O que é o menisco?
O menisco é uma estrutura de cartilagem fibrocartilaginosa localizada dentro das articulações do corpo humano, sendo mais comum nos joelhos. O joielho possui dois meniscos: medial (parte interna) e lateral (parte externa).
Eles desempenham um papel fundamental na estabilidade, amortecimento e distribuição de peso nas articulações do joelho.
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Os meniscos têm uma forma semelhante a um “C” e atuam como almofadas ou absorvedores de choque entre os ossos da tíbia e do fêmur, que compõem a articulação do joelho. Além disso, eles ajudam a distribuir o líquido sinovial, um fluido que lubrifica a articulação e nutre a cartilagem.
Qual é a importância dos meniscos para o corpo humano?
Os meniscos desempenham várias funções importantes nas articulações, principalmente nos joelhos, onde são mais proeminentes. Sua importância inclui:
Distribuição de Peso
Os meniscos distribuem uniformemente o peso corporal sobre a superfície da articulação do joelho.
Isso ajuda a reduzir a pressão sobre a cartilagem articular, evitando o desgaste prematuro e a osteoartrite.
Amortecimento
Eles funcionam como amortecedores naturais, absorvendo o impacto durante atividades de alto impacto, como corrida, salto e movimentos esportivos.
Isso protege as superfícies articulares e evita danos.
Estabilidade
Os meniscos aumentam a estabilidade da articulação do joelho, auxiliando na prevenção de movimentos excessivos ou desalinhamentos que poderiam causar lesões.
Lubrificação
Eles ajudam a lubrificar a articulação do joelho, auxiliando na redução do atrito entre as superfícies articulares e promovendo um funcionamento suave da articulação.
Nutrição da Cartilagem
Os meniscos também desempenham um papel na distribuição do líquido sinovial, um fluido que nutre a cartilagem articular, mantendo-a saudável.
Melhora da Congruência Articular
Eles aumentam a congruência articular, o que significa que eles ajudam a manter as superfícies ósseas em contato apropriado umas com as outras, permitindo movimentos suaves e estáveis.
Como ocorre a ruptura do menisco medial?
A ruptura do menisco medial ocorre quando há uma lesão ou força traumática aplicada ao menisco localizado na parte interna do joelho.
Essa lesão pode ocorrer de várias maneiras:
Torção do Joelho
Uma das causas mais comuns de ruptura do menisco medial é uma torção súbita ou torção excessiva do joelho.
Isso pode acontecer durante atividades esportivas, como futebol, basquete ou esqui, ou mesmo durante atividades cotidianas.
Agachamento Profundo
Executar agachamentos profundos de maneira inadequada ou com excesso de peso pode aumentar o risco de lesão no menisco medial.
Lesões Esportivas
Esportes que envolvem movimentos bruscos e mudanças de direção, como o futebol, podem predispor a lesões nos meniscos.
Envelhecimento
À medida que as pessoas envelhecem, os meniscos podem se desgastar e enfraquecer, tornando-os mais suscetíveis a rupturas com atividades simples.
Lesões Degenerativas
Lesões degenerativas, como a osteoartrite, podem enfraquecer os meniscos com o tempo, tornando-os mais propensos a rupturas.
Os sintomas de uma ruptura do menisco medial podem incluir dor, inchaço, sensação de travamento ou bloqueio do joelho, dificuldade em dobrar ou endireitar completamente a perna e estalos ao mover o joelho.
A gravidade dos sintomas pode variar, dependendo da extensão da lesão.
Como funciona o diagnóstico de uma ruptura de menisco?
O diagnóstico da ruptura do menisco medial geralmente envolve uma combinação de exame físico, avaliação clínica e exames de imagem.
Aqui está um resumo de como é feito o diagnóstico:
Exame Físico
O especialista realizará um exame físico detalhado do joelho afetado.
Durante o exame, o especialista procurará por sinais de dor, inchaço, sensibilidade, limitação de movimento, estabilidade e a presença de cliques ou estalos durante a manipulação do joelho.
Histórico Clínico
Ele perguntará sobre sua história clínica e lesões anteriores, bem como sobre os sintomas atuais, como quando a dor começou, como ocorreu a lesão (se houver), e se há situações que pioram ou aliviam a dor.
Exames de Imagem
Os exames de imagem são frequentemente necessários para confirmar o diagnóstico e avaliar a extensão da lesão.
Os exames de imagem mais comuns incluem:
Ressonância Magnética (RM)
A RM é um dos exames mais eficazes para diagnosticar lesões nos meniscos.
Ela fornece imagens detalhadas das estruturas do joelho, permitindo ao médico ver qualquer ruptura, sua localização e tamanho.
Radiografias
Embora as radiografias não mostrem diretamente o menisco, elas podem ser usadas para descartar outras condições, como fraturas ósseas ou sinais de osteoartrite.
Artroscopia
Em alguns casos, quando o diagnóstico não está claro ou quando a cirurgia é necessária para reparar a lesão, o especialista pode realizar uma artroscopia.
Nesse procedimento, um pequeno instrumento com uma câmera é inserido no joelho para visualizar diretamente as estruturas internas, incluindo o menisco, e fazer reparos, se necessário.
O diagnóstico preciso é fundamental para determinar o tratamento adequado.
Se você suspeitar de uma ruptura do menisco medial ou tiver sintomas como dor no joelho e inchaço, é importante consultar um médico ou um especialista em ortopedia.
Eles podem realizar os exames apropriados para confirmar o diagnóstico e recomendar o tratamento mais adequado com base na extensão da lesão e em outros fatores individuais.
Afinal, ruptura do menisco medial precisa de cirurgia?
A necessidade de cirurgia para tratar uma ruptura do menisco medial depende de vários fatores, incluindo a gravidade da lesão, os sintomas do paciente e as atividades que ele deseja realizar no futuro.
Nem todas as rupturas do menisco medial exigem cirurgia, e muitas podem ser tratadas de forma eficaz com abordagens conservadoras.
A decisão de optar pela cirurgia ou pelo tratamento não cirúrgico é feita pelo especialista com base em uma avaliação individualizada.
Tratamento da ruptura de menisco
O tratamento da ruptura do menisco medial pode variar dependendo da gravidade da lesão, dos sintomas do paciente, da idade e do nível de atividade física.
Existem três abordagens principais para o tratamento de uma ruptura do menisco medial:
- Tratamento Conservador:
- Repouso: O repouso é frequentemente a primeira medida para permitir que o joelho se recupere. Evitar atividades que agravem a lesão é importante.
- Fisioterapia: A fisioterapia pode ser prescrita para ajudar a fortalecer os músculos ao redor do joelho, melhorar a estabilidade e reduzir a dor. Os exercícios podem incluir alongamentos, fortalecimento e técnicas de mobilização.
- Gelo e Compressão: Aplicar gelo e compressão no joelho pode ajudar a reduzir o inchaço e a inflamação.
- Injeção de Corticosteroides: Em alguns casos, o especialista pode recomendar uma injeção de corticosteroide diretamente no joelho para reduzir a inflamação e a dor. Isso é geralmente usado para alívio temporário dos sintomas e não trata a causa subjacente da lesão.
- Cirurgia:
- Artroscopia do Joelho: Em casos mais graves de ruptura do menisco medial, quando o tratamento conservador não é eficaz, a cirurgia artroscópica pode ser necessária. Durante a artroscopia, o cirurgião pode reparar a lesão do menisco, remover partes danificadas ou, em alguns casos, realizar uma sutura para promover a cicatrização.
- Ressecção (Meniscectomia): Em algumas situações, quando a lesão é irreparável, uma parte do menisco pode ser removida cirurgicamente. Isso é chamado de meniscectomia parcial.
A importância da fisioterapia em casos de ruptura de menisco
A fisioterapia desempenha um papel fundamental na reabilitação de casos de ruptura de menisco, independentemente de o paciente optar por tratamento cirúrgico ou não cirúrgico.
Aqui estão algumas razões pelas quais a fisioterapia é importante em casos de lesão de menisco:
- Redução da Dor: A fisioterapia pode incluir modalidades como terapia com gelo, ultrassom e estimulação elétrica, que ajudam a reduzir a dor e o inchaço associados à lesão de menisco.
- Recuperação da Amplitude de Movimento: Após uma lesão de menisco, é comum que o joelho fique rígido e com limitação de movimento. Os fisioterapeutas podem usar técnicas de alongamento e mobilização para ajudar a restaurar a amplitude de movimento normal do joelho.
- Fortalecimento Muscular: O fortalecimento dos músculos ao redor do joelho é essencial para proporcionar suporte e estabilidade à articulação. Os fisioterapeutas desenvolvem programas de exercícios personalizados para fortalecer quadríceps, isquiotibiais, panturrilhas e outros grupos musculares relevantes.
- Melhora da Estabilidade: A fisioterapia foca na melhora da estabilidade do joelho para prevenir lesões futuras e ajudar na recuperação da lesão atual.
- Reeducação Funcional: Os fisioterapeutas ajudam os pacientes a aprender a mover-se corretamente, evitando sobrecarregar o joelho afetado. Isso é especialmente importante após a cirurgia de menisco.
- Prevenção de Atrofia Muscular: A imobilização ou a limitação da atividade após uma lesão de menisco pode levar à atrofia muscular. A fisioterapia ajuda a prevenir esse enfraquecimento.
- Treinamento de Equilíbrio e Coordenação: A coordenação motora e o equilíbrio são fundamentais para evitar quedas e lesões adicionais. A fisioterapia inclui exercícios para melhorar essas habilidades.
- Apoio Psicológico: Lesões no joelho podem ser desafiadoras emocionalmente. Os fisioterapeutas oferecem apoio e incentivo durante o processo de reabilitação.
- Orientação sobre Atividades Diárias: Os fisioterapeutas ensinam técnicas e estratégias para lidar com atividades diárias, como subir escadas, caminhar e sentar-se, para minimizar o estresse sobre o joelho.
- Monitoramento da Progressão: Os fisioterapeutas acompanham o progresso do paciente e fazem ajustes no plano de tratamento conforme necessário para garantir uma recuperação adequada.
A fisioterapia é uma parte integrante do processo de recuperação após uma ruptura de menisco. Seja antes ou após a cirurgia, os fisioterapeutas desempenham um papel fundamental na melhoria da função do joelho, na redução da dor e no retorno do paciente a um estilo de vida ativo e funcional.
Portanto, é altamente recomendável seguir as orientações e participar ativamente da fisioterapia para obter os melhores resultados.
O tratamento que vai devolver a saúde dos seus membros inferiores
A proposta do Instituto TRATA está fundamentada no conceito de inovação, no que se refere ao tratamento de membros inferiores (quadril, joelho e pé).
A garantia de resultados eficazes reflete os procedimentos adotados pela equipe:
Avaliação clínica detalhada
O paciente é submetido a uma avaliação clínica detalhada, feita por um especialista da equipe.
É esse primeiro passo que viabiliza um direcionamento específico ao tratamento, de acordo com o quadro particular de cada paciente.
Avaliação cinemática dos movimentos do corpo
A seguir, o paciente é levado a uma avaliação cinemática dos movimentos do corpo. A finalidade é analisar como os ossos e os músculos estão organizados na reação à gravidade e às forças atuantes no corpo humano. Para isso, utilizamos um software exclusivo de análise de movimento chamado TrataScan, cuja tecnologia avançada permite detectar quaisquer alterações na força ou funcionalidade das estruturas que acabam levando a um quadro inflamatório ou doloroso, por exemplo.
Assimetrias, padrões motores, lesões associadas, existência de compensações e quais estruturas devem ser trabalhadas são alguns pontos que podem ser avaliados durante essa etapa.
Protocolo de tratamento das lesões dos membros inferiores
O último passo consiste na aplicação do protocolo de tratamento das lesões dos membros inferiores, formulado pela rede e baseado em evidências científicas.
O foco se concentra no alinhamento biomecânico dos membros inferiores com o objetivo final de melhora do quadro do paciente (sem recidivas) e, por conseguinte, de uma maior qualidade de vida.
Nenhum atendimento é padrão. Avaliamos as necessidades específicas de cada paciente e montamos a abordagem de tratamento mais assertiva para cada quadro.
A tecnologia faz parte do nosso programa de tratamento com o objetivo de oferecer aos pacientes o que há de mais avançado no tratamento conservador de Fisioterapia.
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Atualmente é diretor-clínico do Instituto TRATA – Joelho e Quadril.
Graduado em Fisioterapia no ano de 2001 e Especialista (pós-graduação) em Fisioterapia neuro-musculo-esquelética pela Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo – ISCMSP (2003)
Mestre em Engenharia Biomédica pela Universidade de Mogi das Cruzes – UMC (2006)
Doutor em Ciências pelo programa de Cirurgia e Experimentação da Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP (2011)
Pós-doutorado (post doc) em Biomecânica pela University of Southern California – USC (2013)
Docente da graduação do Centro Universitário São Camilo – CUSC e Fisioterapeuta da Seleção Brasileira de Futebol Feminino
Foi Professor Adjunto da pós-graduação em Fisioterapia musculo-esquelética – ISCMSP e Supervisor do Grupo de Joelho, Quadril, Traumatologia Esportiva e Ortopedia Pediátrica – ISCMSP
Vencedor dos prêmios EXCELLENCE IN RESEARCH AWARD pelo melhor artigo publicado no ano de 2010 e EXCELLENCE IN CLINICAL INQUIRY no ano de 2011 no Journal of Orthopaedic and Sports Physical Therapy (JOSPT).
Membro da Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva (SONAFE). Tem mais de 60 publicações nacionais e internacionais com ênfase em Reabilitação em Ortopedia e Traumatologia, Joelho e Quadril, Traumatologia esportiva e Eletrotermofototerapia.
