Uma lesão muscular refere-se a danos ou distúrbios nos tecidos musculares do corpo.
Essas lesões podem ocorrer devido a vários motivos, incluindo atividade física intensa, trauma direto, uso excessivo do músculo, falta de aquecimento adequado antes do exercício, entre outros.
Agendar sua AvaliaçãoTipos de Lesões Musculares
Existem diferentes tipos de lesões musculares, sendo as mais comuns:
Distensão muscular
Envolve o estiramento excessivo ou a ruptura parcial das fibras musculares.
Isso geralmente ocorre quando o músculo é esticado além de sua capacidade normal.
Agendar sua AvaliaçãoContusão muscular
Resulta de um impacto direto no músculo, causando danos aos tecidos.
Isso pode acontecer, por exemplo, durante uma queda ou colisão.
Ruptura muscular
É uma lesão mais grave que envolve a quebra completa das fibras musculares.
Pode ocorrer devido a uma força extrema ou trauma direto.
Cãibra muscular
Embora menos séria que outras lesões, uma cãibra muscular é uma contração muscular involuntária e dolorosa que pode resultar de fadiga, desidratação ou falta de eletrólitos.
Quais são as lesões mais comuns que acometem os membros inferiores?
Algumas das lesões mais comuns que afetam os membros inferiores incluem:
Entorse de tornozelo
Lesão nos ligamentos que conectam os ossos do tornozelo.
Pode ocorrer devido a torções, movimentos bruscos ou aterrissagens inadequadas.
Fraturas
Fraturas nos ossos da perna, tornozelo ou pé podem ocorrer devido a quedas, traumas diretos ou forças excessivas.
Tendinite
Inflamação dos tendões, muitas vezes causada por sobrecarga, movimentos repetitivos ou falta de alongamento adequado.
Fascite plantar
Inflamação da fáscia plantar, a faixa de tecido que conecta o calcanhar aos dedos.
Geralmente, é associada à dor no calcanhar, especialmente ao dar os primeiros passos pela manhã.
Síndrome da banda iliotibial (ITB)
Inflamação da banda iliotibial, que é um tecido fibroso que percorre a parte externa da coxa e do joelho. Pode causar dor na região do joelho.
Lesões meniscais
Lesões no menisco, cartilagem em forma de C no joelho, frequentemente causadas por torções ou movimentos bruscos.
Bursite
Inflamação das bolsas sinoviais, que são pequenas bolsas cheias de fluido que reduzem o atrito entre os ossos e os tecidos ao redor das articulações.
Cãibras musculares
Contrações musculares involuntárias e dolorosas que podem ser causadas por fadiga, desidratação ou eletrólitos desequilibrados.
Periostite tibial
Inflamação do osso da tíbia, muitas vezes associada a atividades de corrida e impacto repetitivo.
Sintomas
Os sintomas das lesões nos membros inferiores podem variar dependendo do tipo e da gravidade da lesão. No entanto, alguns sintomas comuns incluem:
Dor
A dor é um sintoma predominante em muitas lesões nos membros inferiores.
A intensidade, localização e natureza da dor podem variar.
Inchaço (Edema)
Muitas lesões nos membros inferiores causam inchaço devido à acumulação de fluido na área afetada. Isso pode ser acompanhado por vermelhidão e calor local.
Dificuldade ou incapacidade de suportar peso
Lesões como fraturas, entorses ou distensões podem levar à dificuldade de suportar peso sobre a perna afetada.
Limitação de movimento
Lesões articulares, como entorses ou lesões meniscais, podem resultar em uma redução na amplitude de movimento da articulação afetada.
Instabilidade
Lesões nos ligamentos, como entorses de tornozelo, podem causar sensação de instabilidade na articulação.
Formigamento ou dormência
Lesões nos nervos podem levar a sensações anormais, como formigamento ou dormência na região afetada.
Estalos ou crepitação
Em algumas lesões, pode ocorrer um som de estalo ou crepitação durante o movimento da articulação, indicando possíveis danos à cartilagem.
Dor ao toque
A área lesionada pode ser sensível ao toque, indicando inflamação ou irritação localizada.
Rigidez
Algumas lesões podem causar rigidez muscular ou articular, especialmente após períodos de repouso.
Alterações na marcha
Lesões nos membros inferiores podem resultar em alterações na forma como a pessoa caminha, muitas vezes como uma tentativa de evitar a dor.
Causas
As lesões musculares nos membros inferiores podem ter várias causas, muitas vezes relacionadas a fatores externos, atividades físicas ou condições específicas.
Atividade física intensa
O excesso de esforço durante a prática de esportes ou atividades físicas pode levar a distensões musculares, entorses e outras lesões.
Falta de aquecimento
Iniciar uma atividade física sem um aquecimento adequado pode aumentar o risco de lesões musculares, pois os músculos não estão preparados para a intensidade do exercício.
Sobrecarga
Realizar movimentos repetitivos ou exercícios intensos sem dar tempo suficiente para a recuperação pode levar a lesões por sobrecarga, como tendinites.
Trauma direto
Lesões traumáticas, como quedas, colisões ou impactos diretos nos membros inferiores, podem resultar em contusões, fraturas e outras lesões.
Desalinhamento biomecânico
Problemas estruturais ou desalinhamentos biomecânicos podem aumentar o estresse em certas áreas dos membros inferiores, contribuindo para o desenvolvimento de lesões.
Fatores anatômicos
Algumas pessoas podem ter uma anatomia que as torna mais propensas a certas lesões musculares.
Calçados inadequados
O uso de calçados inadequados durante atividades físicas pode contribuir para lesões nos pés, tornozelos e pernas.
Fadiga muscular
A fadiga excessiva pode comprometer a técnica e a estabilidade durante a prática de exercícios, aumentando o risco de lesões.
Idade
O envelhecimento pode diminuir a flexibilidade, a força muscular e a capacidade de recuperação, aumentando a suscetibilidade a lesões.
Condições pré-existentes
Algumas condições, como artrite, doenças neuromusculares ou problemas de circulação, podem aumentar o risco de lesões musculares.
Como saber se uma lesão muscular é grave e devo procurar um especialista?
Determinar a gravidade de uma lesão muscular pode ser desafiador, mas alguns sinais e sintomas podem indicar a necessidade de procurar um especialista.
Se a lesão resultar em dor intensa, inchaço significativo, incapacidade de suportar peso ou se persistir por um período prolongado, é aconselhável procurar ajuda especializada.
Outro indicador de uma lesão grave é a perda de função ou amplitude de movimento significativa.
Se a lesão limitar drasticamente suas atividades diárias ou interferir na capacidade de realizar movimentos normais, é crucial buscar avaliação médica.
Além disso, se houver sinais de lesões articulares, como instabilidade ou crepitação, é importante consultar um especialista para uma avaliação mais detalhada.
Se a lesão ocorreu devido a um trauma significativo, como uma queda ou colisão, ou se há suspeita de uma possível fratura, é imperativo procurar atendimento especializado imediatamente.
Como funciona o diagnóstico?
O diagnóstico é uma etapa crucial para determinar a abordagem de tratamento mais adequada.
Com base nas informações coletadas, o especialista desenvolverá um plano de tratamento personalizado.
Histórico clínico
O especialista irá coletar informações sobre a história da lesão, incluindo como ela ocorreu, a progressão dos sintomas, tratamentos anteriores e qualquer fator que possa estar contribuindo para a lesão.
Exame físico
Ele realizará um exame físico detalhado da área lesionada, avaliando a amplitude de movimento, a presença de inchaço, sensibilidade ao toque e outros sinais físicos que possam fornecer pistas sobre a natureza da lesão.
Exames de imagem
Em alguns casos, ele pode solicitar exames de imagem, como radiografias, ressonância magnética (RM) ou ultrassonografia, para avaliar a extensão dos danos, identificar fraturas, rupturas musculares ou outras anormalidades.
Testes funcionais
Testes específicos podem ser realizados para avaliar a função muscular, a estabilidade articular e a capacidade de suportar peso. Isso ajuda a determinar o impacto funcional da lesão.
Avaliação laboratorial
Em algumas situações, exames laboratoriais, como análises de sangue, podem ser realizados para descartar condições subjacentes, como inflamação sistêmica ou distúrbios metabólicos.
Tratamento
O tratamento de lesões musculares nos membros inferiores varia de acordo com o tipo e a gravidade da lesão.
Gelo
A aplicação de gelo na área afetada ajuda a reduzir o inchaço e a inflamação.
Fisioterapia
O tratamento com fisioterapia desempenha um papel crucial na recuperação de lesões musculares nos membros inferiores.
Inicialmente, o fisioterapeuta realiza uma avaliação detalhada da lesão, levando em consideração a história clínica do paciente, os sintomas apresentados e os resultados de exames de imagem, se disponíveis.
Com base nessa avaliação, o fisioterapeuta desenvolve um plano de tratamento personalizado.
Os estágios iniciais do tratamento podem incluir técnicas para controlar a dor e o inchaço, como aplicação de gelo, massagem terapêutica suave e mobilizações articulares específicas.
O paciente também pode receber orientações sobre o uso adequado de compressão e elevação, conforme necessário.
À medida que a fase aguda diminui, o foco da fisioterapia muitas vezes se desloca para a restauração da função e mobilidade.
Exercícios específicos são prescritos para fortalecer os músculos ao redor da área lesionada, melhorar a estabilidade e promover a cicatrização adequada.
Esses exercícios podem incluir movimentos de amplitude de movimento, fortalecimento progressivo e treinamento de equilíbrio.
A fisioterapia também pode incorporar técnicas de alongamento para melhorar a flexibilidade muscular e reduzir a tensão nos tecidos circundantes.
Além disso, o fisioterapeuta pode empregar modalidades terapêuticas, como ultrassom ou eletroterapia, para auxiliar na redução da dor e estimular a circulação sanguínea na área afetada.
O acompanhamento regular com o fisioterapeuta é crucial para monitorar o progresso do paciente e ajustar o plano de tratamento conforme necessário.
À medida que a recuperação avança, a ênfase pode se deslocar para atividades funcionais específicas, visando reintegrar o paciente às suas atividades diárias normais e prevenir recorrências.
A educação do paciente desempenha um papel significativo no tratamento fisioterapêutico, pois os pacientes são instruídos sobre o autocuidado, a prevenção de lesões futuras e a continuação de exercícios em casa.
O objetivo final da fisioterapia é restaurar a função completa, aliviar a dor e melhorar a qualidade de vida do paciente após uma lesão muscular nos membros inferiores.
Cirurgia
Em casos mais graves, como rupturas musculares extensas ou fraturas complexas, a intervenção cirúrgica pode ser necessária para reparar os tecidos danificados.
O tratamento que vai devolver a saúde dos seus membros inferiores
A proposta do Instituto TRATA está fundamentada no conceito de inovação, no que se refere ao tratamento de membros inferiores (quadril, joelho e pé).
A garantia de resultados eficazes reflete os procedimentos adotados pela equipe:
Avaliação clínica detalhada
O paciente é submetido a uma avaliação clínica detalhada, feita por um especialista da equipe.
É esse primeiro passo que viabiliza um direcionamento específico ao tratamento, de acordo com o quadro particular de cada paciente.
Avaliação cinemática dos movimentos do corpo
A seguir, o paciente é levado a uma avaliação cinemática dos movimentos do corpo. A finalidade é analisar como os ossos e os músculos estão organizados na reação à gravidade e às forças atuantes no corpo humano. Para isso, utilizamos um software exclusivo de análise de movimento chamado TrataScan, cuja tecnologia avançada permite detectar quaisquer alterações na força ou funcionalidade das estruturas que acabam levando a um quadro inflamatório ou doloroso, por exemplo.
Assimetrias, padrões motores, lesões associadas, existência de compensações e quais estruturas devem ser trabalhadas são alguns pontos que podem ser avaliados durante essa etapa.
Protocolo de tratamento das lesões dos membros inferiores
O último passo consiste na aplicação do protocolo de tratamento das lesões dos membros inferiores, formulado pela rede e baseado em evidências científicas.
O foco se concentra no alinhamento biomecânico dos membros inferiores com o objetivo final de melhora do quadro do paciente (sem recidivas) e, por conseguinte, de uma maior qualidade de vida.
Nenhum atendimento é padrão. Avaliamos as necessidades específicas de cada paciente e montamos a abordagem de tratamento mais assertiva para cada quadro.
A tecnologia faz parte do nosso programa de tratamento com o objetivo de oferecer aos pacientes o que há de mais avançado no tratamento conservador de Fisioterapia.
Agendar sua AvaliaçãoAtualmente é diretor-clínico do Instituto TRATA – Joelho e Quadril.
Graduado em Fisioterapia no ano de 2001 e Especialista (pós-graduação) em Fisioterapia neuro-musculo-esquelética pela Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo – ISCMSP (2003)
Mestre em Engenharia Biomédica pela Universidade de Mogi das Cruzes – UMC (2006)
Doutor em Ciências pelo programa de Cirurgia e Experimentação da Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP (2011)
Pós-doutorado (post doc) em Biomecânica pela University of Southern California – USC (2013)
Docente da graduação do Centro Universitário São Camilo – CUSC e Fisioterapeuta da Seleção Brasileira de Futebol Feminino
Foi Professor Adjunto da pós-graduação em Fisioterapia musculo-esquelética – ISCMSP e Supervisor do Grupo de Joelho, Quadril, Traumatologia Esportiva e Ortopedia Pediátrica – ISCMSP
Vencedor dos prêmios EXCELLENCE IN RESEARCH AWARD pelo melhor artigo publicado no ano de 2010 e EXCELLENCE IN CLINICAL INQUIRY no ano de 2011 no Journal of Orthopaedic and Sports Physical Therapy (JOSPT).
Membro da Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva (SONAFE). Tem mais de 60 publicações nacionais e internacionais com ênfase em Reabilitação em Ortopedia e Traumatologia, Joelho e Quadril, Traumatologia esportiva e Eletrotermofototerapia.