A condromalácia patelar ocorre quando a cartilagem da patela sofre um amolecimento anormal.
A patela é o osso localizado na região frontal do joelho, também conhecido como rótula, e está frequentemente sujeita a grandes pressões.
Agendar sua AvaliaçãoEsses impactos podem provocar inflamações e desgastes, o que, no caso da condromalácia, resulta em rachaduras e perda de substância na estrutura cartilaginosa.
Sem o tratamento adequado, essa degeneração pode levar à perda total da cartilagem e à exposição do osso subcondral, que fica imediatamente atrás da cartilagem, mas será que a condromalácia patelar tem cura?
Quem pode desenvolver condromalácia patelar?
Antes de descobrirmos se a condromalácia patelar tem cura, vamos analisar informações importantes.
Alguns grupos de pessoas comumente enfrentam esse problema.
Em primeiro lugar, os adolescentes – cerca de 45% deles desenvolvem essa condição.
O segundo grupo de risco é o das mulheres, devido à configuração diferenciada de seus quadris.
O quadril feminino é mais largo, pois foi “preparado” para gerar filhos e dar à luz.
Essa medida mais extensa acaba provocando um aumento nas cargas distribuídas sobre o joelho.
Mesmo que muitas vezes sejam leves, essas cargas aumentam a pressão no centro da patela, o que, por sua vez, pode levar ao desgaste da cartilagem mencionada.
Os graus da condromalácia patelar
São quatro os graus da condromalácia patelar.
No primeiro, há um leve amolecimento da cartilagem, o que provoca o surgimento de fissuras na camada superficial do tecido.
Já no segundo grau, uma segunda camada de tecido é atingida.
Enquanto isso, no terceiro grau, o paciente convive com o acometimento de aproximadamente 50% da estrutura da cartilagem, apresentando rachaduras mais extensas em sua superfície.
Por fim, o quarto grau da doença, o mais grave, leva à exposição do osso subcondral, localizado imediatamente abaixo da cartilagem.
Causas da condromalácia patelar
Segundo especialistas, uma das principais causas da condromalácia patelar é a pressão exagerada sobre a região da patela.
São diversas as situações responsáveis por esse exagero, mas é comum, especialmente, que a fraqueza dos músculos do joelho, a falta de controle dos movimentos dos membros inferiores e a execução incorreta do gesto esportivo, bem como o exagero no volume de atividade, sejam fatores relacionados ao distúrbio.
Além desses, o excesso de peso corporal e a realização de movimentos intensos e repetitivos são frequentemente percebidos como originadores dessa condição, assim como uma pancada local e o uso constante de saltos.
Há casos, contudo, nos quais o especialista nem mesmo consegue determinar a causa da ocorrência.
Sintomas da condromalácia patelar
Muitos indivíduos podem passar a vida inteira sem desenvolver sintomas especificamente relacionados à condromalácia patelar.
Especialmente nos primeiros estágios do problema, o paciente que apresenta a lesão pode não perceber nenhum sintoma.
Quando os sinais aparecem, porém, são caracterizados principalmente pela dor na parte da frente do joelho.
Essa dor, aliás, torna-se mais intensa com a realização de movimentos simples que envolvem descarga de peso, como saltar, subir escadas e ajoelhar.
Também é comum que o indivíduo apresente dor ao passar longos períodos sentado, com o joelho dobrado.
O uso de medicamentos e anti inflamatórios vai curar a minha condromalácia patelar?
O uso de medicamentos e anti-inflamatórios pode proporcionar alívio temporário dos sintomas associados à condromalácia patelar, mas é importante entender que esses medicamentos não representam uma cura definitiva para o problema. Eles são considerados paliativos, destinados a amenizar a dor e a inflamação, mas não abordam a causa subjacente da condromalácia.
Outro fator importante é que a automedicação, especialmente em casos de condições ortopédicas complexas como a condromalácia patelar, pode ser perigosa. O uso indiscriminado de anti-inflamatórios pode mascarar os sintomas, levando a uma falsa sensação de melhoria, enquanto a condição subjacente pode continuar a se deteriorar. Além disso, a automedicação aumenta o risco de efeitos colaterais indesejados e complicações de saúde.
Portanto, é crucial consultar um especialista para obter um diagnóstico adequado e um plano de tratamento personalizado.
Como a condromalácia patelar é diagnosticada?
O diagnóstico da condromalácia deve ser realizado por um especialista.
A busca por um profissional deve ocorrer assim que a dor no joelho se tornar intensa e/ou recorrente.
Imagine, por exemplo, que você realize uma atividade física mais intensa ou sofra uma pancada no joelho. É comum que essas situações gerem dor, mas apenas por alguns dias.
Se o incômodo não desaparecer, porém, pode ser sinal de uma condição mais grave, como a alteração tratada neste texto ou várias outras às quais o joelho está sujeito.
Portanto, é importante buscar o auxílio de um especialista. No consultório, o profissional vai procurar conhecer seus sintomas, qual a intensidade e o tipo de dor percebida, quando os sinais começaram, e se eles se agravam ou abrandam com alguma atividade. Também é comum que o especialista questione o paciente sobre a ocorrência de problemas semelhantes em sua família, uma vez que certas condições no joelho têm características hereditárias.
Na segunda parte do diagnóstico, é realizado um exame físico. Aqui, o especialista toca e pressiona diferentes partes do joelho para perceber a localização da dor. Alguns outros testes são feitos ainda para auxiliar na percepção da capacidade de movimento do paciente.
Pode ser que o especialista solicite uma ressonância magnética para confirmar o diagnóstico.
Condromalácia patelar tem cura?
Podemos afirmar que não há cura definitiva para o problema, uma vez que isso exigiria a recuperação total da cartilagem, o que não é possível.
Isso ocorre porque esse tecido possui um potencial de cicatrização e renovação extremamente limitado, uma vez que conta com poucos vasos sanguíneos e células regenerativas.
Dessa forma, estão disponíveis apenas tratamentos paliativos para essa condição. O tratamento consiste principalmente na redução da inflamação no joelho, fortalecimento dos músculos e reeducação dos movimentos, de modo a evitar o agravamento do problema.
Com os cuidados constantes e acompanhamento especializado, o paciente pode manter sua qualidade de vida normal.
Tratamento da condromalácia patelar
O tratamento para a condromalácia patelar geralmente envolve uma abordagem multifacetada, adaptada às necessidades específicas de cada paciente.
Como foi dito anteriormente, a condromalácia patelar não tem uma cura definitiva, mas várias opções de tratamento visam aliviar os sintomas, melhorar a função do joelho e retardar a progressão da condição.
Fisioterapia
A fisioterapia desempenha um papel crucial, incorporando exercícios específicos para fortalecer os músculos ao redor do joelho, técnicas de mobilidade e treinamento para melhorar o alinhamento e padrões de movimento.
Modificações nas atividades
Modificações nas atividades diárias, como evitar impactos excessivos e adaptar práticas esportivas, são recomendadas para minimizar o estresse na articulação do joelho.
Perda de peso
A perda de peso pode ser uma estratégia adicional para reduzir a carga sobre o joelho e aliviar os sintomas.
Cirurgia
Em alguns casos mais graves e persistentes, a cirurgia pode ser considerada, com opções que incluem ressecção de tecido danificado, realinhamento da patela, microfraturas ou até mesmo a substituição da articulação.
Prática de exercícios
Muitos acreditam que, após o diagnóstico de problemas no joelho, a prática de esportes deverá ser eliminada do dia a dia. Isso, contudo, está incorreto. Em vez de se tornar sedentário, o paciente com condromalácia patelar precisa apenas adaptar os exercícios e a intensidade da prática à sua nova condição, além de tentar melhorar sua capacidade interna de suportar cargas, com exercícios localizados.
De qualquer modo, é comum que seja necessária uma pausa ou redução nas atividades físicas no início do tratamento. Com a recomendação de um especialista, porém, o esporte adequado poderá ser retomado aos poucos.
Como prevenir dores no joelho?
Fortalecer o joelho é muito importante para evitar dores e incômodos.
Descubra algumas medidas que podem ajudar a prevenir esses problemas:
Fortaleça os músculos das pernas: O fortalecimento dos músculos ao redor dos joelhos é essencial para fornecer suporte adequado às articulações. Exercícios como agachamentos, lunges, extensões de joelhos e fortalecimento do quadril ajudam a estabilizar e proteger a patela.
Realize atividades de baixo impacto: Se possível, opte por atividades de baixo impacto, como natação, ciclismo ou caminhada, em vez de esportes ou exercícios que envolvam saltos repetitivos e movimentos bruscos.
Aqueça antes do exercício: Faça um aquecimento adequado antes de se engajar em atividades físicas mais intensas. Isso ajuda a aumentar a circulação sanguínea e preparar os músculos e articulações para o esforço.
Use calçados adequados: Escolha tênis ou calçados esportivos que ofereçam bom suporte e amortecimento para os pés e joelhos. Sapatos inadequados podem aumentar o impacto nas articulações e causar desconforto.
Controle de peso: Manter um peso saudável é importante para reduzir a carga nos joelhos e prevenir problemas como a condromalácia patelar. Uma dieta equilibrada e exercícios regulares podem ajudar a alcançar esse objetivo.
Evite sobrecargas: Não exagere nos exercícios ou atividades que coloquem muita pressão nos joelhos, especialmente se você não estiver acostumado a elas. Aumente gradualmente a intensidade das atividades físicas.
Use técnicas adequadas em atividades físicas: Se você pratica esportes ou atividades que envolvem saltos, giros ou movimentos repetitivos, aprenda a usar a técnica correta para evitar lesões.
Consulte um especialista: Se você sentir dores persistentes nos joelhos ou tiver algum histórico de lesões, consulte um especialista. Ele poderá avaliar a sua condição e fornecer orientações personalizadas para prevenir problemas futuros.
Lembre-se de que a prevenção é a chave para manter a saúde dos joelhos e evitar a condromalácia patelar. Com cuidados adequados e práticas saudáveis, você pode proteger suas articulações e desfrutar de uma vida ativa e livre de dores.
O tratamento que vai devolver a saúde dos seus membros inferiores
A proposta do Instituto TRATA está fundamentada no conceito de inovação, no que se refere ao tratamento de membros inferiores (quadril, joelho e pé).
A garantia de resultados eficazes reflete os procedimentos adotados pela equipe:
Avaliação clínica detalhada
O paciente é submetido a uma avaliação clínica detalhada, feita por um especialista da equipe.
É esse primeiro passo que viabiliza um direcionamento específico ao tratamento, de acordo com o quadro particular de cada paciente.
Avaliação cinemática dos movimentos do corpo
A seguir, o paciente é levado a uma avaliação cinemática dos movimentos do corpo. A finalidade é analisar como os ossos e os músculos estão organizados na reação à gravidade e às forças atuantes no corpo humano. Para isso, utilizamos um software exclusivo de análise de movimento chamado TrataScan, cuja tecnologia avançada permite detectar quaisquer alterações na força ou funcionalidade das estruturas que acabam levando a um quadro inflamatório ou doloroso, por exemplo.
Assimetrias, padrões motores, lesões associadas, existência de compensações e quais estruturas devem ser trabalhadas são alguns pontos que podem ser avaliados durante essa etapa.
Protocolo de tratamento das lesões dos membros inferiores
O último passo consiste na aplicação do protocolo de tratamento das lesões dos membros inferiores, formulado pela rede e baseado em evidências científicas.
O foco se concentra no alinhamento biomecânico dos membros inferiores com o objetivo final de melhora do quadro do paciente (sem recidivas) e, por conseguinte, de uma maior qualidade de vida.
Nenhum atendimento é padrão. Avaliamos as necessidades específicas de cada paciente e montamos a abordagem de tratamento mais assertiva para cada quadro.
A tecnologia faz parte do nosso programa de tratamento com o objetivo de oferecer aos pacientes o que há de mais avançado no tratamento conservador de Fisioterapia.
Agendar sua AvaliaçãoAtualmente é diretor-clínico do Instituto TRATA – Joelho e Quadril.
Graduado em Fisioterapia no ano de 2001 e Especialista (pós-graduação) em Fisioterapia neuro-musculo-esquelética pela Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo – ISCMSP (2003)
Mestre em Engenharia Biomédica pela Universidade de Mogi das Cruzes – UMC (2006)
Doutor em Ciências pelo programa de Cirurgia e Experimentação da Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP (2011)
Pós-doutorado (post doc) em Biomecânica pela University of Southern California – USC (2013)
Docente da graduação do Centro Universitário São Camilo – CUSC e Fisioterapeuta da Seleção Brasileira de Futebol Feminino
Foi Professor Adjunto da pós-graduação em Fisioterapia musculo-esquelética – ISCMSP e Supervisor do Grupo de Joelho, Quadril, Traumatologia Esportiva e Ortopedia Pediátrica – ISCMSP
Vencedor dos prêmios EXCELLENCE IN RESEARCH AWARD pelo melhor artigo publicado no ano de 2010 e EXCELLENCE IN CLINICAL INQUIRY no ano de 2011 no Journal of Orthopaedic and Sports Physical Therapy (JOSPT).
Membro da Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva (SONAFE). Tem mais de 60 publicações nacionais e internacionais com ênfase em Reabilitação em Ortopedia e Traumatologia, Joelho e Quadril, Traumatologia esportiva e Eletrotermofototerapia.