O Ligamento Cruzado Anterior (LCA) é um dos ligamentos mais importantes do joelho. Como muitos movimentos estão ligados ao LCA e, por isso, esse também é um ligamento que constantemente pode sofrer lesões. Mas, quais seriam os melhores exercícios de fisioterapia para LCA?
Antes de explicarmos os exercícios de fisioterapia para LCA, vamos descrever esse ligamento, quais os movimentos a ele relacionados, as principais lesões e o tratamento para os problemas envolvendo o LCA. Confira!
Agendar sua AvaliaçãoO que é o LCA?
O LCA faz a ligação da região lateral do fêmur, partindo de uma estrutura denominada intercôndilo, indo até a tíbia, o osso da perna, na espinha da tíbia.
Essa é a localização anatômica do LCA. Embora pareça uma estrutura única, o LCA apresenta duas bandas, que agem em sentidos opostos, conforme o movimento executado.
Agendar sua AvaliaçãoSão elas: a banda ântero-medial, que é tensionada quando o joelho é flexionado e a banda póstero-lateral, que é tensionada quando esticamos o joelho.
De fato, o LCA possui grande resistência e elasticidade, mas que também podem ser aumentadas com a prática de atividade física.
Funções do LCA
Sendo um ligamento que une fêmur e tíbia, o LCA participa ativamente da movimentação do joelho, daí sua grande importância.
Esse é o ligamento responsável por “segurar” a tíbia, no movimento de flexão do joelho, impedindo que a tíbia se projete para frente. Dessa forma, o LCA ajuda a garantir a estabilidade do movimento.
Além disso, o LCA atua em posicionar o fêmur para fora, quando se estica o joelho, no retorno do movimento da flexão.
Como ocorrem as lesões no LCA?
As lesões no LCA estão bastante relacionadas à prática esportiva, sobretudo, esportes de contato, como o futebol, por exemplo.
Inclusive, no passado, lesões de ruptura do LCA eram consideradas determinantes para o final precoce da carreira de um jogador de futebol. Atualmente, com o desenvolvimento de técnicas cirúrgicas e da fisioterapia, não é mais assim.
Mas, não é só o futebol que pode levar a uma lesão no LCA. Outros esportes como de luta também contribuem para lesões desse ligamento.
Existem diferentes formas que as lesões de LCA podem ocorrer.
1 – Ruptura total do LCA
Nesse caso, o ligamento se rompe completamente, ficando as duas extremidades separadas. É a lesão mais agressiva. Infelizmente, é também o tipo de lesão mais comum.
2 – Ruptura parcial do LCA
Mais rara, conforme o nome indica, não há ruptura total do ligamento, mas ocorre quando há apenas o estiramento de algumas fibras do ligamento, ficando o ligamento ainda unido por outras regiões, as quais não foram afetadas.
Causas de lesões de ruptura do LCA
Embora estejam bastante ligadas à prática do futebol, as lesões no LCA afetam quatro vezes mais as mulheres, em relação aos homens.
Mas por que as lesões de LCA ocorrem mais nas mulheres? Há algumas razões para isso.
A começar, as mulheres tendem a ter os joelhos mais virados para dentro, em função da sua maior bacia (algo anatômico).
Os hormônios também estão ligados ao maior número de lesões nas mulheres. Há maior risco de lesão do LCA na fase pré-ovulatória do ciclo menstrual.
Além disso, as mulheres têm, anatomicamente, ligamentos menores em comparação aos homens. Todos esses fatores somados contribuem para o maior número de lesões de ruptura do LCA em mulheres, em relação aos homens.
Por último, atletas amadores estão mais propensos a lesões de LCA do que atletas profissionais. Isso se deve a vários motivos: condicionamento físico pior, maior taxa de gordura no corpo e biomecânica do exercício inadequada, por exemplo.
Sintomas de ruptura de LCA
Quando há ruptura do LCA, geralmente, ocorre durante o movimento, com o joelho ficando fixo em uma direção e o corpo se direcionando para outro.
Ocorre também um estalo bastante alto e imediatamente após a lesão, o joelho apresenta-se bastante inchado, com dor na região.
Além disso, o paciente fica com bastante instabilidade e dificuldade de continuar qualquer movimento de flexão do joelho, após a ruptura.
Diagnóstico
Para o diagnóstico de lesão no LCA, o especialista avalia fisicamente o paciente. Alguns exames podem ser solicitados, tais como ressonância magnética, considerada padrão ouro para verificar as estruturas que compõem o joelho.
Inclusive, para o planejamento cirúrgico como parte do plano de tratamento da lesão, a ressonância magnética também é considerada o exame de imagem mais indicado.
Como é a fisioterapia para pacientes com lesão no LCA?
O profissional fisioterapeuta avaliará as condições do joelho, a idade e a mobilidade do paciente para elaborar um protocolo de atendimento individualizado.
Para quem teve lesão no LCA e não vai se submeter ao procedimento cirúrgico, a fisioterapia deve se iniciar o quanto antes.
Já nos casos de cirurgia, inicia-se a fisioterapia logo após a cirurgia.
Para estabelecer um plano de tratamento individualizado, o profissional fisioterapeuta avaliará as condições do joelho, a idade e a mobilidade do paciente.
Em geral, os exercícios de fisioterapia para LCA trabalho de amplitude do joelho, como a flexão e a extensão, mobilização da patela e fortalecimento muscular, sobretudo, dos músculos da coxa e do quadril.
Outros recursos como laserterapia de baixa frequência, para melhorar a dor e a cicatrização na região, também podem ser inseridas, conforme o caso.
Podem ser utilizados equipamentos, caneleiras e faixas para os exercícios. A resistência é importante para que a musculatura consiga ser trabalhada da maneira adequada.
Inicia-se a sessão com aquecimento e mobilidades, com a faixa ou banda elástica. Depois são feitos exercícios nos equipamentos e com caneleiras, sempre com a supervisão de um profissional.
O tratamento que vai devolver a saúde dos seus membros inferiores
A proposta do Instituto TRATA está fundamentada no conceito de inovação, no que se refere ao tratamento de membros inferiores (quadril, joelho e pé). A garantia de resultados eficazes reflete os procedimentos adotados pela equipe:
– O paciente é submetido a uma avaliação clínica detalhada, feita por um especialista da equipe. É esse primeiro passo que viabiliza um direcionamento específico ao tratamento, de acordo com o quadro particular de cada paciente.
– A seguir, o paciente é levado a uma avaliação cinemática dos movimentos do corpo. A finalidade é analisar como os ossos e os músculos estão organizados na reação à gravidade e às forças atuantes no corpo humano. Para isso, utilizamos um software exclusivo de análise de movimento chamado TrataScan, cuja tecnologia avançada permite detectar quaisquer alterações na força ou funcionalidade das estruturas que acabam levando a um quadro inflamatório ou doloroso, por exemplo. Assimetrias, padrões motores, lesões associadas, existência de compensações e quais estruturas devem ser trabalhadas são alguns pontos que podem ser avaliados durante essa etapa.
– O último passo consiste na aplicação do protocolo de tratamento das lesões dos membros inferiores, formulado pela rede e baseado em evidências científicas. O foco se concentra no alinhamento biomecânico dos membros inferiores com o objetivo final de melhora do quadro do paciente (sem recidivas) e, por conseguinte, de uma maior qualidade de vida.
Nenhum atendimento é padrão. Avaliamos as necessidades específicas de cada paciente e montamos a abordagem de tratamento mais assertiva para cada quadro. A tecnologia faz parte do nosso programa de tratamento com o objetivo de oferecer aos pacientes o que há de mais avançado no tratamento conservador de Fisioterapia.
Agendar sua AvaliaçãoAtualmente é diretor-clínico do Instituto TRATA – Joelho e Quadril.
Graduado em Fisioterapia no ano de 2001 e Especialista (pós-graduação) em Fisioterapia neuro-musculo-esquelética pela Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo – ISCMSP (2003)
Mestre em Engenharia Biomédica pela Universidade de Mogi das Cruzes – UMC (2006)
Doutor em Ciências pelo programa de Cirurgia e Experimentação da Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP (2011)
Pós-doutorado (post doc) em Biomecânica pela University of Southern California – USC (2013)
Docente da graduação do Centro Universitário São Camilo – CUSC e Fisioterapeuta da Seleção Brasileira de Futebol Feminino
Foi Professor Adjunto da pós-graduação em Fisioterapia musculo-esquelética – ISCMSP e Supervisor do Grupo de Joelho, Quadril, Traumatologia Esportiva e Ortopedia Pediátrica – ISCMSP
Vencedor dos prêmios EXCELLENCE IN RESEARCH AWARD pelo melhor artigo publicado no ano de 2010 e EXCELLENCE IN CLINICAL INQUIRY no ano de 2011 no Journal of Orthopaedic and Sports Physical Therapy (JOSPT).
Membro da Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva (SONAFE). Tem mais de 60 publicações nacionais e internacionais com ênfase em Reabilitação em Ortopedia e Traumatologia, Joelho e Quadril, Traumatologia esportiva e Eletrotermofototerapia.