A marcha claudicante refere-se a um padrão de caminhada caracterizado por dificuldade ou dor ao andar. Geralmente, essa dificuldade está associada a condições subjacentes, especialmente aquelas que afetam o sistema vascular ou musculoesquelético.
A claudicação é um termo que descreve a dor ou desconforto causado pela diminuição do fluxo sanguíneo para os músculos durante o exercício, comum em condições como a doença arterial periférica.
Agendar sua AvaliaçãoNesse artigo você vai descobrir quais condições podem estar associadas a esse padrão de caminhada e quais são os possíveis tratamentos.
Como identificar uma marcha claudicante?
A marcha claudicante pode ser identificada observando-se padrões anormais de movimento durante a caminhada. Confira alguns sinais e características que podem indicar uma marcha claudicante:
Agendar sua AvaliaçãoDificuldade ao Iniciar a Caminhada
A pessoa pode apresentar dificuldade em começar a andar, muitas vezes devido à dor ou desconforto.
Dor Durante a Caminhada
Dor nas pernas ou nas nádegas que ocorre durante a caminhada e melhora com o repouso.
Marcha Interrompida
A marcha pode ser interrompida ou mancante, com períodos de caminhada seguidos por pausas para aliviar a dor.
Alterações no Padrão de Movimento
Mudanças no padrão de movimento, como um passo mais curto ou uma marcha mais lenta, podem ser observadas.
Claudicação Vascular
Em casos de claudicação vascular (associada à insuficiência arterial), a pessoa pode apresentar dor e cãibras nas pernas durante a caminhada.
Melhora com o Repouso
A dor melhora significativamente com o repouso, permitindo que a pessoa retome a caminhada após um período de descanso.
Assimetria na Marcha
Uma perna pode ser favorecida em relação à outra, resultando em uma marcha assimétrica.
O que pode causar a claudicação?
A claudicação, especialmente a claudicação intermitente, é frequentemente causada por problemas circulatórios nas artérias que fornecem sangue às pernas.
A condição mais comum associada à claudicação é a doença arterial periférica (DAP), mas outras condições também podem ser responsáveis.
Doença Arterial Periférica (DAP)
É a causa mais comum de claudicação. A DAP envolve o estreitamento ou bloqueio das artérias que fornecem sangue às pernas, geralmente devido à aterosclerose (depósito de placas de gordura nas paredes das artérias).
Estenose da Artéria Vertebral
Estreitamento das artérias vertebrais, que podem levar a sintomas de claudicação cervical.
Embolia Arterial
Um êmbolo (coágulo sanguíneo ou fragmento de placa) pode se deslocar e obstruir uma artéria, causando claudicação aguda.
Trombose Venosa Profunda (TVP)
Uma coágulo de sangue nas veias profundas das pernas pode interferir no fluxo sanguíneo, causando dor e claudicação.
Estenose da Artéria Renal
Estreitamento das artérias renais, que pode afetar o fluxo sanguíneo para os rins.
Doença de Buerger
Uma doença inflamatória das artérias e veias, geralmente associada ao tabagismo.
Doença de Raynaud
Contração dos vasos sanguíneos em resposta ao frio ou estresse emocional, levando à redução do fluxo sanguíneo.
Estenose Espinhal
Estreitamento do canal espinhal, que pode comprimir os nervos e causar claudicação neurogênica.
Complicações da Diabetes
A diabetes pode causar danos aos vasos sanguíneos e nervos, aumentando o risco de claudicação.
Artrite e Doenças das Articulações
Condições que afetam as articulações, como osteoartrite ou artrite reumatoide, podem causar dor ao caminhar.
Quando devo procurar tratamento?
Deve-se buscar tratamento ao experimentar dor ao caminhar, mudanças no padrão de marcha, redução na distância de caminhada, sintomas persistentes ou presença de fatores de risco.
Tratamento
O tratamento da marcha claudicante visa abordar a causa subjacente dos sintomas e melhorar a circulação sanguínea nas pernas.
As abordagens podem variar dependendo da condição específica, mas geralmente incluem:
Fisioterapia
A fisioterapia pode ajudar no fortalecimento muscular, melhorando a mobilidade e a capacidade de caminhar.
Atividades físicas e exercícios Supervisionados
Programas de exercícios supervisionados, como caminhadas regulares, podem melhorar a circulação e a capacidade de caminhar sem dor.
Angioplastia e Cirurgia Vascular
Em casos mais graves, procedimentos como angioplastia (dilatação de vasos sanguíneos) ou cirurgia vascular podem ser considerados para desobstruir ou reparar as artérias afetadas.
Gestão do Peso
Manter um peso saudável reduz a carga sobre as articulações e melhora a circulação.
Medidas de Prevenção
Adotar medidas preventivas, como usar calçados adequados e evitar temperaturas extremas, especialmente em casos de claudicação neurogênica.
O tratamento que vai devolver a saúde dos seus membros inferiores
A base da proposta do Instituto TRATA está centrada na ideia de inovação no tratamento das extremidades inferiores, abrangendo quadril, joelho e pé. A asseguração de resultados eficazes espelha os métodos seguidos pela equipe:
Avaliação clínica detalhada
O paciente passa por uma avaliação clínica detalhada realizada por um especialista da equipe. Esse inicial procedimento possibilita uma orientação direcionada ao tratamento, considerando o quadro individual de cada paciente.
Avaliação cinemática dos movimentos do corpo
Posteriormente, o paciente passa por uma avaliação cinemática dos movimentos corporais. O objetivo é examinar a organização dos ossos e músculos em resposta à gravidade e às forças que atuam no corpo humano. Para essa finalidade, empregamos um software especializado de análise de movimento chamado TrataScan. Sua tecnologia avançada permite identificar quaisquer alterações na força ou funcionalidade das estruturas que podem resultar em quadros inflamatórios ou dolorosos, por exemplo.
Durante essa fase, é possível avaliar assimetrias, padrões motores, lesões associadas, presença de compensações e determinar quais estruturas necessitam de intervenção.
Protocolo de tratamento das lesões dos membros inferiores
A etapa final envolve a implementação do protocolo de tratamento para lesões nas extremidades inferiores, desenvolvido pela rede e embasado em evidências científicas.
A atenção é direcionada para o alinhamento biomecânico das extremidades inferiores, visando aprimorar a condição do paciente (evitando recidivas) e, consequentemente, proporcionar uma maior qualidade de vida.
Não há um atendimento padronizado. Analisamos as necessidades individuais de cada paciente e desenvolvemos a abordagem de tratamento mais adequada para cada caso.
A incorporação da tecnologia é uma parte integral do nosso programa de tratamento, com o propósito de proporcionar aos pacientes as mais avançadas técnicas no tratamento conservador de Fisioterapia.
Agendar sua AvaliaçãoAtualmente é diretor-clínico do Instituto TRATA – Joelho e Quadril.
Graduado em Fisioterapia no ano de 2001 e Especialista (pós-graduação) em Fisioterapia neuro-musculo-esquelética pela Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo – ISCMSP (2003)
Mestre em Engenharia Biomédica pela Universidade de Mogi das Cruzes – UMC (2006)
Doutor em Ciências pelo programa de Cirurgia e Experimentação da Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP (2011)
Pós-doutorado (post doc) em Biomecânica pela University of Southern California – USC (2013)
Docente da graduação do Centro Universitário São Camilo – CUSC e Fisioterapeuta da Seleção Brasileira de Futebol Feminino
Foi Professor Adjunto da pós-graduação em Fisioterapia musculo-esquelética – ISCMSP e Supervisor do Grupo de Joelho, Quadril, Traumatologia Esportiva e Ortopedia Pediátrica – ISCMSP
Vencedor dos prêmios EXCELLENCE IN RESEARCH AWARD pelo melhor artigo publicado no ano de 2010 e EXCELLENCE IN CLINICAL INQUIRY no ano de 2011 no Journal of Orthopaedic and Sports Physical Therapy (JOSPT).
Membro da Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva (SONAFE). Tem mais de 60 publicações nacionais e internacionais com ênfase em Reabilitação em Ortopedia e Traumatologia, Joelho e Quadril, Traumatologia esportiva e Eletrotermofototerapia.