Andar na ponta dos pés ou em marcha equina é uma característica muito comum quando os bebês estão iniciando o processo de marcha independente. Isso porque o sistema nervoso central ainda está em processo de desenvolvimento e a criança não tem uma boa coordenação motora ainda. Essa é uma condição comum, como já mencionamos, mas se a criança já estiver em um estágio avançado de crescimento e continuar andando na ponta dos pés é preciso avaliar o caso. Nesse artigo nós vamos falar mais sobre os agravamentos dessa condição, sinais, prevenção e exercícios para quem anda na ponta dos pés que podem ajudar.
Quais são as causas de quem anda na ponta dos pés?
O andar de pontapés pode ser causado por uma série de coisas diferentes. Em alguns casos, pode ser causada por uma condição física, como pés chatos ou arcos plantares altos. Também pode ser causada por músculos tensos na região da panturrilha ou pela pouca flexibilidade do tornozelo. Alterações no sistema nervoso central, desmodulação sensorial e doenças neuromusculares são outros exemplos e possíveis causas.
Agendar sua AvaliaçãoQuais são os sinais?
Há alguns sinais de alerta para quem anda na ponta dos pés que é preciso ter atenção como:
- Se os calcanhares de uma criança 5 anos de idade ou mais nunca tocam o chão;
- Dificuldade de manter o equilíbrio e cair frequentemente;
- Sentar-se sobre os joelhos ou na postura W;
- Rejeição ao contato de diferentes texturas.
Essa não é uma condição grave, mas se a criança permanecer nessa marcha, além da faixa etária aceitável, ela pode causar deformidades permanentes que podem causar alterações no desenvolvimento importantes.
Agendar sua AvaliaçãoAndar na ponta dos pés pode ser um sinal de Autismo?
Não há resposta definitiva a essa pergunta, no entanto, alguns especialistas acreditam que pode haver uma ligação entre o andar na ponta dos pés e o autismo. Alguns pesquisadores acreditam que andar na ponta dos pés pode ser um sinal de que o sistema nervoso central da criança não está funcionando corretamente, o que poderia ser um sinal de autismo. No entanto, não há provas concretas que sustentem essa teoria. São necessárias mais pesquisas para determinar se existe uma ligação entre a marcha na ponta dos pés e o autismo.
Quais são as opções de tratamento e exercícios para quem anda na ponta dos pés?
As opções de tratamentos vão depender da causa de cada caso. Confira algumas delas:
- Em alguns casos, pode ser necessária uma cirurgia para corrigir o problema;
- Aplicação de toxina botulínica;
- Terapia Ocupacional;
- Uso de Órteses Suropodálicas;
- Fisioterapia.
Dicas de exercícios para quem anda na ponta dos pés
Mobilidade de Tornozelo
Uma dica de exercício simples para melhorar a mobilidade de tornozelo é utilizando um rolo de espuma.
A execução do movimento é fácil. É só você deitar no chão, colocar as panturrilhas sobre o rolo e depois aplicar uma pressão em um movimento de vai e vem passando o rolo do tornozelo até o músculo da panturrilha.
Liberação Miofascial da Perna
O rolinho pode ser um excelente aliado para a liberação da perna também.
Você pode fazer um movimento que é muito bom para liberar o posterior de coxa. Apara executá-lo sente-se apoiando as mãos no chão e colocando o peso no corpo em cima do rolo, posicionando-o na parte de trás da coxa. Faça o movimento de vai e vem fazendo pressão na parte posterior da coxa esquerda e depois da direita
Treinamento de Força para Panturrilha
Um tipo de exercício que pode ser feito para fortalecer a panturrilha é a elevação de calcanhar com as duas pernas.
Utilize uma superfície alta, que pode ser um degrau de escada ou um step up, apoie a ponta dos pés e deixe a outra parte do pé do lado de fora e faça um movimento de descida e subida.
Outro exercício simples para fortalecer a panturrilha é o agachamento livre. O ideal é que o praticante utilize um tênis adequado, mantenha as costas retas, sem cair para a frente, e os joelhos para fora na hora de fazer o movimento.
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Atualmente é diretor-clínico do Instituto TRATA – Joelho e Quadril.
Graduado em Fisioterapia no ano de 2001 e Especialista (pós-graduação) em Fisioterapia neuro-musculo-esquelética pela Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo – ISCMSP (2003)
Mestre em Engenharia Biomédica pela Universidade de Mogi das Cruzes – UMC (2006)
Doutor em Ciências pelo programa de Cirurgia e Experimentação da Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP (2011)
Pós-doutorado (post doc) em Biomecânica pela University of Southern California – USC (2013)
Docente da graduação do Centro Universitário São Camilo – CUSC e Fisioterapeuta da Seleção Brasileira de Futebol Feminino
Foi Professor Adjunto da pós-graduação em Fisioterapia musculo-esquelética – ISCMSP e Supervisor do Grupo de Joelho, Quadril, Traumatologia Esportiva e Ortopedia Pediátrica – ISCMSP
Vencedor dos prêmios EXCELLENCE IN RESEARCH AWARD pelo melhor artigo publicado no ano de 2010 e EXCELLENCE IN CLINICAL INQUIRY no ano de 2011 no Journal of Orthopaedic and Sports Physical Therapy (JOSPT).
Membro da Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva (SONAFE). Tem mais de 60 publicações nacionais e internacionais com ênfase em Reabilitação em Ortopedia e Traumatologia, Joelho e Quadril, Traumatologia esportiva e Eletrotermofototerapia.