De forma geral, usa-se o termo bursite do quadril para se referir a presença de um processo inflamatório em uma ou mais bursas situadas em torno da articulação do quadril.
Agendar sua AvaliaçãoO tratamento para bursite de quadril é primordialmente conservador, sendo a fisioterapia a primeira escolha para o manejo desta patologia, apresentando resultados extremamente satisfatórios a curto e longo prazo, na maioria dos casos.
Através da fisioterapia é possível reduzir a inflamação e aliviar a dor do paciente de maneira não cirúrgica. Inclusive, a cirurgia para essa doença é raramente indicada, mas quando necessária, envolve a remoção da bursa inflamada e, às vezes, a reparação de tendões.
No Instituto Trata, aplicamos uma abordagem de tratamento com recursos conservadores baseado em evidências científicas para bursite no quadril. Nenhum atendimento é padronizado. Avaliamos as necessidades reais de cada paciente e montamos o programa mais assertivo para cada quadro.
Através de uma avaliação detalhada do quadro do paciente, com atenção totalmente individualizada, é possível identificar as características específicas do caso e traçar uma conduta de tratamento com recursos personalizados.
Os riscos de recidivas de bursite no quadril são praticamente nulos, diante de toda a estrutura, equipe, ciência e técnicas que oferecemos no atendimento de todos os pacientes.
A tecnologia faz parte dos nossos procedimentos, com o objetivo de oferecer aos pacientes o que há de mais avançado no tratamento conservador de Fisioterapia.
Confira um pouco sobre os recursos que podem ser empregados na avaliação e no tratamento de condições nos membros inferiores:
FISIOTERAPIA MANUAL:
As técnicas manuais podem promover uma restauração da biomecânica das estruturas dos joelhos, sem causar danos ao paciente.
EXERCÍCIOS DIRECIONAIS:
Através de uma série de exercícios direcionados de acordo com o quadro do paciente é possível trabalhar a flexibilidade e a mobilidade articular, ajudando no alívio das dores nos membros inferiores.
FORTALECIMENTO:
Através de um plano de exercícios cuidadosamente elaborado e progressivo, adaptado às necessidades individuais de cada paciente, é possível alcançar uma melhora significativa dos sintomas ou diagnósticos associados ao quadro do paciente.
TECNOLOGIA:
AVALIAÇÃO CINEMÁTICA DOS MOVIMENTOS DO CORPO
O objetivo da avaliação cinemática dos movimentos corporais é examinar a organização dos ossos e músculos em resposta à gravidade e às forças que atuam no corpo humano.
Para essa finalidade, pode ser empregado um software especializado de análise de movimento chamado TrataScan.
Sua tecnologia avançada permite identificar quaisquer alterações na força ou funcionalidade das estruturas que podem resultar em quadros inflamatórios ou dolorosos, por exemplo.
Durante essa avaliação, é possível avaliar assimetrias, padrões motores, lesões associadas, presença de compensações e determinar quais estruturas necessitam de intervenção.
LASERTERAPIA
O laser é um dos recursos que pode ser utilizado na fisioterapia para auxiliar na recuperação de lesões e reduzir a dor (medida analgésica).
Exercícios são propostos para fortalecer a musculatura glútea e outros músculos do membro inferior, visando aumentar a capacidade muscular e restaurar o controle motor.
As clínicas do Instituto Trata contam com um espaço adaptado para que os pacientes possam se movimentar com segurança.
Leia mais sobre bursite no quadril no artigo a seguir.
Anatomia do Quadril
Próximo às articulações, sobretudo de superfícies ósseas mais proeminentes, existem estruturas de tecido conjuntivo semelhantes à pequenas bolsas repletas de líquido (líquido sinovial), chamadas bursas ou bolsas sinoviais.
Essas bursas estão localizadas entre músculos, tendões e ossos, normalmente em pontos onde ocorre atrito entre as estruturas.
A função das bursas é facilitar o deslizamento de uma estrutura sobre a outra , agindo como pequenas “almofadas”, que minimizam o atrito durante os movimentos que ocorrem nas articulações.
Existem centenas de bursas espalhadas pelo corpo e só na região do quadril, encontram-se de 14 a 21 dessas estruturas, das quais quatro ou mais, estão situadas em torno do trocanter maior do fêmur, porção mais saliente desse osso, facilmente palpável na lateral do quadril.
O processo inflamatório de qualquer uma das bursas sinoviais recebe o nome de bursite e o principal sintoma é dor no local da bursa acometida.
Bursite Trocantérica
No quadril, as bursas mais comumente afetadas são aquelas localizadas ao redor do trocanter maior do fêmur, chamadas bursas trocantéricas, e neste caso, o termo empregado é bursite trocantérica ou bursite trocanteriana.
Atualmente sabemos que o acometimento da bursa não se dá de forma isolada e é uma condição que comumente está associada à patologias de outras estruturas também relacionadas ao trocanter maior, como por exemplo os tendões dos músculos glúteo médio e glúteo mínimo e o trato iliotibial (tecido fibroso, disposto na região lateral do quadril e coxa).
Essa associação de doenças recebe o nome de Síndrome da dor Trocantérica ou Síndrome Dolorosa Trocantérica e é considerada uma das causas mais comuns de dor na região lateral do quadril.
Existem outras bursas que podem causar dor no quadril, como é o caso da bursa isquiática e da bursa do músculo iliopsoas, mas são menos frequentes que a bursite trocantérica.
Por fatores anatômicos e hormonais, as mulheres são acometidas em uma proporção de 4:1 em relação aos homens, sobretudo entre a quarta e sexta década de vida.
Causas da Bursite do Quadril
Esse estresse vêm em decorrência do aumento de sobrecarga nos tendões e bursas provocado por excesso de carga durante uma atividade física, atrito por movimentos repetitivos como por exemplo em atividades esportivas, desequilíbrio muscular ou fraqueza dos músculos que se inserem no trocanter maior (sobretudo glúteo mínimo e médio).
Vale lembrar que em casos severos de fraqueza muscular, atividades leves como uma simples caminhada já pode exercer maior exigência nos músculos do quadril e gerar sobrecarga nestas estruturas, sendo suficiente para desencadear a lesão e os sintomas.
Além disso, a bursite trocantérica pode ser causada por trauma direto, por exemplo após alguma queda sobre a lateral do quadril e também por fatores que geram sobrecarga mecânica direta sobre as estruturas do trocanter maior como: discrepância do comprimento dos membros (uma perna mais curta que a outra), quadris largos (uma das causas que justificam a maior incidência dessa doença em mulheres) e encurtamento do tecido fibroso na lateral do quadril (fáscia lata).
Outro fatores de risco estão comumente associados a essa doença, como por exemplo: doenças na coluna lombar, doença na articulação sacro ilíaca, entorse de tornozelo, artrite reumatóide, artrose de joelho e quadril, cirurgias anteriores no quadril, dentre outros.
A justificativa é que essas doenças podem afetar o padrão e marcha e consequentemente sobrecarregar os tendões e bursas da região lateral do quadril.
Sintomas da Bursite Trocantérica
A bursite ou mais especificamente a síndrome dolorosa trocantérica, apresenta sinais e sintomas bem característicos.
O principal deles é a dor localizada na região lateral do quadril, que se acentua após muito tempo de pé, longos períodos caminhando ou subindo e descendo escadas e após passar um certo período deitado, na posição de lado, nestes casos o paciente queixa-se de dores para dormir, o que interfere na qualidade do sono.
Nos estágios iniciais o paciente pode referir dor espontânea ou à palpação do trocanter maior, podendo também ser acompanhada por uma sensação de queimação.
Inicialmente, estas queixas não são intensas o suficiente para impactar na funcionalidade do indivíduo, ou seja, os primeiros estágios desta patologia não são incapacitantes, mas com o passar do tempo, o avanço da condição e a ausência de tratamento adequado, o indivíduo passa a apresentar dores cada vez mais intensas e em uma maior região do quadril, chegando a irradiar pela lateral da coxa até próximo dos joelhos.
Os sintomas rapidamente evoluem com piora noturna, podendo ser responsável por interromper o sono inúmeras vezes durante a noite em decorrência da dor lateral, passa também a apresentar dores intensas após curtas caminhadas (alguns pacientes acabam mancando durante a marcha, na tentativa de poupar o membro com dor) ou a pequenos esforços como agachar e apoiar-se em uma perna só.
Em alguns casos, o movimento de alongamento dos tecidos da região lateral do quadril também provoca dor.
Isso porque o alongamento dessas estruturas gera estiramento dos tendões e compressão das bursas já inflamadas.
Quando não tratada de forma correta, a bursite torna-se crônica e o comprometimento das estruturas passa a ficar mais grave e de difícil resolução, tornando o tratamento mais longo conforme a gravidade dos sintomas.
Quem tem inflamação na bursa trocantérica pode praticar atividade física?
Pessoas com bursite no quadril geralmente podem continuar praticando atividades físicas, mas com algumas considerações e modificações. O principal objetivo é manter a atividade física para manter a saúde geral e evitar ganho de peso, mas sem agravar a condição da bursite.
Prevenção da Bursite Quadril
Prevenir a bursite de quadril envolve adotar algumas medidas que ajudam a reduzir o risco de desenvolver essa condição dolorosa e inflamatória.
Aqui estão algumas dicas para evitar a bursite de quadril:
Fortalecimento muscular
Exercícios para fortalecer os músculos ao redor do quadril, como os músculos glúteos e abdutores, podem ajudar a estabilizar a articulação do quadril e reduzir o risco de irritação da bursa.
Alongamento regular
Praticar alongamentos para os músculos do quadril e das pernas pode melhorar a flexibilidade e a amplitude de movimento, reduzindo a pressão sobre a bursa.
Evitar atividades de alto impacto
Reduza a frequência ou a intensidade de atividades que coloquem muita pressão sobre o quadril, como corrida em superfícies duras ou saltos repetitivos.
Pausas regulares
Se você tem uma rotina que envolve ficar sentado ou em pé por longos períodos, faça pausas regulares para movimentar o quadril e evitar a sobrecarga constante na região.
Uso de calçados adequados
Escolha calçados que ofereçam bom suporte e amortecimento, especialmente se você pratica atividades que envolvem impacto, como corrida.
Aquecimento antes do exercício
Antes de se engajar em atividades físicas intensas, faça um aquecimento adequado para preparar os músculos e articulações para o esforço.
Controle do peso
Manter um peso corporal saudável pode ajudar a reduzir a carga sobre as articulações do quadril, diminuindo o risco de bursite.
Trabalho de flexibilidade
Se você tem uma atividade ou esporte que exige movimentos específicos do quadril, é importante trabalhar a flexibilidade adequada para evitar sobrecargas em áreas específicas.
Agendar sua AvaliaçãoAtualmente é diretor-clínico do Instituto TRATA – Joelho e Quadril.
Graduado em Fisioterapia no ano de 2001 e Especialista (pós-graduação) em Fisioterapia neuro-musculo-esquelética pela Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo – ISCMSP (2003)
Mestre em Engenharia Biomédica pela Universidade de Mogi das Cruzes – UMC (2006)
Doutor em Ciências pelo programa de Cirurgia e Experimentação da Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP (2011)
Pós-doutorado (post doc) em Biomecânica pela University of Southern California – USC (2013)
Docente da graduação do Centro Universitário São Camilo – CUSC e Fisioterapeuta da Seleção Brasileira de Futebol Feminino
Foi Professor Adjunto da pós-graduação em Fisioterapia musculo-esquelética – ISCMSP e Supervisor do Grupo de Joelho, Quadril, Traumatologia Esportiva e Ortopedia Pediátrica – ISCMSP
Vencedor dos prêmios EXCELLENCE IN RESEARCH AWARD pelo melhor artigo publicado no ano de 2010 e EXCELLENCE IN CLINICAL INQUIRY no ano de 2011 no Journal of Orthopaedic and Sports Physical Therapy (JOSPT).
Membro da Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva (SONAFE). Tem mais de 60 publicações nacionais e internacionais com ênfase em Reabilitação em Ortopedia e Traumatologia, Joelho e Quadril, Traumatologia esportiva e Eletrotermofototerapia.