Uma fissura condral profunda é uma lesão que afeta a cartilagem articular dentro de uma articulação.
Essa fissura condral é uma ruptura, rachadura ou fissura na cartilagem articular que reveste a superfície dos ossos dentro de uma articulação.
Agendar sua AvaliaçãoA cartilagem articular é um tecido resistente e liso que permite que os ossos deslizem suavemente um sobre o outro durante o movimento.
Já o termo “profundo” indica que a fissura afeta uma camada mais interna da cartilagem, penetrando mais fundo do que uma lesão superficial.
Isso significa que a fissura atinge uma parte mais profunda da estrutura da cartilagem, podendo até mesmo alcançar o osso subjacente.
Agendar sua AvaliaçãoDescubra a seguir se essa condição tem tratamento.
Quais são os sintomas dessa lesão?
Os sintomas dessa lesão podem variar de pessoa para pessoa e também dependem da gravidade da lesão.
Dor articular
A dor é um sintoma predominante dessa lesão e muitas vezes é descrita como uma dor profunda na articulação afetada.
Inchaço
A articulação afetada pode apresentar inchaço devido à inflamação causada pela lesão na cartilagem.
Crepitação
Pode ocorrer um ruído de “estalos” ou “ranger” na articulação afetada quando movida.
Rigidez articular
A rigidez pode ser sentida ao tentar mover a articulação afetada após períodos de inatividade, como ao acordar de manhã ou depois de ficar sentado por um longo tempo.
Limitação da amplitude de movimento
Essa lesão pode causar uma diminuição na flexibilidade e na capacidade de mover a articulação livremente.
Sensação de bloqueio ou trava
Em casos mais graves, pode ocorrer a sensação de que a articulação “trava” ou “bloqueia” durante o movimento.
Claudicação
Se essa lesão for localizada em uma articulação de carga, como o joelho ou o quadril, pode ocorrer claudicação, que é uma alteração na marcha devido à dor ou dificuldade em suportar peso na perna afetada.
Sensibilidade ao toque
A articulação afetada pode estar sensível ao toque, especialmente ao redor da área onde está localizada a lesão.
Dificuldade em realizar atividades diárias
Os sintomas da fissura condral profunda podem interferir nas atividades diárias, como caminhar, subir escadas, levantar objetos ou até mesmo realizar tarefas simples.
Quais são as causas da fissura condral profunda?
A fissura condral profunda pode ter várias causas, e muitas vezes é o resultado de uma combinação de fatores.
Lesões traumáticas
Um trauma agudo, como uma queda, impacto direto na articulação ou acidente esportivo, pode causar uma fissura condral profunda.
Sobrecarga ou uso excessivo
Uso repetitivo ou excessivo da articulação, especialmente em atividades de impacto ou movimentos repetitivos, pode levar a uma fissura condral profunda.
Degeneração da cartilagem
À medida que envelhecemos, a cartilagem articular pode se deteriorar devido ao desgaste natural.
Lesões preexistentes ou cirurgias
Lesões anteriores na articulação, como entorses graves, fraturas articulares ou cirurgias prévias na articulação, podem aumentar o risco de desenvolver uma fissura condral profunda.
Condições
Certas condições, como artrite reumatoide, osteocondrite dissecante, displasia do quadril, entre outras, podem predispor alguém a desenvolver uma fissura condral profunda.
Impacto repetitivo
Em algumas situações, o impacto repetitivo ou microtraumas à articulação ao longo do tempo podem causar danos à cartilagem, levando a uma fissura condral.
Fatores genéticos
A predisposição genética também pode desempenhar um papel na susceptibilidade a lesões na cartilagem, como a fissura condral.
Obesidade
O excesso de peso pode colocar uma carga adicional nas articulações de carga, como os joelhos e quadris, aumentando o risco de danos à cartilagem e desenvolvimento de fissuras.
Idade
Com o envelhecimento, a capacidade de regeneração da cartilagem diminui, tornando as articulações mais suscetíveis a danos e fissuras.
Como funciona o diagnóstico de fissura no joelho? Precisa fazer ressonância magnética?
O diagnóstico de uma fissura condral no joelho, geralmente, envolve uma combinação de histórico detalhado, exame físico e exames de imagem, como a ressonância magnética.
Histórico e exame físico
O especialista obtém informações sobre os sintomas e histórico médico do paciente.
Durante o exame físico, ele verifica a sensibilidade, inchaço, crepitação e amplitude de movimento da patela.
Testes específicos
Testes como o teste de McMurray podem ser realizados, onde o médico manipula o joelho para verificar a presença de crepitação e dor.
Raios-X
Os raios-X podem ser feitos para descartar outras condições e avaliar a estrutura óssea da patela.
Ressonância Magnética (RM)
A RM é altamente sensível para detectar fissuras condrais, porém, nem sempre a RM é necessária.
Como é o tratamento da fissura no joelho?
Para o tratamento da fissura no joelho é fundamental adotar um plano de reabilitação personalizado e supervisionado por um especialista.
Um tratamento especializado desempenha um papel crucial na recuperação dessas lesões, visando reduzir a dor, restaurar a mobilidade e fortalecer a musculatura ao redor do joelho.
Inicialmente, o especialista realizará uma avaliação detalhada para entender a gravidade da fissura e estabelecer metas específicas para o tratamento.
Depois o tratamento pode englobar compressas fria, técnicas de liberação miofascial, exercícios de amplitude de movimento, treino de equilíbrio e propriocepção e exercícios de fortalecimento muscular.
O tratamento que vai devolver a saúde dos seus membros inferiores
A base da proposta do Instituto TRATA está centrada na ideia de inovação no tratamento das extremidades inferiores, abrangendo quadril, joelho e pé. A asseguração de resultados eficazes espelha os métodos seguidos pela equipe:
Avaliação clínica detalhada
O paciente passa por uma avaliação clínica detalhada realizada por um especialista da equipe. Esse inicial procedimento possibilita uma orientação direcionada ao tratamento, considerando o quadro individual de cada paciente.
Avaliação cinemática dos movimentos do corpo
Posteriormente, o paciente passa por uma avaliação cinemática dos movimentos corporais. O objetivo é examinar a organização dos ossos e músculos em resposta à gravidade e às forças que atuam no corpo humano. Para essa finalidade, empregamos um software especializado de análise de movimento chamado TrataScan. Sua tecnologia avançada permite identificar quaisquer alterações na força ou funcionalidade das estruturas que podem resultar em quadros inflamatórios ou dolorosos, por exemplo.
Durante essa fase, é possível avaliar assimetrias, padrões motores, lesões associadas, presença de compensações e determinar quais estruturas necessitam de intervenção.
Protocolo de tratamento das lesões dos membros inferiores
A etapa final envolve a implementação do protocolo de tratamento para lesões nas extremidades inferiores, desenvolvido pela rede e embasado em evidências científicas.
A atenção é direcionada para o alinhamento biomecânico das extremidades inferiores, visando aprimorar a condição do paciente (evitando recidivas) e, consequentemente, proporcionar uma maior qualidade de vida.
Não há um atendimento padronizado. Analisamos as necessidades individuais de cada paciente e desenvolvemos a abordagem de tratamento mais adequada para cada caso.
A incorporação da tecnologia é uma parte integral do nosso programa de tratamento, com o propósito de proporcionar aos pacientes as mais avançadas técnicas no tratamento conservador de Fisioterapia.
Agendar sua AvaliaçãoAtualmente é diretor-clínico do Instituto TRATA – Joelho e Quadril.
Graduado em Fisioterapia no ano de 2001 e Especialista (pós-graduação) em Fisioterapia neuro-musculo-esquelética pela Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo – ISCMSP (2003)
Mestre em Engenharia Biomédica pela Universidade de Mogi das Cruzes – UMC (2006)
Doutor em Ciências pelo programa de Cirurgia e Experimentação da Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP (2011)
Pós-doutorado (post doc) em Biomecânica pela University of Southern California – USC (2013)
Docente da graduação do Centro Universitário São Camilo – CUSC e Fisioterapeuta da Seleção Brasileira de Futebol Feminino
Foi Professor Adjunto da pós-graduação em Fisioterapia musculo-esquelética – ISCMSP e Supervisor do Grupo de Joelho, Quadril, Traumatologia Esportiva e Ortopedia Pediátrica – ISCMSP
Vencedor dos prêmios EXCELLENCE IN RESEARCH AWARD pelo melhor artigo publicado no ano de 2010 e EXCELLENCE IN CLINICAL INQUIRY no ano de 2011 no Journal of Orthopaedic and Sports Physical Therapy (JOSPT).
Membro da Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva (SONAFE). Tem mais de 60 publicações nacionais e internacionais com ênfase em Reabilitação em Ortopedia e Traumatologia, Joelho e Quadril, Traumatologia esportiva e Eletrotermofototerapia.