A bursite trocantérica é um quadro no qual o paciente apresenta dor bastante aguda na região do trocanter, que é a região de protuberância externa do osso do quadril, o fêmur. Exercícios para bursite trocanterica podem ser podem ser interessantes, quando acompanhados ou feitos por um especialista, para aliviar os sintomas dessa condição. Confira!
Bursite trocantérica – Sintomas
Confira alguns sintomas da bursite trocantérica:
- Dor na região externa da coxa e na lateral do quadril;
- Dor que piora com movimentação, como caminhada ou corrida, por exemplo.
Diagnóstico
Para o diagnóstico da bursite trocantérica é necessária a avaliação de um especialista.
Através de uma avaliação física e alguns exames de imagem é possível estabelecer o correto diagnóstico.
Agendar sua AvaliaçãoTratamento
Para o tratamento da bursite trocantérica, a princípio, é necessária a redução da inflamação local, para que a dor seja aliviada.
Portanto, algumas medidas são indicadas:
- Aplicação de compressas de gelo na região;
- Repouso por alguns dias;
- Redução das atividades físicas, até eliminação do quadro de dor;
- Prescrição de anti-inflamatórios pelo especialista, bem como analgésicos;
- Uso de superfícies mais macias, de apoio na região do trocanter, para não pressionar a região;
- Sessões de fisioterapia.
Exercícios para bursite trocantérica
Existem xercícios para bursite trocanterica que são bastante indicados para quem tem dor.
Esses exercícios podem ser feitos em casa, mas é sempre bom ter uma orientação de um fisioterapeuta para que eles sejam feitos de maneira adequada.
Lembre-se que a orientação de um fisioterapeuta é essencial, justamente para que o alinhamento corporal seja respeitado e o exercício possa surtir o efeito desejado.
De fato, essa série de exercícios abrange os principais músculos da região da coxa e do quadril, justamente para aliviar a região trocantérica e o quadro doloroso.
Portanto, é importante que seja feita em ambos os lados, para melhorar a amplitude de movimento e também a flexibilidade da região.
1 – Alongamento músculo piriforme
O músculo piriforme é um pequeno músculo localizado na região glútea e que, quando recebe sobrecarga, pode resultar em dor.
Muito comum em praticantes de corrida, a síndrome do piriforme pode ser bastante evitada e melhorada com o alongamento do músculo.
Para isso, deite-se de costas em um colchonete. Joelhos dobrados. Posicione o tornozelo da perna dolorida com o joelho da perna oposta.
Então, segure a coxa da perna oposta, trazendo o joelho em direção ao peito. Sinta alongar os glúteos e também toda a região externa do quadril do lado doloroso.
Mantenha-se na posição por, pelo menos, 30 segundos e repita do outro lado.
2 – Elevação de quadril (ponte)
Deite-se em uma superfície firme, como um colchonete.
Pés no chão, joelhos flexionados e unidos.
Coloque as mãos na lateral do corpo e eleve o quadril, permanecendo na posição com o quadril elevado por, pelo menos, 20 segundos. Contraia os glúteos e o abdômen para se manter com o quadril elevado.
Retorne à posição original e repita o movimento por, pelo menos, mais 5 vezes.
4 – Elevação de quadril com perna elevada
Esse outro exercício para elevação do quadril demanda maior concentração.
Deite-se de costas e com um joelho dobrado e a outra perna estendida.
Eleve a perna estendida para cima, 90º graus e se mantenha na posição por, pelo menos, 10 segundos.
Caso você não consiga elevar a perna na amplitude, deixa-se estendida, mas elevada do chão. À medida que sua flexibilidade aumenta, o exercício se torna mais fácil.
Faça o mesmo movimento com a outra perna.
5 – Agachamento
O agachamento é uma boa forma de aliviar a tensão na região do trocanter.
Existem diversos tipos de agachamentos que podem ser realizados, portanto, opte por aquele que você consiga fazer sem causar maior dor na região afetada e preste atenção ao movimento, para não sobrecarregar a coluna.
Para quem não tem muita experiência em agachamento, importante realizar o movimento flexionando os joelhos e os quadris, dscer devagar, cuidando para joelho não ir muito para frente, o que causa desconforto.
Lembre-se de manter os joelhos dobrados atrás da linha da ponta do pé, para não sobrecarregar a articulação.
Para quem já tem maior experiência, pode fazer o agachamento como se fosse sentar em uma cadeira, posicionando as mãos para frente. E não se esqueça de manter a postura alinhada.
Fisioterapia para bursite trocantérica
A fisioterapia é uma ótima aliada para a recuperação da região trocantérica.
O fisioterapeuta estabelece um plano de tratamento, com medidas analgésicas e também com exercícios para alongamento e fortalecimento da região.
Dessa forma, é essencial que o paciente faça as sessões de maneira adequada e na frequência necessária, para que não somente o quadro de dor desapareça como também um novo quadro de dor na região trocantérica seja prevenido.
Além de medidas analgésicas, há também massagens e liberação miofascial para a região, justamente para que o quadro de dor melhore.
O tratamento que vai devolver a saúde dos seus membros inferiores
A proposta do Instituto TRATA está fundamentada no conceito de inovação, no que se refere ao tratamento de membros inferiores (quadril, joelho e pé). A garantia de resultados eficazes reflete os procedimentos adotados pela equipe:
– O paciente é submetido a uma avaliação clínica detalhada, feita por um especialista da equipe. É esse primeiro passo que viabiliza um direcionamento específico ao tratamento, de acordo com o quadro particular de cada paciente.
– A seguir, o paciente é levado a uma avaliação cinemática dos movimentos do corpo. A finalidade é analisar como os ossos e os músculos estão organizados na reação à gravidade e às forças atuantes no corpo humano. Para isso, utilizamos um software exclusivo de análise de movimento chamado TrataScan, cuja tecnologia avançada permite detectar quaisquer alterações na força ou funcionalidade das estruturas que acabam levando a um quadro inflamatório ou doloroso, por exemplo. Assimetrias, padrões motores, lesões associadas, existência de compensações e quais estruturas devem ser trabalhadas são alguns pontos que podem ser avaliados durante essa etapa.
– O último passo consiste na aplicação do protocolo de tratamento das lesões dos membros inferiores, formulado pela rede e baseado em evidências científicas. O foco se concentra no alinhamento biomecânico dos membros inferiores com o objetivo final de melhora do quadro do paciente (sem recidivas) e, por conseguinte, de uma maior qualidade de vida.
Nenhum atendimento é padrão. Avaliamos as necessidades específicas de cada paciente e montamos a abordagem de tratamento mais assertiva para cada quadro. A tecnologia faz parte do nosso programa de tratamento com o objetivo de oferecer aos pacientes o que há de mais avançado no tratamento conservador de Fisioterapia.
Conclusão
Um quadro de bursite trocantérica pode trazer muita dor e, com isso, dificuldades de caminhar ou de executar atividades.
É importante buscar um profissional especialista, que fará o diagnóstico correto e indicará sessões de fisioterapia.
Com exercícios adequados e medidas analgésicas, a região desinflama e o quadro tem prognóstico positivo.
Agendar sua AvaliaçãoAtualmente é diretor-clínico do Instituto TRATA – Joelho e Quadril.
Graduado em Fisioterapia no ano de 2001 e Especialista (pós-graduação) em Fisioterapia neuro-musculo-esquelética pela Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo – ISCMSP (2003)
Mestre em Engenharia Biomédica pela Universidade de Mogi das Cruzes – UMC (2006)
Doutor em Ciências pelo programa de Cirurgia e Experimentação da Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP (2011)
Pós-doutorado (post doc) em Biomecânica pela University of Southern California – USC (2013)
Docente da graduação do Centro Universitário São Camilo – CUSC e Fisioterapeuta da Seleção Brasileira de Futebol Feminino
Foi Professor Adjunto da pós-graduação em Fisioterapia musculo-esquelética – ISCMSP e Supervisor do Grupo de Joelho, Quadril, Traumatologia Esportiva e Ortopedia Pediátrica – ISCMSP
Vencedor dos prêmios EXCELLENCE IN RESEARCH AWARD pelo melhor artigo publicado no ano de 2010 e EXCELLENCE IN CLINICAL INQUIRY no ano de 2011 no Journal of Orthopaedic and Sports Physical Therapy (JOSPT).
Membro da Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva (SONAFE). Tem mais de 60 publicações nacionais e internacionais com ênfase em Reabilitação em Ortopedia e Traumatologia, Joelho e Quadril, Traumatologia esportiva e Eletrotermofototerapia.