Como saber se tenho pé plano, valgo ou normal?
Para determinar se você tem pé valgo (pé para dentro), pé plano (pé sem arco) ou pé normal, você pode realizar alguns testes simples em casa, mas é sempre recomendado que um especialista, faça uma avaliação adequada para um diagnóstico preciso.
Aqui estão algumas maneiras de identificar as diferentes condições:
Agendar sua Avaliação- Pé valgo: Fique em pé com os pés alinhados paralelamente e observe a posição dos tornozelos. Se os tornozelos estiverem inclinados para dentro e os pés parecerem apontar para fora, é provável que você tenha pé valgo.
- Pé plano: Fique em pé e observe a curvatura da planta dos pés. Se você não conseguir ver uma curvatura pronunciada na parte interna dos pés e eles parecerem completamente em contato com o solo, é possível que você tenha pé plano.
- Pé normal: Em um pé normal, a curvatura da planta do pé é presente, mas não é exagerada. Quando você está em pé, os pés têm uma aparência mais neutra, com o calcanhar alinhado com a parte da frente do pé e uma pequena curva na região do arco plantar.
É importante destacar que nem sempre é fácil determinar a condição dos pés apenas observando-os visualmente, especialmente em casos leves. Além disso, a presença de um pé valgo ou pé plano não significa necessariamente que haverá sintomas ou problemas funcionais.
O que é pé plano ou pé chato?
Pé plano ou pé chato é uma condição em que a arcada longitudinal do pé é menor do que o normal, resultando em uma aparência mais plana ou até mesmo em contato total do pé com o solo quando a pessoa está em pé. Essa condição pode afetar um ou ambos os pés e pode ser congênita (presente desde o nascimento) ou adquirida ao longo do tempo.
Agendar sua AvaliaçãoQuais as causas do pé plano ou pé chato?
As causas do pé plano ou pé chato podem ser variadas e podem depender se a condição é congênita (presente desde o nascimento) ou adquirida ao longo da vida. Abaixo estão algumas das principais causas associadas ao pé plano:
- Herança genética: Em muitos casos, o pé plano pode ser herdado dos pais. Se um dos pais ou ambos tiverem pé plano, há maior probabilidade de a criança também desenvolver essa condição.
- Desenvolvimento infantil: Algumas crianças podem nascer com uma arcada aparentemente normal, mas ao longo do desenvolvimento, a curvatura do pé pode não se desenvolver adequadamente, levando ao pé plano. Isso pode ocorrer durante a infância ou a adolescência.
- Debilidade muscular: A fraqueza nos músculos e ligamentos que sustentam a arcada do pé pode resultar em um colapso da curvatura natural, levando ao pé plano.
- Lesões: Lesões no pé ou tornozelo podem enfraquecer as estruturas de suporte do pé, resultando em uma diminuição da curvatura do pé.
- Condições: Certas condições, como paralisia cerebral, síndrome de Ehlers-Danlos, doenças neuromusculares e doenças do tecido conjuntivo, podem estar associadas ao pé plano.
- Desgaste natural com a idade: À medida que envelhecemos, os tecidos do pé podem se desgastar, resultando em uma diminuição da curvatura do pé.
Quais os sintomas do pé “chato” ou plano?
Os sintomas do pé plano ou pé chato podem variar de acordo com a gravidade da condição e a presença de outros fatores associados.
Algumas pessoas com pé plano podem ser assintomáticas, o que significa que não experimentam desconforto ou dificuldades significativas. No entanto, outras pessoas podem apresentar os seguintes sintomas:
- Dor nos pés: A dor é um sintoma comum em pessoas com pé plano, especialmente após longos períodos em pé ou ao realizar atividades que colocam pressão sobre os pés.
- Fadiga nas pernas: Devido à alteração na estrutura do pé, os músculos das pernas podem ficar mais cansados ao caminhar ou realizar atividades físicas.
- Dor no tornozelo: O pé plano pode afetar a estabilidade do tornozelo, resultando em desconforto nessa região.
- Dor na panturrilha: A alteração na biomecânica do pé também pode levar a uma tensão excessiva na panturrilha, causando desconforto.
- Dor nas costas: A má postura devido à falta de suporte adequado dos pés pode causar dor nas costas.
- Dificuldade em se equilibrar: Em alguns casos, o pé plano pode afetar o equilíbrio e a coordenação ao caminhar ou realizar atividades físicas.
- Inchaço no pé ou tornozelo: Algumas pessoas com pé plano podem desenvolver inchaço na região do pé ou tornozelo.
- Calosidades e calos: A alteração na forma dos pés pode levar ao surgimento de calosidades ou calos em certas áreas dos pés.
É importante ressaltar que nem todas as pessoas com pé plano experimentam sintomas. Em algumas crianças, o pé plano é fisiológico e tende a se resolver com o crescimento.
É considerado deficiência física?
O pé plano ou pé chato, por si só, geralmente não é considerado uma deficiência física. Essa condição pode variar em gravidade, e muitas pessoas com pé plano não apresentam sintomas significativos ou dificuldades funcionais.
A classificação de uma condição médica como uma deficiência física depende de diversos fatores, incluindo a severidade dos sintomas, o impacto nas atividades diárias e a capacidade da pessoa de realizar tarefas essenciais da vida cotidiana, como caminhar, correr, trabalhar, etc.
Em alguns casos raros em que o pé plano é extremamente grave e acompanhado por outras condições, pode haver uma consideração de deficiência física. Isso pode ocorrer, por exemplo, em casos de pé plano causado por condições neuromusculares ou outras patologias subjacentes que afetam significativamente a função dos pés e a mobilidade geral da pessoa.
Quando o pé sem arco plantar em crianças é um problema?
O pé sem arco plantar em crianças pode ser considerado um problema quando causa sintomas significativos ou afeta a capacidade da criança de realizar atividades diárias normais.
Alguns dos sinais e situações em que o pé plano pode ser um problema incluem:
- Dor persistente;
- Dificuldade para caminhar ou correr;
- Fadiga ou cansaço excessivo nas pernas;
- Dificuldades nas atividades esportivas;
- Alterações na postura;
- Dificuldade para subir escadas ou superfícies irregulares;
- Impacto nas atividades cotidianas.
É importante lembrar que nem todas as crianças com pé plano apresentam problemas ou sintomas significativos. Algumas têm um pé plano fisiológico, que é uma variação normal do desenvolvimento, e podem não precisar de tratamento. No entanto, se houver preocupações com o desenvolvimento dos pés da criança ou se ela estiver enfrentando sintomas preocupantes, é recomendável consultar um especialista para uma avaliação adequada e orientação sobre tratamento, se necessário.
Qual o tratamento para o pé “chato” ou plano?
O tratamento para o pé plano ou pé chato depende da gravidade dos sintomas e da presença de complicações associadas. Em muitos casos, o pé plano não causa problemas significativos e não requer tratamento específico. No entanto, se houver dor, desconforto ou dificuldades funcionais, várias abordagens podem ser consideradas, tais como:
Exercícios de fortalecimento
Exercícios específicos podem ajudar a fortalecer os músculos dos pés, tornozelos e pernas, melhorando a estabilidade e a biomecânica do pé. Um fisioterapeuta ou profissional de saúde pode recomendar exercícios adequados para o caso específico.
Palmilhas ortopédicas
O uso de palmilhas personalizadas (órteses) pode proporcionar suporte adicional ao pé, ajudando a aliviar a dor e a corrigir a postura ao caminhar. Essas palmilhas são feitas sob medida para se encaixar nos pés de cada indivíduo.
Calçados adequados
Escolher calçados adequados, com bom suporte e amortecimento, pode ajudar a reduzir a sobrecarga nos pés e melhorar a postura ao caminhar.
Fisioterapia
Em casos mais complexos, a fisioterapia pode ser recomendada para ajudar no fortalecimento muscular e melhorar a função do pé.
Modificação da atividade
Em casos em que atividades específicas ou práticas esportivas estejam contribuindo para o agravamento dos sintomas, fazer modificações ou evitar certas atividades pode ser necessário.
Cirurgia (raramente)
Em casos graves e resistentes aos tratamentos conservadores, quando o pé plano causa grande desconforto e prejuízo significativo na qualidade de vida, a cirurgia pode ser considerada para corrigir a estrutura do pé. No entanto, a cirurgia é um último recurso e geralmente reservada para casos mais complexos.
É importante lembrar que o tratamento para o pé plano deve ser individualizado, levando em consideração a idade da pessoa, a gravidade da condição, os sintomas presentes e outros fatores de saúde.
Se você ou alguém que conhece estiver enfrentando problemas relacionados ao pé plano, é recomendável procurar um médico ou um especialista em ortopedia para uma avaliação adequada e orientação sobre o tratamento mais adequado.
O tratamento que vai devolver a saúde dos seus membros inferiores
A proposta do Instituto TRATA está fundamentada no conceito de inovação, no que se refere ao tratamento de membros inferiores (quadril, joelho e pé).
A garantia de resultados eficazes reflete os procedimentos adotados pela equipe:
Avaliação clínica detalhada
O paciente é submetido a uma avaliação clínica detalhada, feita por um especialista da equipe.
É esse primeiro passo que viabiliza um direcionamento específico ao tratamento, de acordo com o quadro particular de cada paciente.
Avaliação cinemática dos movimentos do corpo
A seguir, o paciente é levado a uma avaliação cinemática dos movimentos do corpo. A finalidade é analisar como os ossos e os músculos estão organizados na reação à gravidade e às forças atuantes no corpo humano. Para isso, utilizamos um software exclusivo de análise de movimento chamado TrataScan, cuja tecnologia avançada permite detectar quaisquer alterações na força ou funcionalidade das estruturas que acabam levando a um quadro inflamatório ou doloroso, por exemplo.
Assimetrias, padrões motores, lesões associadas, existência de compensações e quais estruturas devem ser trabalhadas são alguns pontos que podem ser avaliados durante essa etapa.
Protocolo de tratamento das lesões dos membros inferiores
O último passo consiste na aplicação do protocolo de tratamento das lesões dos membros inferiores, formulado pela rede e baseado em evidências científicas.
O foco se concentra no alinhamento biomecânico dos membros inferiores com o objetivo final de melhora do quadro do paciente (sem recidivas) e, por conseguinte, de uma maior qualidade de vida.
Nenhum atendimento é padrão. Avaliamos as necessidades específicas de cada paciente e montamos a abordagem de tratamento mais assertiva para cada quadro.
A tecnologia faz parte do nosso programa de tratamento com o objetivo de oferecer aos pacientes o que há de mais avançado no tratamento conservador de Fisioterapia.
Agendar sua AvaliaçãoAtualmente é diretor-clínico do Instituto TRATA – Joelho e Quadril.
Graduado em Fisioterapia no ano de 2001 e Especialista (pós-graduação) em Fisioterapia neuro-musculo-esquelética pela Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo – ISCMSP (2003)
Mestre em Engenharia Biomédica pela Universidade de Mogi das Cruzes – UMC (2006)
Doutor em Ciências pelo programa de Cirurgia e Experimentação da Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP (2011)
Pós-doutorado (post doc) em Biomecânica pela University of Southern California – USC (2013)
Docente da graduação do Centro Universitário São Camilo – CUSC e Fisioterapeuta da Seleção Brasileira de Futebol Feminino
Foi Professor Adjunto da pós-graduação em Fisioterapia musculo-esquelética – ISCMSP e Supervisor do Grupo de Joelho, Quadril, Traumatologia Esportiva e Ortopedia Pediátrica – ISCMSP
Vencedor dos prêmios EXCELLENCE IN RESEARCH AWARD pelo melhor artigo publicado no ano de 2010 e EXCELLENCE IN CLINICAL INQUIRY no ano de 2011 no Journal of Orthopaedic and Sports Physical Therapy (JOSPT).
Membro da Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva (SONAFE). Tem mais de 60 publicações nacionais e internacionais com ênfase em Reabilitação em Ortopedia e Traumatologia, Joelho e Quadril, Traumatologia esportiva e Eletrotermofototerapia.