O joelho é uma das articulações mais importantes no corpo humano. Se você é praticante regular de exercícios físicos, como corrida ou musculação, já deve ter passado por algum desgaste do joelho, pelo menos uma vez na vida.
Geralmente, os joelhos são as articulações mais afetadas na prática de exercícios físicos, mas isso não significa que os exercícios físicos estão contraindicados, muito pelo contrário.
Agendar sua AvaliaçãoVamos aprender mais sobre o que causa desgaste do joelho, os diferentes tipos de problemas que eles podem apresentar e como nos prevenir deles.
Acompanhe!
Estrutura do joelho
Agendar sua Avaliação
O joelho é uma articulação que une os ossos da coxa aos ossos da perna. É o ponto de encontro de três ossos: fêmur, tíbia e a patela (osso localizado dentro do joelho).
Há tendões que fazem a união de todos esses ossos, sendo o principal deles o tendão patelar. É também a estrutura que mais dá problema em termos de lesão de tendão, como a tendinite.
Há ligamentos que dão estabilidade para a articulação, sendo o principal deles o ligamento cruzado anterior. O principal problema que pode ocorrer com os ligamentos são os rompimentos, geralmente associados a lesões de impacto imediato, como no futebol.
Ainda há o menisco, que é uma estrutura responsável por absorver os impactos. Mais uma vez, traumas repentinos durante a prática esportiva podem trazer lesões ao menisco.
Cuidados para quem pratica atividade física e não quer ter dor no joelho
Para não provocar um desgaste acelerado do joelho é preciso tomar certos cuidados durante as atividades físicas.
Se você já é adepto à atividade física, deve saber que pra não desgastar a articulação ou desenvolver problemas no joelho, algumas atitudes são fundamentais.
Alongamento e mobilidade feitos da maneira correta
O alongamento e a mobilidade articular devem ser feitos de maneira correta e devem envolver os principais grupos musculares que atuam no exercício à ser feito.
Por exemplo, se você é praticante de corrida, não adianta sair correndo do nada em um parque, sem antes mobilizar a musculatura de coxas, quadril, panturrilha e costas adequadamente.
Esses grupos musculares são fundamentais durante essa prática de exercício e, à medida que a atenção correta não for dada a eles, a chance de lesão aumenta consideravelmente.
Fortalecimento muscular
A musculatura do CORE, que nada mais é do que os músculos do abdômen que farão a sustentação de toda a musculatura das pernas e da coluna é fundamental para que lesões não ocorram nas articulações inferiores do organismo.
Portanto, exercícios específicos para fortalecimento muscular dessa região devem ser parte integrante da prática de exercícios físicos.
Exercícios como ponte, extensão de perna e agachamento são fundamentais para que a musculatura sobre a articulação não incida, na articulação, peso de maneira incorreta.
Problemas como tendinite e lesões no menisco podem ser evitados com o fortalecimento muscular.
Não exceda seu limite
Precisamos entender qual é o limite do nosso corpo. Quem não corre regularmente, não adianta achar que começará correndo 10 km no primeiro treino. As distâncias têm que ser progressivas e conduzidas juntamente com fortalecimento muscular (de novo, a importância de exercícios para fortalecimento!).
Faça movimentos controlados, pois excessos podem atingir diretamente o joelho, trazendo desgaste na articulação.
Escolha um bom calçado para a prática esportiva
Você sabe como é sua pisada? Não? Nunca ouviu falar nisso?
Sim, há maneiras e maneiras de se pisar. Tem pessoas que pisam primeiro com a ponta do pé, depois põem o restante do pé no chão. Já outras pisam primeiro com o calcanhar e tem outras que conseguem colocar o centro do pé primeiro, distribuindo a força de maneira diferente.
Ou seja, dependendo da maneira que você pisa, há diferentes tipos de calçados e palmilhas que podem te ajudar a pisar mais corretamente e, com isso, colocar menos peso no joelho.
Adequando o tipo de pisada, problemas no tendão patelar, por exemplo, podem ser melhorados, se não curados.
Procure um profissional da área de fisioterapia e pergunte a ele mais sobre tipos de pisada e como isso pode afetar suas articulações, por bem como ajustar sua biomecânica para prevenir lesões.
Praticantes de futebol devem tomar muito cuidado com lesões no joelho resultantes de impactos.
Sinto dor no joelho, posso fazer caminhada?
Se você não sente dor ao caminhar, mas sente dor ao correr, não interrompa sua atividade física. Continue fazendo caminhadas, mas busque um profissional que possa diagnosticar o que acontece com sua articulação quando você pratica corrida.
Observe como é essa dor. Ela é espontânea? Desaparece depois do treino ou se intensifica? Vem acompanhada de inchaço? Todos esses são sinais de que você deve estar atento e procurar um especialista que poderá lhe ajudar.
O importante é não negligenciar incômodos na região. As dores no joelho podem estar presentes na vida de quem pratica atividade física regular, mas não deve ser considerado algo normal, sobretudo se não passa.
Portanto, a atividade física é sempre indicada, a não ser em casos específicos. Quem sente algum incômodo no joelho não deve já achar que não pode fazer nenhum tipo de exercício físico.
Se você sente dor no joelho constantemente, a primeira coisa que deve fazer é buscar um especialista.
Condropatia patelar
Também chamada de condromalácia patelar ou popularmente conhecida como “joelho que estala” é o desgaste na cartilagem do joelho, numa região chamada côndilo femoral.
Essa condição é mais comum em mulheres, justamente por elas terem o quadril mais largo, fazendo com que os joelhos se desviem levemente para dentro, exercendo maior força em uma região específica da patela.
Existem 4 níveis de condropatia patelar, gerando muita ou nenhuma dor, dependendo do grau. A condropatia patelar causa inflamação na região e, muitas vezes, tem que ser medicada para dar mais alívio a quem tem.
As causas da condropatia patelar estão ligadas ao baixo grau de fortalecimento da musculatura, além do esforço repetitivo, trazendo impacto aos joelhos. Além disso, a falta de alongamento e mobilidade, exercícios feitos de maneira inadequada, sobrepeso e artrose também podem estar relacionados.
Além de todos esses fatores de risco, a condropatia patelar também pode aparecer sem nenhuma causa aparente.
Os graus de condropatia patelar são:
- Grau 1: tem área menor de 1,5 cm2 e aparece como uma pequena alteração na estrutura da cartilagem;
- Grau 2: atinge a camada superficial e a área de transição logo baixo, tendo maior de 1,5cm2.
- Grau 3: acomete mais de 50% da espessura da cartilagem;
- Grau 4: atinge toda a cartilagem e até o osso subcondral.
O tratamento da condropatia patelar está relacionada ao alívio dos sintomas, incluindo fisioterapia, com exercícios específicos, alívio de atividades que possam piorar o problema (como uso de saltos), usar compressas com gelo e outros.
Artrose
Uma doença que está diretamente relacionada ao desgaste da articulação do joelho é a artrose. As principais causas estão relacionadas ao envelhecimento e ao sobrepeso.
A artrose atinge mais mulheres acima de 65 anos, por apresentarem estrutura óssea mais frágil do que os homens na mesma faixa etária.
Os sintomas incluem dor e inchaço que piora com atividades como subir e descer escadas.
O diagnóstico, assim como da condropatia patelar, é feito pela avaliação clínica do paciente, muitas vezes em associação a exames de imagem, como radiografias e tomografia computadorizada.
A prevenção está diretamente ligada a hábitos saudáveis e à prática de atividades físicas adequadas, que fortaleçam os ossos e não causem sobrecarga nos joelhos.
Cartilagem no joelho, como recuperar?

Em algumas situações, o quadro de desgaste na cartilagem do joelho pode ser revertido com o uso de medicamentos, fisioterapia e fortalecimento muscular.
Porém, em alguns casos, a cartilagem do joelho pode estar tão comprometida que é necessário a realização de um procedimento cirúrgico.
A condroplastia (cirurgia plástica para reparação da cartilagem), ou mosaicoplastia (retirada da cartilagem do próprio paciente de um local que não recebe carga para ser inserido no joelho) ou uso de cartilagem sintética, dependerá da situação clínica e das condições de recuperação do paciente.
Somente um profissional experiente e qualificado nessa área poderá indicar a melhor opção.
Como Evitar Desgaste no Joelho?
Algumas medidas podem ser adotadas para aumentarmos a chance de termos joelhos saudáveis, sem desgaste ou dor:
- Pratique atividades físicas de maneira adequada, com acompanhamento profissional;
- Aumente a intensidade dos exercícios gradualmente, nunca de forma rápida e intensa;
- Sempre faça alongamento e exercícios de mobilidade;
- Invista no fortalecimento muscular;
- Use calçados adequados ao seu organismo e ao seu tipo de pisada para prática de atividade física;
- Não esteja com sobrepeso;
- Não use saltos por tempo prolongado;
- Não fique sentado sobre as pernas por tempo prolongado.
- Ao menor sinal de dor persistente, procure um profissional qualificado para avaliação do caso.
O tratamento que vai devolver a saúde dos seus membros inferiores
A proposta do Instituto TRATA está fundamentada no conceito de inovação, no que se refere ao tratamento de membros inferiores (quadril, joelho e pé). A garantia de resultados eficazes reflete os procedimentos adotados pela equipe:
– O paciente é submetido a uma avaliação clínica detalhada, feita por um especialista da equipe. É esse primeiro passo que viabiliza um direcionamento específico ao tratamento, de acordo com o quadro particular de cada paciente.
– A seguir, o paciente é levado a uma avaliação cinemática dos movimentos do corpo. A finalidade é analisar como os ossos e os músculos estão organizados na reação à gravidade e às forças atuantes no corpo humano. Para isso, utilizamos um software exclusivo de análise de movimento chamado TrataScan, cuja tecnologia avançada permite detectar quaisquer alterações na força ou funcionalidade das estruturas que acabam levando a um quadro inflamatório ou doloroso, por exemplo. Assimetrias, padrões motores, lesões associadas, existência de compensações e quais estruturas devem ser trabalhadas são alguns pontos que podem ser avaliados durante essa etapa.
– O último passo consiste na aplicação do protocolo de tratamento das lesões dos membros inferiores, formulado pela rede e baseado em evidências científicas. O foco se concentra no alinhamento biomecânico dos membros inferiores com o objetivo final de melhora do quadro do paciente (sem recidivas) e, por conseguinte, de uma maior qualidade de vida.
Nenhum atendimento é padrão. Avaliamos as necessidades específicas de cada paciente e montamos a abordagem de tratamento mais assertiva para cada quadro. A tecnologia faz parte do nosso programa de tratamento com o objetivo de oferecer aos pacientes o que há de mais avançado no tratamento conservador de Fisioterapia.
Agendar sua AvaliaçãoAtualmente é diretor-clínico do Instituto TRATA – Joelho e Quadril.
Graduado em Fisioterapia no ano de 2001 e Especialista (pós-graduação) em Fisioterapia neuro-musculo-esquelética pela Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo – ISCMSP (2003)
Mestre em Engenharia Biomédica pela Universidade de Mogi das Cruzes – UMC (2006)
Doutor em Ciências pelo programa de Cirurgia e Experimentação da Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP (2011)
Pós-doutorado (post doc) em Biomecânica pela University of Southern California – USC (2013)
Docente da graduação do Centro Universitário São Camilo – CUSC e Fisioterapeuta da Seleção Brasileira de Futebol Feminino
Foi Professor Adjunto da pós-graduação em Fisioterapia musculo-esquelética – ISCMSP e Supervisor do Grupo de Joelho, Quadril, Traumatologia Esportiva e Ortopedia Pediátrica – ISCMSP
Vencedor dos prêmios EXCELLENCE IN RESEARCH AWARD pelo melhor artigo publicado no ano de 2010 e EXCELLENCE IN CLINICAL INQUIRY no ano de 2011 no Journal of Orthopaedic and Sports Physical Therapy (JOSPT).
Membro da Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva (SONAFE). Tem mais de 60 publicações nacionais e internacionais com ênfase em Reabilitação em Ortopedia e Traumatologia, Joelho e Quadril, Traumatologia esportiva e Eletrotermofototerapia.