O labrum acetabular é uma estrutura fibrocartilaginosa que reveste o acetábulo, ou seja, reveste a parte interna do quadril onde o fêmur se encaixa. O labrum tem diversas funções, incluindo absorção de impacto, lubrificação da articulação, manutenção da pressão intra-articular e estabilidade adicional, entre outras.
A lesão de labrum está fortemente associada a osteoartrose. Quando há uma lesão de labrum provocada por traumatismos agudos ou repetitivos, ocorre um extravasamento de líquido (derrame articular) com inflamação e liberação de substâncias químicas que irão causar danos à cartilagem articular e, consequentemente, dor.
Causas
As rupturas labrais ocorrem, principalmente, devido ao impacto fêmoroacetabular (o labrum é lesionado, sobretudo, por intermédio desse mecanismo), normalmente provocado por traumas repetitivos, frouxidão capsular, hipermobilidade, displasia do quadril e degeneração articular.
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Os sintomas da lesão de labrum incluem dor na articulação do quadril, região inguinal (virilha) e na face interna da coxa, que pode irradiar até os joelhos. É importante ressaltar que, muitas vezes, a dor pode ser confundida com lesões musculares, tendíneas, hérnias inguinais ou até mesmo de púbis.
Diagnóstico e exames
Para não associar a outras lesões é imprescindível um diagnóstico preciso. Juntamente com o exame físico por meio de testes irritativos do labrum, o diagnóstico pode ser feito por raio-X e ressonância nuclear magnética (RNM). As radiografias podem mostrar presença de impacto femoroacetabular e a RNM confirmar a lesão de labrum.
Tratamento
A lesão de labrum pode ser tratada de forma conservadora e consiste, basicamente, em Fisioterapia. As sessões devem ser iniciadas nesta fase (o mais cedo possível), visando o alívio da dor e inflamação com recursos de Eletrotermofoterapia, diminuição de espasmo muscular protetor com terapia manual, correção biomecânica com fortalecimento muscular e treino sensório-motor.
As atividades físicas devem ser diminuídas e os movimentos que causam dor deverão ser evitados. Casos que não são responsivos ao tratamento conservador podem se beneficiar de uma cirurgia artroscópica, seguido de protocolo pós-operatório de 3 a 4 meses de Fisioterapia. Em alguns casos, quando o labrum está muito lesado pode haver a necessidade de remover a parte que está irreparável.
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Atualmente é diretor-clínico do Instituto TRATA – Joelho e Quadril.
Graduado em Fisioterapia no ano de 2001 e Especialista (pós-graduação) em Fisioterapia neuro-musculo-esquelética pela Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo – ISCMSP (2003)
Mestre em Engenharia Biomédica pela Universidade de Mogi das Cruzes – UMC (2006)
Doutor em Ciências pelo programa de Cirurgia e Experimentação da Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP (2011)
Pós-doutorado (post doc) em Biomecânica pela University of Southern California – USC (2013)
Docente da graduação do Centro Universitário São Camilo – CUSC e Fisioterapeuta da Seleção Brasileira de Futebol Feminino
Foi Professor Adjunto da pós-graduação em Fisioterapia musculo-esquelética – ISCMSP e Supervisor do Grupo de Joelho, Quadril, Traumatologia Esportiva e Ortopedia Pediátrica – ISCMSP
Vencedor dos prêmios EXCELLENCE IN RESEARCH AWARD pelo melhor artigo publicado no ano de 2010 e EXCELLENCE IN CLINICAL INQUIRY no ano de 2011 no Journal of Orthopaedic and Sports Physical Therapy (JOSPT).
Membro da Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva (SONAFE). Tem mais de 60 publicações nacionais e internacionais com ênfase em Reabilitação em Ortopedia e Traumatologia, Joelho e Quadril, Traumatologia esportiva e Eletrotermofototerapia.