A corrida é um esporte que ganhou inúmeros adeptos nos últimos anos. Mas, dentre as reclamações de corredores, a dor na virilha ao correr é uma das mais frequentes.
Entretanto, o que causa a dor na virilha ao correr? E por que essa dor é tão frequente em corredores?
Agendar sua AvaliaçãoVamos analisar com mais detalhes esse tipo de dor e quais são as medidas a serem tomadas para evitá-la, e como é seu tratamento.
O que causa a dor na virilha ao correr?
Sendo um esporte físico de alto impacto em ossos, músculos e articulações, as dores são associadas à prática da corrida.
Agendar sua AvaliaçãoDe fato, sobretudo em atletas amadores que treinam longas distâncias para participarem de provas como meias-maratonas, com 21 km ou maratonas, com 42 km de corrida, as dores podem surgir após um treino puxado ou um ciclo de treinos.
Existem dores na região da virilha que surgem espontaneamente nos atletas, conforme já descrito, após um treino mais puxado. É o caso do estiramento da coxa, que resulta em dor na região interna da coxa, em junção ao quadril.
Muitas vezes, esse estiramento faz o atleta interromper o treino imediatamente e colocar a mão na região da virilha.
Essa dor na virilha costuma desaparecer após repouso, mas quando os episódios de dor são recorrentes, fazendo com que, inclusive, o atleta tenha limitação de movimento e maior dificuldade de continuar seus treinos, uma luz amarela de alerta deve acender.
Nesse caso, a dor na virilha pode ser um sintoma bastante comum da chamada síndrome do impacto do quadril, uma patologia causada pelo frequente impacto da cabeça do fêmur na região do acetábulo no quadril.
Outra causa para dor na virilha é a hérnia inguinal. Uma hérnia é um diagnóstico dado quando uma pequena parte do intestino consegue atravessar a parede formada por músculos da região.
O resultado é uma pequena protuberância na região, como se fosse um calombo, com bastante dor. Para esse caso, buscar diagnóstico médico é também essencial.
Quais são os fatores de risco para dores na virilha?
Atletas amadores que apresentam dores na virilha como sintoma da síndrome do impacto no quadril possuem fatores genéticos que predispõem o surgimento dessa patologia.
Mas essa não é uma patologia restrita a corredores. Ela também pode aparecer em praticantes de futebol e de tênis, por exemplo.
Fatores de risco para esse problema, incluem não somente os fatores genéticos, como também movimentações bruscas no quadril, bastante comuns tanto na prática do futebol quanto do tênis.
No caso específico da corrida, treinos prolongados em superfícies irregulares, tais como ruas inclinadas ou terrenos acidentados, somado ao fato do despreparo corporal, contribuem para o surgimento do problema nos atletas.
O que é bom para dor na virilha?
Tendo surgido o problema, é essencial tomar atitudes para que a dor melhore e também para que não retorne.
Primeiramente, é necessário identificar o tipo de problema que se tem, ao qual resulta em dor na virilha. Afinal, o tratamento para cada tipo de problema costuma ser diferente.
1 – Repouso
Como primeira ação, qualquer pessoa com dor repentina na virilha deve repousar. Ou seja, se a dor foi resultante de um treino, esse deve ser interrompido imediatamente antes de você buscar as orientações adequadas.
Caso tenha sido em função de um movimento brusco, o ideal é buscar repouso, para que a musculatura consiga começar a se recuperar, sobretudo, se foi um caso de estiramento muscular.
“Mas quanto tempo ficarei sem treinar?” – essa é uma pergunta feita constantemente por corredores. O repouso deve durar o tempo suficiente até você buscar ajuda profissional. Isso não significa que você deve ficar deitado o tempo todo.
Você deve diminuir as atividades que exigem a musculatura dolorida, portanto, nesse período, não faça treinos de corrida, futebol ou tênis. Você pode, então, optar por outras formas de exercícios, como Pilates, Yoga, ou natação, com bastante cuidado para não forçar a musculatura.
E se sentir dor, interrompa a atividade.
2 – Gelo no local
Com o repouso, a aplicação de gelo no local da dor representa a segunda medida imediata mais indicada.
O gelo é um vasoconstritor natural, ou seja, ele fará com que haja diminuição da circulação sanguínea no local, evitando ou diminuindo o edema.
Além disso, o gelo também causa leve efeito analgésico, ajudando você a sentir menos dor na virilha.
Idealmente, compressas de gelo devem ser aplicadas por pelo menos 15 minutos na região, 3 vezes ao dia, por pelo menos 3 dias. Aí você terá um panorama se com repouso e gelo a dor foi embora ou se permanece.
3 – Buscar orientação profissional adequada
Antes de começar a tomar remédios por conta própria, é ideal buscar orientação profissional.
Afinal, um diagnóstico preciso, caso o problema persista, é a ação mais indicada.
Um especialista poderá avaliar fisicamente e até solicitar alguns exames de imagem, para ajudar no diagnóstico.
Cirurgias na região só são indicadas em casos extremos e sempre o tratamento conservador com fisioterapia é indicado antes, apresentando bons resultados na maioria dos casos.
4 – Analgésicos e anti-inflamatórios
Conforme já dito, a automedicação em casos de dor ortopédica nunca é recomendada, pois existem medicamentos específicos para agirem em casos de dores em articulações.
5 – Fisioterapia
Uma forte aliada para auxiliar você em casos de dor na virilha ao correr é a fisioterapia.
Com a fisioterapia, medidas analgésicas podem ser tomadas, bem como séries de exercícios de mobilidade, fortalecimento muscular e práticas de retorno ao esporte.
Assim, a dor diminui e você evita a recorrência do problema.
O que fazer para evitar dor na virilha ao correr?
Quem já sentiu uma fisgada na virilha, sabe como isso pode ser incômodo. Portanto, o ideal é evitar que novos episódios ocorram.
Para isso, algumas medidas para evitar dor na virilha ao correr são importantes:
- Diminua a carga e intensidade de treinos;
- Invista em fortalecimento muscular;
- Sempre faça aquecimento;
- Mantenha-se no peso para sua idade e altura;
- Ao primeiro sinal de dor, repouse e coloque gelo no local;
- Em caso de dor persistente, procure diagnóstico e orientação profissional;
- Siga as orientações do especialista e faça as sessões de fisioterapia indicadas.
Assim, você diminui a chance de ter mais dores na virilha ao correr.
O tratamento que vai devolver a saúde dos seus membros inferiores
A proposta do Instituto TRATA está fundamentada no conceito de inovação, no que se refere ao tratamento de membros inferiores (quadril, joelho e pé). A garantia de resultados eficazes reflete os procedimentos adotados pela equipe:
– O paciente é submetido a uma avaliação clínica detalhada, feita por um especialista da equipe. É esse primeiro passo que viabiliza um direcionamento específico ao tratamento, de acordo com o quadro particular de cada paciente.
– A seguir, o paciente é levado a uma avaliação cinemática dos movimentos do corpo. A finalidade é analisar como os ossos e os músculos estão organizados na reação à gravidade e às forças atuantes no corpo humano. Para isso, utilizamos um software exclusivo de análise de movimento chamado TrataScan, cuja tecnologia avançada permite detectar quaisquer alterações na força ou funcionalidade das estruturas que acabam levando a um quadro inflamatório ou doloroso, por exemplo. Assimetrias, padrões motores, lesões associadas, existência de compensações e quais estruturas devem ser trabalhadas são alguns pontos que podem ser avaliados durante essa etapa.
– O último passo consiste na aplicação do protocolo de tratamento das lesões dos membros inferiores, formulado pela rede e baseado em evidências científicas. O foco se concentra no alinhamento biomecânico dos membros inferiores com o objetivo final de melhora do quadro do paciente (sem recidivas) e, por conseguinte, de uma maior qualidade de vida.
Nenhum atendimento é padrão. Avaliamos as necessidades específicas de cada paciente e montamos a abordagem de tratamento mais assertiva para cada quadro. A tecnologia faz parte do nosso programa de tratamento com o objetivo de oferecer aos pacientes o que há de mais avançado no tratamento conservador de Fisioterapia.
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Atualmente é diretor-clínico do Instituto TRATA – Joelho e Quadril.
Graduado em Fisioterapia no ano de 2001 e Especialista (pós-graduação) em Fisioterapia neuro-musculo-esquelética pela Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo – ISCMSP (2003)
Mestre em Engenharia Biomédica pela Universidade de Mogi das Cruzes – UMC (2006)
Doutor em Ciências pelo programa de Cirurgia e Experimentação da Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP (2011)
Pós-doutorado (post doc) em Biomecânica pela University of Southern California – USC (2013)
Docente da graduação do Centro Universitário São Camilo – CUSC e Fisioterapeuta da Seleção Brasileira de Futebol Feminino
Foi Professor Adjunto da pós-graduação em Fisioterapia musculo-esquelética – ISCMSP e Supervisor do Grupo de Joelho, Quadril, Traumatologia Esportiva e Ortopedia Pediátrica – ISCMSP
Vencedor dos prêmios EXCELLENCE IN RESEARCH AWARD pelo melhor artigo publicado no ano de 2010 e EXCELLENCE IN CLINICAL INQUIRY no ano de 2011 no Journal of Orthopaedic and Sports Physical Therapy (JOSPT).
Membro da Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva (SONAFE). Tem mais de 60 publicações nacionais e internacionais com ênfase em Reabilitação em Ortopedia e Traumatologia, Joelho e Quadril, Traumatologia esportiva e Eletrotermofototerapia.