Tem curiosidade em saber como funciona a cirurgia de ligamento cruzado anterior (LCA)? Você vai descobrir mais neste artigo. O ligamento cruzado anterior (LCA) está localizado dentro da articulação do joelho e é uma estrutura fibrosa, semelhante a uma “corda” (com comprimento médio que varia de 25 a 41 mm). O LCA é constituído por dois grandes feixes ou bandas, que durante os movimentos do dia a dia e atividades esportivas, têm a função principal de “segurar” a tíbia, evitando que ela seja deslocada para frente em relação ao fêmur. Isso confere estabilidade e segurança ao joelho para a realização dos movimentos.
Agendar sua AvaliaçãoO que é a lesão de LCA?
A lesão do LCA nada mais é do que o estiramento ou ruptura das fibras do ligamento cruzado anterior. Essa lesão pode ocorrer de forma completa, sendo conhecida também como lesão total (cerca de 95% dos casos), na qual as duas bandas do LCA são rompidas ou de forma parcial, na qual uma das bandas é rompida e a outra continua íntegra.
Agendar sua AvaliaçãoQual o tratamento para o LCA rompido?
Afinal, qual o melhor tratamento para cirurgia de ligamento cruzado anterior (LCA)? A resposta é depende. Esse tipo de lesão pode ser abordado tanto de forma conservadora (reabilitação), como de forma cirúrgica. Alguns fatores tais como a idade do paciente, o nível de atividade física, presença de outras lesões e de falseio e as expectativas futuras do paciente, são de extrema importância para a tomada de decisão sobre indicar ou não a cirurgia de reconstrução do ligamento cruzado anterior.
Além disso, é importante saber que o tratamento pode variar de acordo com as necessidades de cada paciente.
Em casos em que o paciente é um adulto jovem, que no trabalho está exposto a situações de risco potencial para torções do joelho ou mesmo quando o paciente é um atleta que está envolvido com atividades com movimentos rotacionais do joelho ou deslocamentos laterais, e o tratamento conservador não permitiu resultados efetivos, o tratamento cirúrgico é seriamente considerado.
Cirurgia do ligamento cruzado anterior LCA
Em casos em que o tratamento de escolha é a cirurgia de ligamento cruzado anterior (LCA), a artroscopia é a técnica mais atual e menos invasiva, utilizada para a reconstrução do LCA. É uma cirurgia feita com o auxílio de um equipamento chamado artroscópio, que permite a realização da cirurgia por meio de cortes muito pequenos.
Nesse procedimento, o ligamento lesionado é substituído por um enxerto que possa fazer o melhor papel possível do ligamento cruzado anterior preexistente.
De uma forma simplificada, é importante saber que em um processo que tem duração de 3 meses a cerca de 2 anos, esse enxerto de tendão passa a adquirir propriedades semelhantes às de um ligamento. Após a cirurgia, o paciente deve ser submetido a um programa completo de reabilitação na fisioterapia, para que o mesmo consiga recuperar, progressivamente, suas funções e possa retornar com segurança às suas atividades de vida diária e esportivas.
O que substitui o ligamento rompido?
O LCA rompido não pode ser costurado ou colado, então deve ser substituído por uma estrutura que recebe o nome de enxerto. Esses enxertos normalmente são tendões e uma vez indicada a cirurgia do ligamento cruzado anterior LCA, o cirurgião vai optar pela escolha do melhor a ser usado. Essa escolha envolve fatores como as propriedades biomecânicas, resposta à cicatrização, capacidade de incorporação biológica, dentre outros.
Fatores como lesões ligamentares associadas e prática esportiva também devem ser levados em consideração, mas é fato que a experiência do cirurgião é o fator decisivo e de maior segurança para o paciente.
Atualmente os enxertos mais usados e mais bem sucedidos são os biológicos (tecido celular) e a forma mais comum para a obtenção desses enxertos é a retirada do próprio paciente.
Nesses casos, os tendões comumente utilizados são os tendões dos músculos flexores (semitendíneo e grácil), localizados na região interna do joelho; tendão patelar, retirado da região da frente do joelho, logo abaixo da patela (rótula) e tendão quadricipital, localizado na frente do joelho, logo acima da patela (atualmente esse tendão é utilizado com menor frequência).
Para que o enxerto seja posicionado na posição do LCA original, são feitos túneis no osso da canela (tíbia) e no osso da coxa (fêmur) e o enxerto é passado através destes túneis, substituindo o ligamento.
A cirurgia não é a primeira alternativa de tratamento. Recursos conservadores podem resolver com sucesso o quadro do paciente. Procedimentos mais invasivos são empregados apenas quando outras formas de tratamento não tiverem sucesso.
O tratamento que vai devolver a saúde dos seus membros inferiores
A proposta do Instituto TRATA está fundamentada no conceito de inovação, no que se refere ao tratamento de membros inferiores (quadril, joelho e pé). A garantia de resultados eficazes reflete os procedimentos adotados pela equipe:
– O paciente é submetido a uma avaliação clínica detalhada, feita por um especialista da equipe. É esse primeiro passo que viabiliza um direcionamento específico ao tratamento, de acordo com o quadro particular de cada paciente.
– A seguir, o paciente é levado a uma avaliação cinemática dos movimentos do corpo. A finalidade é analisar como os ossos e os músculos estão organizados na reação à gravidade e às forças atuantes no corpo humano. Para isso, utilizamos um software exclusivo de análise de movimento chamado TrataScan, cuja tecnologia avançada permite detectar quaisquer alterações na força ou funcionalidade das estruturas que acabam levando a um quadro inflamatório ou doloroso, por exemplo. Assimetrias, padrões motores, lesões associadas, existência de compensações e quais estruturas devem ser trabalhadas são alguns pontos que podem ser avaliados durante essa etapa.
– O último passo consiste na aplicação do protocolo de tratamento das lesões dos membros inferiores, formulado pela rede e baseado em evidências científicas. O foco se concentra no alinhamento biomecânico dos membros inferiores com o objetivo final de melhora do quadro do paciente (sem recidivas) e, por conseguinte, de uma maior qualidade de vida.
Nenhum atendimento é padrão. Avaliamos as necessidades específicas de cada paciente e montamos a abordagem de tratamento mais assertiva para cada quadro. A tecnologia faz parte do nosso programa de tratamento com o objetivo de oferecer aos pacientes o que há de mais avançado no tratamento conservador de Fisioterapia.
Agendar sua AvaliaçãoAtualmente é diretor-clínico do Instituto TRATA – Joelho e Quadril.
Graduado em Fisioterapia no ano de 2001 e Especialista (pós-graduação) em Fisioterapia neuro-musculo-esquelética pela Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo – ISCMSP (2003)
Mestre em Engenharia Biomédica pela Universidade de Mogi das Cruzes – UMC (2006)
Doutor em Ciências pelo programa de Cirurgia e Experimentação da Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP (2011)
Pós-doutorado (post doc) em Biomecânica pela University of Southern California – USC (2013)
Docente da graduação do Centro Universitário São Camilo – CUSC e Fisioterapeuta da Seleção Brasileira de Futebol Feminino
Foi Professor Adjunto da pós-graduação em Fisioterapia musculo-esquelética – ISCMSP e Supervisor do Grupo de Joelho, Quadril, Traumatologia Esportiva e Ortopedia Pediátrica – ISCMSP
Vencedor dos prêmios EXCELLENCE IN RESEARCH AWARD pelo melhor artigo publicado no ano de 2010 e EXCELLENCE IN CLINICAL INQUIRY no ano de 2011 no Journal of Orthopaedic and Sports Physical Therapy (JOSPT).
Membro da Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva (SONAFE). Tem mais de 60 publicações nacionais e internacionais com ênfase em Reabilitação em Ortopedia e Traumatologia, Joelho e Quadril, Traumatologia esportiva e Eletrotermofototerapia.