A dor glútea profunda é uma dor que ocorre na região das nádegas, na parte mais interna da musculatura glútea.
Essa dor é caracterizada por uma sensação de desconforto, fisgadas, rigidez ou queimação na área profunda dos glúteos, podendo se estender para a parte de trás da coxa ou para a região lombar.
Agendar sua AvaliaçãoA dor glútea profunda pode variar em intensidade, de leve a intensa, e pode ser constante ou intermitente. Pode ser unilateral (afetando apenas um lado) ou bilateral (afetando ambos os lados).
Essa dor pode ser resultado de diversas condições ou lesões que afetam a região glútea e as estruturas adjacentes.
O que é o músculo piriforme e qual é a relação dele com essa dor?
O músculo piriforme é um pequeno músculo localizado na região glútea, mais especificamente na parte posterior do quadril.
Ele tem origem no sacro, que é o osso triangular na base da coluna vertebral, e se estende até a parte superior do fêmur, o osso da coxa. Sua principal função é auxiliar na rotação externa da coxa (girar a perna para fora) e estabilizar a articulação do quadril durante a movimentação.
A relação do músculo piriforme com a dor glútea profunda está associada à chamada “Síndrome do Piriforme”. Essa síndrome ocorre quando o músculo piriforme fica inflamado, tenso ou irritado, e exerce pressão sobre o nervo ciático, que passa logo abaixo ou até mesmo através das fibras do piriforme em algumas pessoas.
Quando há irritação do nervo ciático devido à compressão do músculo piriforme, pode ocorrer a chamada “dor ciática”, caracterizada por dor na região glútea profunda que pode se irradiar ao longo da parte de trás da coxa e da perna, podendo chegar até o pé. Essa dor pode ser intensa e incapacitante em alguns casos.
Principais sintomas
A dor glútea profunda ou síndrome do piriforme pode se manifestar com uma variedade de sintomas que geralmente envolvem desconforto na região glútea e podem se irradiar para a parte posterior da coxa ou da perna.
Alguns dos principais sintomas incluem:
Dor na região glútea profunda
O sintoma mais comum é uma dor profunda e localizada na região das nádegas. Essa dor pode ser sentida em um lado (unilateral) ou em ambos os lados (bilateral).
Dor irradiada para a parte posterior da coxa
A dor pode se estender ao longo da parte de trás da coxa, acompanhando o trajeto do nervo ciático, que pode passar logo abaixo ou através do músculo piriforme em algumas pessoas.
Formigamento e dormência
Além da dor, podem ocorrer sensações de formigamento, dormência ou sensação de “alfinetadas” na perna afetada.
Fraqueza muscular
Em alguns casos, a síndrome do piriforme pode causar fraqueza nos músculos da perna afetada, o que pode afetar a capacidade de caminhar ou realizar atividades físicas.
Agravamento com certas atividades
A dor geralmente piora com atividades que envolvem o movimento do quadril, como caminhar, correr, subir escadas, ficar sentado por longos períodos ou cruzar as pernas.
Desconforto ao sentar
Sentar-se por longos períodos pode agravar a dor glútea profunda.
Dificuldade em mudar de posição
Mudanças na posição, como levantar-se de uma cadeira ou girar o corpo, podem ser desconfortáveis e dolorosas.
Quais são as principais causas desta dor?
As principais causas da dor glútea profunda incluem:
Síndrome do Piriforme
A própria irritação ou inflamação do músculo piriforme pode ser uma causa direta da dor glútea profunda. Como mencionado anteriormente, o piriforme pode pressionar o nervo ciático, causando a síndrome do piriforme e desencadeando dor e outros sintomas.
Lesões e traumas
Lesões musculares, quedas, acidentes ou outras lesões na região glútea podem levar a um quadro de dor glútea profunda.
Uso excessivo ou atividade física intensa
Atividades repetitivas ou excessivas que envolvem o uso do músculo piriforme, como corrida, ciclismo ou levantamento de peso, podem levar à irritação e inflamação do músculo, desencadeando a dor.
Hérnia de disco lombar
Em alguns casos, uma hérnia de disco lombar pode comprimir as raízes nervosas que saem da coluna vertebral, incluindo o nervo ciático, causando dor glútea profunda e dor ciática.
Quando o paciente deve ir ao especialista?
O paciente deve considerar marcar uma consulta com um especialista quando apresentar os seguintes sinais e sintomas:
Dor persistente ou intensa
Se a dor persistir por mais de alguns dias ou se tornar intensa a ponto de limitar as atividades diárias ou interferir na qualidade de vida, é recomendado procurar um especialista para avaliação.
Irradiação da dor para a perna
Se a dor se irradiar para a parte posterior da coxa, perna ou pé, ou se houver formigamento e dormência nessas áreas, pode ser um sinal de envolvimento do nervo ciático, o que requer uma avaliação mais detalhada.
Fraqueza muscular
Se a dor estiver acompanhada de fraqueza muscular na perna afetada, isso pode indicar uma possível compressão do nervo ciático ou outras condições subjacentes que precisam ser avaliadas.
Dificuldade em caminhar ou movimentar-se
Se a dor dificultar a realização de atividades básicas, como caminhar, levantar-se ou subir escadas, é importante buscar avaliação médica.
Histórico de lesões ou traumas
Se o paciente tiver sofrido lesões ou traumas na região glútea ou no quadril, é aconselhável procurar um especialista para avaliar possíveis danos nos tecidos.
Em geral, sempre que houver dúvidas ou preocupações em relação à dor glútea profunda persistente, é aconselhável procurar um especialista para avaliação, diagnóstico preciso e plano de tratamento adequado.
Tratamento
O tratamento da dor glútea profunda depende da causa subjacente da dor. Abaixo estão algumas opções de tratamento comuns que podem ser consideradas para aliviar a dor e tratar a causa subjacente:
- Fisioterapia: A fisioterapia é frequentemente recomendada para a dor glútea profunda. O fisioterapeuta pode ajudar a identificar desequilíbrios musculares, realizar alongamentos e exercícios específicos para fortalecer os músculos glúteos, melhorar a mobilidade e corrigir a postura.
- Injeções terapêuticas: Injeções de corticosteroides ou anestésicos locais podem ser administradas diretamente na região glútea para reduzir a inflamação e aliviar a dor.
- Fortalecimento muscular: Exercícios de fortalecimento para os músculos glúteos e estabilizadores do quadril podem ser recomendados para melhorar a função
- Tratamento cirúrgico: Em casos raros e graves, quando outras medidas de tratamento não são eficazes, pode ser considerada uma intervenção cirúrgica para aliviar a compressão do nervo ciático ou corrigir outras condições anatômicas que estejam contribuindo para a dor.
O tratamento que vai devolver a saúde dos seus membros inferiores
A proposta do Instituto TRATA está fundamentada no conceito de inovação, no que se refere ao tratamento de membros inferiores (quadril, joelho e pé).
A garantia de resultados eficazes reflete os procedimentos adotados pela equipe:
Avaliação clínica detalhada
O paciente é submetido a uma avaliação clínica detalhada, feita por um especialista da equipe.
É esse primeiro passo que viabiliza um direcionamento específico ao tratamento, de acordo com o quadro particular de cada paciente.
Avaliação cinemática dos movimentos do corpo
A seguir, o paciente é levado a uma avaliação cinemática dos movimentos do corpo. A finalidade é analisar como os ossos e os músculos estão organizados na reação à gravidade e às forças atuantes no corpo humano. Para isso, utilizamos um software exclusivo de análise de movimento chamado TrataScan, cuja tecnologia avançada permite detectar quaisquer alterações na força ou funcionalidade das estruturas que acabam levando a um quadro inflamatório ou doloroso, por exemplo.
Assimetrias, padrões motores, lesões associadas, existência de compensações e quais estruturas devem ser trabalhadas são alguns pontos que podem ser avaliados durante essa etapa.
Protocolo de tratamento das lesões dos membros inferiores
O último passo consiste na aplicação do protocolo de tratamento das lesões dos membros inferiores, formulado pela rede e baseado em evidências científicas.
O foco se concentra no alinhamento biomecânico dos membros inferiores com o objetivo final de melhora do quadro do paciente (sem recidivas) e, por conseguinte, de uma maior qualidade de vida.
Nenhum atendimento é padrão. Avaliamos as necessidades específicas de cada paciente e montamos a abordagem de tratamento mais assertiva para cada quadro.
A tecnologia faz parte do nosso programa de tratamento com o objetivo de oferecer aos pacientes o que há de mais avançado no tratamento conservador de Fisioterapia.
Agendar sua AvaliaçãoAtualmente é diretor-clínico do Instituto TRATA – Joelho e Quadril.
Graduado em Fisioterapia no ano de 2001 e Especialista (pós-graduação) em Fisioterapia neuro-musculo-esquelética pela Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo – ISCMSP (2003)
Mestre em Engenharia Biomédica pela Universidade de Mogi das Cruzes – UMC (2006)
Doutor em Ciências pelo programa de Cirurgia e Experimentação da Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP (2011)
Pós-doutorado (post doc) em Biomecânica pela University of Southern California – USC (2013)
Docente da graduação do Centro Universitário São Camilo – CUSC e Fisioterapeuta da Seleção Brasileira de Futebol Feminino
Foi Professor Adjunto da pós-graduação em Fisioterapia musculo-esquelética – ISCMSP e Supervisor do Grupo de Joelho, Quadril, Traumatologia Esportiva e Ortopedia Pediátrica – ISCMSP
Vencedor dos prêmios EXCELLENCE IN RESEARCH AWARD pelo melhor artigo publicado no ano de 2010 e EXCELLENCE IN CLINICAL INQUIRY no ano de 2011 no Journal of Orthopaedic and Sports Physical Therapy (JOSPT).
Membro da Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva (SONAFE). Tem mais de 60 publicações nacionais e internacionais com ênfase em Reabilitação em Ortopedia e Traumatologia, Joelho e Quadril, Traumatologia esportiva e Eletrotermofototerapia.