.
Inchaço e Sensibilidade
A área afetada pode ficar inchada e sensível ao toque devido à inflamação da bursa.
Fraqueza Muscular
A dor e a inflamação podem levar à fraqueza dos músculos ao redor do quadril, o que pode afetar a mobilidade.
Dor que se Irradia
Em alguns casos, a dor da bursite no quadril pode irradiar para a coxa exterior ou para a virilha.
Causas da bursite no quadril
As mulheres são mais afetadas pela bursite no quadril devido ao fato de terem quadris mais largos do que os homens. No entanto, isso não significa que os homens não possam desenvolver essa patologia.
Entre as causas da bursite no quadril, podemos mencionar:
- Quedas ou traumas na região lateral do quadril;
- Permanecer prolongadamente na mesma posição, como deitar-se sobre a região lateral, por exemplo;
- Sobrecarga mecânica devido a atividade física;
- Doenças degenerativas, como a artrite reumatoide, por exemplo;
- Fibromialgia;
- Menopausa, que pode resultar em menor lubrificação das articulações;
- Envelhecimento.
Tratamento para bursite no quadril
É essencial que o paciente busque um diagnóstico adequado para dores persistentes no quadril por meio de uma consulta com um médico ortopedista.
Dessa forma, o médico poderá avaliar o paciente fisicamente e, com base em exames físicos e de imagem, fornecer um diagnóstico preciso.
O diagnóstico diferencial é realizado em relação a tendinites, especialmente a tendinite dos músculos glúteo médio e mínimo, assim como a artrose coxofemoral.
Após a confirmação do diagnóstico de bursite trocantérica, o tratamento é iniciado. Geralmente, o tratamento conservador é a primeira opção e frequentemente obtém bons resultados.
Primeiramente, é importante aliviar a dor aguda do paciente. De fato, um paciente com dor aguda no quadril tende a apresentar uma redução na amplitude de movimento e na qualidade de vida, portanto, esse paciente requer tratamento adequado.
O tratamento para bursite no quadril inclui a redução da sobrecarga na região, aplicação de gelo no local e a administração de analgésicos e anti-inflamatórios.
Além disso, pode ser aplicada uma injeção local de corticosteroides. A fisioterapia desempenha um papel fundamental no tratamento, pois durante as sessões são realizadas manobras analgésicas que ajudam a reduzir a inflamação na região.
Uma informação importante é que a fisioterapia auxilia no fortalecimento e reequilíbrio muscular da região.
A cirurgia é raramente indicada nos casos de bursite no quadril e só é recomendada quando o tratamento conservador falha. Nestes casos, a bursa pode ser removida, com a liberação dos tecidos na lateral do quadril, por meio de cirurgia artroscópica, ou seja, minimamente invasiva.
Bursite no quadril tem cura?
A maioria dos casos de bursite no quadril responde bem ao tratamento adequado e à aderência do paciente ao plano de tratamento proposto.
No entanto, é importante que o paciente faça ajustes em seu estilo de vida, especialmente se o problema for causado por sobrecarga na região.
Portanto, melhorar o fortalecimento muscular na região e manter uma boa postura são essenciais.
Além disso, exercícios de alongamento para a região também desempenham um papel importante na redução das dores.
No entanto, em alguns casos, a bursite pode se tornar crônica e, consequentemente, levar à incapacidade no trabalho.
Bursite no quadril aposenta e dá direito ao auxílio doença?
Para determinar se a bursite no quadril pode levar à aposentadoria por invalidez e conceder o direito ao auxílio-doença, é fundamental compreender os direitos trabalhistas e o processo de deferimento da aposentadoria por invalidez no Brasil.
Isso, de fato, depende muito da avaliação da gravidade do problema e se o indivíduo não é mais capaz de desempenhar qualquer tipo de trabalho.
Em outras palavras, para que um problema de saúde resulte em aposentadoria por invalidez, não se avalia apenas a doença em si, mas também o impacto na saúde do trabalhador.
O trabalhador deve ter contribuído para o INSS por no mínimo 12 meses antes de solicitar a aposentadoria por invalidez.
No momento do pedido, é necessário que o trabalhador esteja com suas contribuições ao INSS em dia.
No requerimento, o trabalhador deve explicar as razões pelas quais está solicitando a aposentadoria por invalidez. É crucial incluir um laudo médico que detalhe a gravidade do problema de saúde.
A perícia médica do INSS também avaliará a situação.
Mesmo que a aposentadoria por invalidez seja concedida, uma nova perícia médica será necessária a cada 2 anos para confirmar se a invalidez devido a razões médicas persiste.
O que é uma doença ocupacional?
Uma doença ocupacional, também conhecida como doença relacionada ao trabalho, é uma condição de saúde que é causada ou agravada principalmente devido às condições do ambiente de trabalho ou às tarefas executadas no trabalho.
Uma doença ocupacional pode se desenvolver ao longo do tempo devido à exposição prolongada a fatores de risco no local de trabalho ou podem ocorrer de forma aguda devido a um evento ou exposição específica no trabalho.
É importante notar que uma doença ocupacional é reconhecida como resultante da condição de trabalho e, portanto, pode ser elegível para compensação de trabalhadores em muitos países.
As empresas também são incentivadas a adotar medidas de segurança e saúde no trabalho para prevenir doenças ocupacionais, reduzindo assim os riscos para seus funcionários.
Para proteger a saúde dos trabalhadores e prevenir doenças ocupacionais, as empresas geralmente implementam programas de segurança e saúde ocupacional, fornecendo treinamento adequado, equipamento de proteção, monitoramento de exposições e outras medidas preventivas.
Além disso, os trabalhadores devem estar cientes dos riscos em seu ambiente de trabalho e relatar quaisquer preocupações de saúde ao empregador.
O tratamento que vai devolver a saúde dos seus membros inferiores
A proposta do Instituto TRATA está fundamentada no conceito de inovação, no que se refere ao tratamento de membros inferiores (quadril, joelho e pé).
A garantia de resultados eficazes reflete os procedimentos adotados pela equipe:
Avaliação clínica detalhada
O paciente é submetido a uma avaliação clínica detalhada, feita por um especialista da equipe.
É esse primeiro passo que viabiliza um direcionamento específico ao tratamento, de acordo com o quadro particular de cada paciente.
Avaliação cinemática dos movimentos do corpo
A seguir, o paciente é levado a uma avaliação cinemática dos movimentos do corpo. A finalidade é analisar como os ossos e os músculos estão organizados na reação à gravidade e às forças atuantes no corpo humano. Para isso, utilizamos um software exclusivo de análise de movimento chamado TrataScan, cuja tecnologia avançada permite detectar quaisquer alterações na força ou funcionalidade das estruturas que acabam levando a um quadro inflamatório ou doloroso, por exemplo.
Assimetrias, padrões motores, lesões associadas, existência de compensações e quais estruturas devem ser trabalhadas são alguns pontos que podem ser avaliados durante essa etapa.
Protocolo de tratamento das lesões dos membros inferiores
O último passo consiste na aplicação do protocolo de tratamento das lesões dos membros inferiores, formulado pela rede e baseado em evidências científicas.
O foco se concentra no alinhamento biomecânico dos membros inferiores com o objetivo final de melhora do quadro do paciente (sem recidivas) e, por conseguinte, de uma maior qualidade de vida.
Nenhum atendimento é padrão. Avaliamos as necessidades específicas de cada paciente e montamos a abordagem de tratamento mais assertiva para cada quadro.
A tecnologia faz parte do nosso programa de tratamento com o objetivo de oferecer aos pacientes o que há de mais avançado no tratamento conservador de Fisioterapia.
Conclusão
Se você está considerando a possibilidade de aposentadoria devido à bursite no quadril, é aconselhável procurar orientação de um especialista e, se aplicável, de um especialista em saúde ocupacional ou de um advogado especializado em direitos trabalhistas e aposentadoria.
Eles podem ajudar a avaliar a situação, entender seus direitos e opções e fornecer orientação sobre como proceder de acordo com a legislação e as políticas locais.
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Atualmente é diretor-clínico do Instituto TRATA – Joelho e Quadril.
Graduado em Fisioterapia no ano de 2001 e Especialista (pós-graduação) em Fisioterapia neuro-musculo-esquelética pela Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo – ISCMSP (2003)
Mestre em Engenharia Biomédica pela Universidade de Mogi das Cruzes – UMC (2006)
Doutor em Ciências pelo programa de Cirurgia e Experimentação da Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP (2011)
Pós-doutorado (post doc) em Biomecânica pela University of Southern California – USC (2013)
Docente da graduação do Centro Universitário São Camilo – CUSC e Fisioterapeuta da Seleção Brasileira de Futebol Feminino
Foi Professor Adjunto da pós-graduação em Fisioterapia musculo-esquelética – ISCMSP e Supervisor do Grupo de Joelho, Quadril, Traumatologia Esportiva e Ortopedia Pediátrica – ISCMSP
Vencedor dos prêmios EXCELLENCE IN RESEARCH AWARD pelo melhor artigo publicado no ano de 2010 e EXCELLENCE IN CLINICAL INQUIRY no ano de 2011 no Journal of Orthopaedic and Sports Physical Therapy (JOSPT).
Membro da Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva (SONAFE). Tem mais de 60 publicações nacionais e internacionais com ênfase em Reabilitação em Ortopedia e Traumatologia, Joelho e Quadril, Traumatologia esportiva e Eletrotermofototerapia.
