Os dedos do pé são formados por ossos, ligados ao pé através de articulações. Dentre elas, o dedinho mínimo, local onde frequentemente está presente a dor no quinto metatarso, também chamada metatarsalgia.
O que leva à dor no quinto metatarso? Qual pode ser o tratamento para esse problema?
Agendar sua AvaliaçãoÉ sobre isso que abordaremos nesse artigo, confira a seguir!
Causas da dor no quinto metatarso
A dor no quinto metatarso pode ter causas variáveis. Dentre as principais causas, podemos citar a anatomia do pé, como pés cavos, ou o tipo de pisada, mais frequente em pisadas supinadas, por exemplo.
Agendar sua AvaliaçãoOutras possíveis causas são calos nessa região ou até mesmo entorses de tornozelo.
De fato, a dor no quinto metatarso tem como base o excesso de carga nessa região, bastante comum em praticantes de esportes como vôlei e corrida, por exemplo.
Vamos falar com mais detalhes sobre cada uma das possíveis causas de dor no quinto metatarso.
1 – Traumas
Os traumas podem causar dor no quinto metatarso.
A batida no dedinho do pé é muito comum e algumas pessoas, por diversos motivos, têm o hábito doloroso de traumatizar a região do metatarso em batidas traumáticas.
Outro tipo de trauma bastante comum é a entorse de tornozelo. Algumas pessoas, seja pelo uso de calçados inadequados, sobrepeso ou devido ao alinhamento do pé, têm a tendência de virar o tornozelo, levando ao trauma crônico na região.
2– Alinhamento do pé
A pisada supinada é o tipo de pisada mais comum em pessoas com dor no quinto metatarso.
O pé possui um alinhamento biomecânico ideal, através do qual as cargas incidentes são distribuídas de maneira adequada. Isso ocorre quando a pisada é neutra.
Existem, de fato, 3 tipos de pisada:
Neutra
Presente em 45% da população mundial, é a pisada mais equilibrada. Nela, o pé é impulsionado primeiramente com a parte externa do calcanhar. Em seguida, há uma pequena rotação do pé para a porção interna, terminando a passada no centro do pé.
Pronada
É a pisada do pé virado para dentro. Ou seja, nesse tipo de pisada, a força concentra-se no lado interno do calcanhar, terminando a passada na altura do dedão.
Supinada
Ao contrário da pisada pronada, essa é caracterizada pelo pé virado para fora. Dessa forma, é o tipo de pisada mais comum em pessoas com dor no quinto metatarso.
Na pisada supinada, a parte externa do pé, sobretudo a área do quinto metatarso, é utilizada para dar impulsão ao pé, sendo bastante frequente em pessoas com pé cavo. No entanto, é o tipo de pisada mais raro, presente em somente 5% da população.
3 – Excesso de peso
A obesidade é um dos fatores para o surgimento da dor no quinto metatarso.
Como já mencionado, a sobrecarga na região do quinto metatarso contribui significativamente para o surgimento da dor nesse local.
Portanto, pessoas com sobrepeso ou obesidade têm um maior risco de apresentarem esse problema de dor no quinto metatarso.
4 – Atividades físicas com impacto frequente
Algumas atividades físicas nas quais o impacto nessa região é bastante frequente, como é o caso do vôlei, basquete e corrida, por exemplo, fazem com que haja sobrecarga na região.
Portanto, praticantes dessas atividades devem ter cuidado com o tipo de pisada que possuem, buscar tratamento adequado e sempre usar tênis com sistema de amortecimento adequado, indicado por um profissional.
5 – Uso de salto alto e calçados inadequados
Calçados de bico fino, ou então com saltos exagerados, contribuem para a dor no quinto metatarso. Por isso, a dor nessa região pode ser mais frequente nas mulheres, que frequentemente usam esse tipo de calçado.
Fatores de risco para dor no quinto metatarso
- Sobrepeso ou obesidade;
- Uso de sapatos de bico fino ou sandálias apertadas;
- Uso frequente de salto alto;
- Uso de tênis planos ou sem sistema de amortecimento adequado;
- Treinos frequentes de alto impacto e alta intensidade;
- Falta de boa biomecânica do movimento.
Como tratar dor no quinto metatarso?
Há alguns tratamentos disponíveis para aliviar a dor no quinto metatarso.
Em caso de dor que não desaparece espontaneamente em poucos dias, ou com o surgimento de outros sintomas, como vermelhidão no local, sinais de hematoma, inchaço, por exemplo, a busca por diagnóstico profissional deve ser imediata.
Avaliação Inicial
Primeiramente, o especialista fará perguntas sobre como é a dor, duração e seus hábitos. Se for um praticante de atividade física frequente, é importante falar sobre a frequência e intensidade de treinos, os quais deverão ser reduzidos em períodos de dor.
Medicamentos
Apesar de frequente, o uso de medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios não é recomendado. De fato, a automedicação nunca é a melhor saída, visto que há medicamentos que podem, inclusive, piorar a sensação de mal-estar.
Aplicação de gelo
A estratégia inicial, em caso de trauma, por exemplo, pode ser a aplicação de gelo no local, por 20 minutos. Além disso, eliminar o uso de sapatos apertados ou salto alto também contribui para minimizar a dor.
Fisioterapia
Além disso, sessões de fisioterapia especializada são fundamentais para o tratamento. O acompanhamento do profissional fisioterapeuta auxilia na redução da dor no quinto metatarso, com a orientação de recursos para o relaxamento e fortalecimento da musculatura do pé, e para o ganho de mobilidade, força e equilíbrio.
O tratamento que vai devolver a saúde dos seus membros inferiores
A proposta do Instituto TRATA está fundamentada no conceito de inovação, no que se refere ao tratamento de membros inferiores (quadril, joelho e pé). A garantia de resultados eficazes reflete os procedimentos adotados pela equipe:
– O paciente é submetido a uma avaliação clínica detalhada, feita por um especialista da equipe. É esse primeiro passo que viabiliza um direcionamento específico ao tratamento, de acordo com o quadro particular de cada paciente.
– A seguir, o paciente é levado a uma avaliação cinemática dos movimentos do corpo. A finalidade é analisar como os ossos e os músculos estão organizados na reação à gravidade e às forças atuantes no corpo humano. Para isso, utilizamos um software exclusivo de análise de movimento chamado TrataScan, cuja tecnologia avançada permite detectar quaisquer alterações na força ou funcionalidade das estruturas que acabam levando a um quadro inflamatório ou doloroso, por exemplo. Assimetrias, padrões motores, lesões associadas, existência de compensações e quais estruturas devem ser trabalhadas são alguns pontos que podem ser avaliados durante essa etapa.
– O último passo consiste na aplicação do protocolo de tratamento das lesões dos membros inferiores, formulado pela rede e baseado em evidências científicas. O foco se concentra no alinhamento biomecânico dos membros inferiores com o objetivo final de melhora do quadro do paciente (sem recidivas) e, por conseguinte, de uma maior qualidade de vida.
Nenhum atendimento é padrão. Avaliamos as necessidades específicas de cada paciente e montamos a abordagem de tratamento mais assertiva para cada quadro. A tecnologia faz parte do nosso programa de tratamento com o objetivo de oferecer aos pacientes o que há de mais avançado no tratamento conservador de Fisioterapia.
Agendar sua AvaliaçãoAtualmente é diretor-clínico do Instituto TRATA – Joelho e Quadril.
Graduado em Fisioterapia no ano de 2001 e Especialista (pós-graduação) em Fisioterapia neuro-musculo-esquelética pela Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo – ISCMSP (2003)
Mestre em Engenharia Biomédica pela Universidade de Mogi das Cruzes – UMC (2006)
Doutor em Ciências pelo programa de Cirurgia e Experimentação da Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP (2011)
Pós-doutorado (post doc) em Biomecânica pela University of Southern California – USC (2013)
Docente da graduação do Centro Universitário São Camilo – CUSC e Fisioterapeuta da Seleção Brasileira de Futebol Feminino
Foi Professor Adjunto da pós-graduação em Fisioterapia musculo-esquelética – ISCMSP e Supervisor do Grupo de Joelho, Quadril, Traumatologia Esportiva e Ortopedia Pediátrica – ISCMSP
Vencedor dos prêmios EXCELLENCE IN RESEARCH AWARD pelo melhor artigo publicado no ano de 2010 e EXCELLENCE IN CLINICAL INQUIRY no ano de 2011 no Journal of Orthopaedic and Sports Physical Therapy (JOSPT).
Membro da Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva (SONAFE). Tem mais de 60 publicações nacionais e internacionais com ênfase em Reabilitação em Ortopedia e Traumatologia, Joelho e Quadril, Traumatologia esportiva e Eletrotermofototerapia.