Boa parte das lesões no joelho estão relacionadas com a prática de atividade física e com a entorse não é diferente. Essa lesão ocorre quando um movimento articular tende ultrapassar o seu limite sobrecarregando os ligamentos e a cápsula articular.
A gravidade da entorse irá depender da forma que o indivíduo sofre a lesão e sua magnitude, mas a maioria dos casos de entorse de joelho são lesões de grau leve que ocasionam dor e inchaço. Todavia, quando a lesão é grave, a entorse pode ser responsável por lesão ligamentar, meniscal, condral (cartilagem) e sinovite reativa (água no joelho).
Agendar sua AvaliaçãoA causa mais comum é quando o joelho faz um movimento brusco para “dentro” (rotação interna de quadril) com o pé fixo ao solo. Ao sofrer algum episódio de entorse do joelho que ocasione sintomas mais intensos, o recomendado é que o paciente procure um especialista em joelho para realização de exames, com objetivo de diagnosticar a entorse e identificar se há alguma estrutura envolvida/lesionada.
O que é Entorse de Joelho?
Na articulação do joelho existem diversos ligamentos, sendo que quatro deles são os mais conhecidos por serem as estruturas comumente lesionadas em entorses de joelho, são eles dois ligamentos cruzados (anterior e posterior) no centro e interno e os outros dois, um em cada lado da articulação (ligamentos colaterais – medial e lateral). Estes ligamentos trabalham em conjunto para proporcionar estabilidade passiva da articulação do joelho.
Agendar sua AvaliaçãoA entorse do joelho acontece justamente quando um movimento articular excede o seu limite fisiológico, ocasionando uma sobrecarga dos ligamentos e cápsula articular.
Muitas vezes a entorse pode ser considerada “leve”, manifestando apenas sinais de dor e inchaço (edema), sem sinais de instabilidade. Entretanto, em outros casos, a entorse pode levar a lesão ligamentar, meniscal, condral (cartilagem) e sinovite reativa (“água no joelho”).
Sintomas
Os sintomas de uma entorse no joelho podem variar dependendo da gravidade da lesão, mas normalmente incluem dor e inchaço no local da lesão. A dor pode ser pior quando em pé ou andando, com alguma rigidez na articulação.
O inchaço geralmente aparece dentro de 24 horas e pode dificultar a movimentação ou colocar peso sobre a perna afetada. Contusões também podem ocorrer ao redor da articulação.
Em casos mais graves, uma pessoa pode experimentar instabilidade no joelho, com a sensação de que seu joelho “cede” quando suporta peso sobre ele. Pode também sentir uma sensação de estalo ou ouvir um som de estalo quando a lesão ocorre. Em alguns casos, a amplitude do movimento pode ser reduzido devido ao inchaço, assim como a dor que se torna mais intensa com o movimento.
Outros sintomas mais graves incluem lágrimas ligamentares, lesões meniscais, lesões condral (cartilagem) e sinovite reativa (água no joelho).
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Causas
Entorses nos joelhos são geralmente causadas por movimentos bruscos e fortes que colocam uma tensão excessiva sobre os ligamentos e a cápsula articular. Esses movimentos podem incluir dobrar ou torcer o joelho além de seu alcance normal de movimento, pular ou pousar de forma desajeitada, ou bater o joelho contra uma superfície dura. É especialmente comum em atividades que envolvem correr, pular, e mudanças de direção tais como basquete e futebol.
A entorse mais comum é quando ocorre em “valgo”, ou seja, quando o joelho é levado bruscamente para o lado interno e o pé permanece fixo ao solo.
A gravidade da lesão vai depender das estruturas que podem ter sido acometidas, enquadrando-se em três diferentes graus:
– 1º Grau: Neste caso, poucas fibras são danificadas e, na grande maioria dos casos o ligamento cicatriza naturalmente.
– 2º Grau: Um número mais considerável de fibras são danificadas, mas o ligamento ainda não perde a capacidade de promover estabilidade articular.
– 3º Grau: Houve ruptura completa do ligamento.
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Grupos de Risco
Como já mencionamos anteriormente, os praticantes de esportes de alto impacto estão muito propícios a sofrerem uma entorse do joelho. Esportes esses como basquete, futebol, voleibol e qualquer outro esporte onde haja movimentos bruscos envolvendo os joelhos.
Outros fatores de risco podem incluir desequilíbrios musculares entre os quadríceps (os músculos da frente da coxa) e os músculos posteriores (os músculos da parte de trás da coxa). Se esses dois grupos musculares não estiverem equilibrados em força, isso pode causar instabilidade na articulação e uma chance maior de lesão.
A idade também é um fator em que os indivíduos mais velhos têm maior probabilidade de sofrer de entorses no joelho devido à degeneração relacionada com a idade.
O uso de sapatos com apoio inadequado do arco também pode aumentar o risco, pois enfraquece as estruturas de apoio em torno da articulação.
Pessoas que já tiveram anteriormente uma lesão no joelho ou na perna podem também estar correndo um risco maior, já que já têm ligamentos enfraquecidos, que são mais propensos a maiores danos.
Finalmente, as pessoas que executam funções de trabalhos que envolvem ajoelhar-se ou agachar-se frequentemente por longos períodos de tempo correm um risco maior de desenvolver entorses no joelho devido ao desgaste ao longo do tempo.
Em geral, qualquer pessoa pode sofrer de uma entorse no joelho, mas aqueles que exercem esportes ou profissões de alto impacto devem tomar precauções extras, tais como usar equipamento adequado (isto é, aparelho), bem como exercícios de fortalecimento tanto para os flexores do quadril quanto para os músculos do tendão, pois isso ajudará a reduzir a instabilidade na articulação, o que minimiza as chances de ocorrência de lesões.
Diagnóstico
Quando há suspeita de uma entorse no joelho, o especialista normalmente começa fazendo um histórico detalhado, que inclui perguntas sobre quaisquer lesões ou doenças anteriores, bem como sobre estilo de vida e atividades recreativas. Ele também pode perguntar sobre o tipo de dor experimentada e há quanto tempo ela está presente.
O exame físico envolverá a procura de inchaço, maciez, diminuição da amplitude de movimento, instabilidade e dor ao se movimentar ou carregar peso sobre a área afetada. Para confirmar o diagnóstico e descartar outras possíveis causas de sintomas tais como artrite ou laceração do menisco, testes de imagem tais como raios X e ressonância magnética podem ser feitos para visualizar qualquer dano aos ligamentos e cápsula articular.
Tratamento
Para as entorses leves, o uso de compressas de gelo imediatamente ao trauma ou entorse por 30 minutos, 3 a 4 vezes ao dia deve ser realizado, bem como diminuição da descarga durante as atividades cotidianas com uso de muletas axilares ou canadense.
O tratamento conservador por meio de Fisioterapia apresenta resultados muito satisfatórios, utilizando recursos para controle da dor, diminuição do edema e inflamação, seguida de correção biomecânica, melhora dos padrões anormais de movimento e treino de gesto esportivo (em caso de atletas).
O tratamento que vai devolver a saúde dos seus membros inferiores
A proposta do Instituto TRATA está fundamentada no conceito de inovação, no que se refere ao tratamento de membros inferiores (quadril, joelho e pé). A garantia de resultados eficazes reflete os procedimentos adotados pela equipe:
– O paciente é submetido a uma avaliação clínica detalhada, feita por um especialista da equipe. É esse primeiro passo que viabiliza um direcionamento específico ao tratamento, de acordo com o quadro particular de cada paciente.
– A seguir, o paciente é levado a uma avaliação cinemática dos movimentos do corpo. A finalidade é analisar como os ossos e os músculos estão organizados na reação à gravidade e às forças atuantes no corpo humano. Para isso, utilizamos um software exclusivo de análise de movimento chamado TrataScan, cuja tecnologia avançada permite detectar quaisquer alterações na força ou funcionalidade das estruturas que acabam levando a um quadro inflamatório ou doloroso, por exemplo. Assimetrias, padrões motores, lesões associadas, existência de compensações e quais estruturas devem ser trabalhadas são alguns pontos que podem ser avaliados durante essa etapa.
– O último passo consiste na aplicação do protocolo de tratamento das lesões dos membros inferiores, formulado pela rede e baseado em evidências científicas. O foco se concentra no alinhamento biomecânico dos membros inferiores com o objetivo final de melhora do quadro do paciente (sem recidivas) e, por conseguinte, de uma maior qualidade de vida.
Nenhum atendimento é padrão. Avaliamos as necessidades específicas de cada paciente e montamos a abordagem de tratamento mais assertiva para cada quadro. A tecnologia faz parte do nosso programa de tratamento com o objetivo de oferecer aos pacientes o que há de mais avançado no tratamento conservador de Fisioterapia.
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Atualmente é diretor-clínico do Instituto TRATA – Joelho e Quadril.
Graduado em Fisioterapia no ano de 2001 e Especialista (pós-graduação) em Fisioterapia neuro-musculo-esquelética pela Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo – ISCMSP (2003)
Mestre em Engenharia Biomédica pela Universidade de Mogi das Cruzes – UMC (2006)
Doutor em Ciências pelo programa de Cirurgia e Experimentação da Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP (2011)
Pós-doutorado (post doc) em Biomecânica pela University of Southern California – USC (2013)
Docente da graduação do Centro Universitário São Camilo – CUSC e Fisioterapeuta da Seleção Brasileira de Futebol Feminino
Foi Professor Adjunto da pós-graduação em Fisioterapia musculo-esquelética – ISCMSP e Supervisor do Grupo de Joelho, Quadril, Traumatologia Esportiva e Ortopedia Pediátrica – ISCMSP
Vencedor dos prêmios EXCELLENCE IN RESEARCH AWARD pelo melhor artigo publicado no ano de 2010 e EXCELLENCE IN CLINICAL INQUIRY no ano de 2011 no Journal of Orthopaedic and Sports Physical Therapy (JOSPT).
Membro da Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva (SONAFE). Tem mais de 60 publicações nacionais e internacionais com ênfase em Reabilitação em Ortopedia e Traumatologia, Joelho e Quadril, Traumatologia esportiva e Eletrotermofototerapia.