Um estiramento muscular, também conhecido como distensão muscular, é uma lesão comum que ocorre quando as fibras musculares são danificadas devido a um alongamento excessivo ou súbito.
Nesse artigo você vai descobrir quais são as causas e a gravidade de um estiramento muscular.
Agendar sua AvaliaçãoEstiramento muscular danifica as fibras musculares?
Durante um estiramento, as fibras musculares são submetidas a uma tensão excessiva que pode causar microlesões ou ruptura parcial das fibras musculares.
Esse dano ocorre quando as fibras musculares são esticadas além de sua capacidade normal de alongamento, resultando em um estiramento excessivo do músculo.
Dependendo da gravidade do estiramento, as fibras musculares podem sofrer lesões que variam de microlesões leves a rupturas mais extensas.
Agendar sua AvaliaçãoEm casos graves, pode ocorrer uma ruptura completa do músculo, resultando em uma lesão muscular mais significativa.
Onde pode ocorrer?
Um estiramento muscular pode ocorrer em praticamente qualquer músculo do corpo, mas é mais comum em áreas onde os músculos estão sujeitos a esforço excessivo ou tensão durante atividades físicas.
Panturrilhas
Os músculos da panturrilha, como o gastrocnêmio e o sóleo, são propensos a estiramentos, especialmente durante atividades que envolvem corrida, pulos ou movimentos de parada e partida abruptos.
Coxa
Os músculos da coxa, incluindo o quadríceps (na parte da frente da coxa) e os isquiotibiais (na parte de trás da coxa), são frequentemente afetados por estiramentos durante atividades esportivas que exigem corrida, chutes ou mudanças rápidas de direção.
Tornozelo e Pé
Os músculos da região do tornozelo, como os músculos tibiais e peroneais, podem sofrer estiramentos durante atividades que envolvem movimentos de torção ou desequilíbrio, como corrida, pulos ou esportes de contato.
Quais são os graus de estiramento muscular?
Existem três graus de estiramento muscular. São eles:
Grau I
É caracterizado pelo estiramento de uma pequena quantidade de fibras musculares (lesão < 5% do músculo).
A dor é localizada em um ponto específico, surge durante a atividade física e pode persistir por alguns dias após a lesão.
Grau II
É caracterizado pela ruptura de uma maior quantidade de fibras musculares, mas sem comprometer totalmente o músculo (lesão entre 5% e 50% do músculo).
A dor é mais intensa e pode ser acompanhada por inchaço e equimose.
A recuperação leva mais tempo do que no Grau I.
Grau III
É caracterizado pela ruptura total ou quase total do músculo (lesão > 50% do músculo).
A dor é intensa e pode ser acompanhada por inchaço, hematoma e perda de função muscular.
A recuperação leva mais tempo e geralmente requer intervenção cirúrgica.
Quais são as causas do estiramento muscular?
A principal causa do estiramento muscular é o esforço excessivo para realizar uma contração muscular, o que pode acontecer durante uma atividade física intensa, como correr, pular, levantar pesos ou realizar movimentos bruscos e repentinos.
No entanto, outras causas incluem:
- Falta de aquecimento adequado antes do exercício;
- Fadiga muscular;
- Desidratação;
- Sobrecarga muscular e falta de descanso entre as sessões de exercícios;
- Fraqueza muscular;
- Desequilíbrio muscular;
- Postura inadequada durante a atividade física;
- Fatores biomecânicos, como pisada inadequada, má postura, problemas estruturais no corpo;
- Idade avançada;
- Doenças neuromusculares.
Além disso, certos medicamentos e condições que enfraquecem o tecido muscular também podem aumentar o risco de estiramentos musculares.
É importante lembrar que cada pessoa é única e pode ter diferentes fatores de risco para lesões musculares.
Por isso, é sempre recomendável buscar orientação médica antes de começar uma atividade física intensa ou ao sentir algum tipo de dor ou desconforto muscular.
Como diagnosticar um estiramento muscular?
O diagnóstico de um estiramento muscular geralmente é feito com base nos sintomas e no histórico do paciente.
O especialista pode realizar um exame físico para avaliar a extensão da lesão e verificar se há dor, inchaço, equimose (manchas roxas), perda de força ou limitação de movimento.
Em casos mais graves, podem ser necessários exames complementares, como ultrassonografia, ressonância magnética ou tomografia computadorizada, para identificar a extensão e o grau da lesão muscular.
Quando devo me preocupar com a gravidade da lesão?
Você deve se preocupar com um estiramento muscular quando os sintomas indicarem uma lesão mais grave ou quando a dor persistir por um período prolongado.
Dor intensa
Se a dor for muito intensa e não diminuir com gelo pode ser um sinal de uma lesão mais grave.
Inchaço excessivo
Se houver inchaço significativo ao redor da área lesionada, isso pode indicar uma lesão mais grave, como uma ruptura muscular parcial ou completa.
Fraqueza muscular persistente
Se você notar fraqueza persistente no músculo afetado, mesmo após alguns dias de repouso, pode ser um sinal de uma lesão mais grave.
Incapacidade de mover a articulação afetada
Se você não consegue mover a articulação afetada ou sentir um aumento na dor ao tentar movê-la.
Dificuldade em suportar peso
Se você não consegue suportar peso na perna ou no membro afetado devido à dor intensa, é importante procurar avaliação especializada para descartar lesões graves, como uma ruptura muscular completa.
Histórico de lesões anteriores
Se você tiver um histórico de lesões musculares recorrentes ou se a lesão atual for mais grave do que as anteriores, é importante procurar orientação médica para avaliação e tratamento adequados.
Se você perceber algum desses sinais, é importante buscar atendimento especializado imediato para avaliação e tratamento adequados.
Tenho ruptura total do músculo o que devo fazer?
Se você tiver uma ruptura total do músculo, é importante buscar atendimento especializado imediato. Dependendo da gravidade da lesão, pode ser necessário tratamento cirúrgico para reparar o músculo danificado.
Tratamento
O tratamento para estiramento muscular pode envolver tanto medidas caseiras quanto intervenções especializadas, dependendo da gravidade da lesão.
Tratamento Caseiro
Repouso
Reduza a atividade que agrava a lesão e permita que o músculo afetado descanse para facilitar a cicatrização.
Gelo
Aplique gelo na área afetada por 15 a 20 minutos a cada 2 a 3 horas durante os primeiros dias após a lesão para reduzir a dor, o inchaço e a inflamação.
Compressão
Use uma bandagem elástica para aplicar compressão leve na área lesionada, o que pode ajudar a reduzir o inchaço.
Elevação
Mantenha a área afetada elevada sempre que possível para reduzir o inchaço.
Tratamento Especializado
Fisioterapia
Um fisioterapeuta pode prescrever exercícios de alongamento e fortalecimento para ajudar a restaurar a mobilidade e a força muscular, além de promover a recuperação adequada.
Injeções de Corticosteroides
Em casos de estiramentos musculares mais graves, o médico pode recomendar injeções de corticosteroides diretamente na área afetada para reduzir a inflamação e aliviar a dor.
Cirurgia
Em casos raros de estiramentos musculares graves, especialmente quando há uma ruptura completa do músculo, pode ser necessária intervenção cirúrgica para reparar o tecido muscular danificado.
Tempo de recuperação de um estiramento e lesão muscular
O tempo de recuperação de um estiramento muscular e de uma lesão muscular pode variar significativamente dependendo da gravidade da lesão, da localização e do tipo de lesão, da eficácia do tratamento e de outros fatores individuais.
Estiramento Muscular Leve (Grau I)
Geralmente, leva de uma a três semanas para um estiramento muscular leve se curar completamente.
Estiramento Muscular Moderado (Grau II)
Pode variar de três semanas a três meses, dependendo da extensão da lesão.
Lesão Muscular Grave (Grau III)
Pode levar de três meses a vários meses para se recuperar completamente, e em alguns casos pode ser necessário um período de reabilitação prolongado.
Como prevenir um estiramento muscular através das atividades físicas?
Para prevenir um estiramento muscular durante as atividades físicas, é importante seguir algumas medidas de prevenção. Aqui estão algumas dicas:
Faça um aquecimento adequado
Antes de iniciar qualquer atividade física, é importante aquecer os músculos com exercícios de baixa intensidade. O aquecimento ajuda a aumentar a temperatura dos músculos, melhorar a circulação sanguínea e reduzir o risco de lesões.
Faça exercícios de mobilidade antes e depois do treino
A mobilidade é fundamental para manter a flexibilidade dos músculos e evitar lesões. Realize uma mobilidade suave antes e depois do treino para ajudar a preparar e recuperar seus músculos.
Tenha um treinamento personalizado
Um treinador pessoal ou fisioterapeuta pode ajudá-lo a desenvolver um programa de exercícios personalizado para atender suas necessidades específicas e reduzir o risco de lesões.
Use o equipamento de proteção adequado
Use o equipamento de proteção adequado, como tênis confortáveis e bem ajustados, para garantir a estabilidade e evitar escorregões ou quedas.
Respeite seus limites
Não exceda seus limites físicos e evite tentar fazer exercícios que você ainda não está pronto para executar.
Comece com uma intensidade mais baixa e vá progressivamente aumentando o ritmo e a intensidade ao longo do tempo.
Seguir essas medidas de prevenção pode ajudar a evitar o risco de estiramentos musculares e outras lesões durante as atividades físicas.
Lembre-se de sempre conversar com um profissional de saúde antes de iniciar um programa de exercícios, principalmente se você tiver histórico de lesões ou condições médicas pré-existentes.
O tratamento que vai devolver a saúde dos seus membros inferiores
A proposta do Instituto TRATA está fundamentada no conceito de inovação, no que se refere ao tratamento de membros inferiores (quadril, joelho e pé).
A garantia de resultados eficazes reflete os procedimentos adotados pela equipe:
Avaliação clínica detalhada
O paciente é submetido a uma avaliação clínica detalhada, feita por um especialista da equipe.
É esse primeiro passo que viabiliza um direcionamento específico ao tratamento, de acordo com o quadro particular de cada paciente.
Avaliação cinemática dos movimentos do corpo
A seguir, o paciente é levado a uma avaliação cinemática dos movimentos do corpo. A finalidade é analisar como os ossos e os músculos estão organizados na reação à gravidade e às forças atuantes no corpo humano. Para isso, utilizamos um software exclusivo de análise de movimento chamado TrataScan, cuja tecnologia avançada permite detectar quaisquer alterações na força ou funcionalidade das estruturas que acabam levando a um quadro inflamatório ou doloroso, por exemplo.
Assimetrias, padrões motores, lesões associadas, existência de compensações e quais estruturas devem ser trabalhadas são alguns pontos que podem ser avaliados durante essa etapa.
Protocolo de tratamento das lesões dos membros inferiores
O último passo consiste na aplicação do protocolo de tratamento das lesões dos membros inferiores, formulado pela rede e baseado em evidências científicas.
O foco se concentra no alinhamento biomecânico dos membros inferiores com o objetivo final de melhora do quadro do paciente (sem recidivas) e, por conseguinte, de uma maior qualidade de vida.
Nenhum atendimento é padrão. Avaliamos as necessidades específicas de cada paciente e montamos a abordagem de tratamento mais assertiva para cada quadro.
A tecnologia faz parte do nosso programa de tratamento com o objetivo de oferecer aos pacientes o que há de mais avançado no tratamento conservador de Fisioterapia.
Agendar sua AvaliaçãoAtualmente é diretor-clínico do Instituto TRATA – Joelho e Quadril.
Graduado em Fisioterapia no ano de 2001 e Especialista (pós-graduação) em Fisioterapia neuro-musculo-esquelética pela Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo – ISCMSP (2003)
Mestre em Engenharia Biomédica pela Universidade de Mogi das Cruzes – UMC (2006)
Doutor em Ciências pelo programa de Cirurgia e Experimentação da Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP (2011)
Pós-doutorado (post doc) em Biomecânica pela University of Southern California – USC (2013)
Docente da graduação do Centro Universitário São Camilo – CUSC e Fisioterapeuta da Seleção Brasileira de Futebol Feminino
Foi Professor Adjunto da pós-graduação em Fisioterapia musculo-esquelética – ISCMSP e Supervisor do Grupo de Joelho, Quadril, Traumatologia Esportiva e Ortopedia Pediátrica – ISCMSP
Vencedor dos prêmios EXCELLENCE IN RESEARCH AWARD pelo melhor artigo publicado no ano de 2010 e EXCELLENCE IN CLINICAL INQUIRY no ano de 2011 no Journal of Orthopaedic and Sports Physical Therapy (JOSPT).
Membro da Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva (SONAFE). Tem mais de 60 publicações nacionais e internacionais com ênfase em Reabilitação em Ortopedia e Traumatologia, Joelho e Quadril, Traumatologia esportiva e Eletrotermofototerapia.