Você sabia que a dor que você sente no quadril ou joelho podem estar relacionadas ao enfraquecimento de uma região do seu glúteo? Hoje você vai descobrir quais são as causas, sintomas e como funciona o tratamento de uma condição chamada de “Síndrome da bunda morta” ou “Síndrome da amnésia glútea”.
O que é?
A “Síndrome da bunda morta”, também conhecida como “Síndrome da amnésia glútea”, é um termo coloquial que descreve uma condição em que os músculos glúteos, especialmente o glúteo médio, tornam-se fracos ou inativos devido a um estilo de vida sedentário ou a padrões de movimento inadequados.
Agendar sua AvaliaçãoIsso pode levar a uma série de problemas, incluindo dor no quadril, dor no joelho e instabilidade no quadril e na pelve.
Quais são os sintomas?
Os sintomas da Síndrome da Bunda Morta podem variar de pessoa para pessoa, mas geralmente incluem uma combinação dos seguintes:
Agendar sua AvaliaçãoDor no quadril
A fraqueza dos músculos glúteos pode causar desalinhamento e instabilidade no quadril, levando a dor e desconforto nessa região.
Dor no joelho
A falta de estabilidade e suporte dos músculos glúteos pode levar a padrões de movimento inadequados, aumentando o estresse sobre as articulações do joelho e causando dor.
Fraqueza ou instabilidade no quadril
Pessoas com a síndrome podem sentir fraqueza ou instabilidade ao realizar atividades como subir escadas, levantar-se de uma cadeira ou caminhar em terrenos irregulares.
Dificuldade em realizar exercícios
Os sintomas podem incluir dificuldade em realizar exercícios que envolvem os músculos glúteos, como agachamentos, lunges ou elevações de quadril.
Dormência ou formigamento
Em alguns casos, pode ocorrer dormência ou formigamento na região glútea devido à inatividade muscular prolongada.
Pode ser algo grave?
Embora a Síndrome da Bunda Morta não seja considerada uma condição grave, pode levar a problemas crônicos se não for tratada adequadamente.
A fraqueza ou inatividade dos músculos glúteos pode causar desequilíbrios musculares e padrões de movimento inadequados, aumentando o risco de lesões musculoesqueléticas.
Essas condições podem afetar significativamente a qualidade de vida e a capacidade de realizar atividades diárias e exercícios físicos.
Além disso, a Síndrome da Bunda Morta pode contribuir para o desenvolvimento de outras condições musculares, como a síndrome da dor patelofemoral (dor na região da patela do joelho) e a síndrome do trato iliotibial (dor na parte externa do joelho).
Se não tratadas, essas condições podem se tornar crônicas e causar limitações funcionais significativas.
Quais são as causas?
As causas da Síndrome da Bunda Morta podem incluir uma combinação de fatores relacionados ao estilo de vida, padrões de movimento e predisposição genética.
Algumas das causas comuns incluem:
Estilo de vida sedentário
Passar longos períodos sentado, seja no trabalho, dirigindo ou em atividades de lazer, pode levar à inatividade dos músculos glúteos e contribuir para a fraqueza muscular.
Padrões de movimento inadequados
Movimentos repetitivos ou padrões de movimento inadequados que não envolvem a ativação adequada dos músculos glúteos podem levar à inatividade e fraqueza muscular ao longo do tempo.
Lesões anteriores
Lesões anteriores nos músculos glúteos ou em áreas adjacentes, como a região lombar ou o quadril, podem resultar em compensações musculares e contribuir para a fraqueza dos músculos glúteos.
Fatores genéticos
Algumas pessoas podem ter uma predisposição genética para padrões de movimento inadequados ou fraqueza muscular, o que pode contribuir para a Síndrome da Bunda Morta.
Idade
Com o envelhecimento, os músculos tendem a perder massa e força, o que pode aumentar o risco de fraqueza muscular na região glútea.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico e o tratamento da Síndrome da Bunda Morta deve ser personalizado de acordo com as necessidades específicas de cada paciente, levando em consideração uma variedade de fatores, incluindo a gravidade dos sintomas, histórico, estilo de vida e objetivos de tratamento.
Diagnóstico
Avaliação abrangente
O diagnóstico começa com uma avaliação abrangente conduzida por um especialista.
Esta avaliação envolve uma revisão detalhada da história médica do paciente, análise dos sintomas relatados e um exame físico completo.
Avaliação funcional
É realizada uma avaliação funcional para determinar o alcance dos movimentos, força muscular, estabilidade articular e padrões de movimento.
Isso pode incluir testes específicos para avaliar a função dos músculos glúteos e a ativação muscular durante atividades específicas.
Exames complementares
Em alguns casos, exames de imagem, como ressonância magnética, ultrassonografia ou radiografias, podem ser realizados para avaliar a estrutura e função dos músculos, articulações e tecidos moles.
Tratamento
Plano de tratamento personalizado
Com base na avaliação inicial, um plano de tratamento personalizado é desenvolvido para atender às necessidades específicas do paciente.
Isso pode incluir uma combinação de intervenções, como exercícios terapêuticos, terapia manual, modalidades de fisioterapia, educação do paciente e modificações no estilo de vida.
Exercícios terapêuticos
São prescritos exercícios específicos para fortalecer os músculos glúteos, melhorar a estabilidade articular e corrigir padrões de movimento disfuncionais.
Os exercícios são adaptados de acordo com o nível de condicionamento físico, habilidades e tolerância do paciente.
Terapia manual
Em alguns casos, a terapia manual, como liberação miofascial ou manipulação articular, pode ser utilizada para aliviar a tensão muscular, melhorar a mobilidade e promover a cicatrização tecidual.
Educação do paciente
O paciente recebe orientações sobre como prevenir recorrências da síndrome, incluindo técnicas de postura adequada, modificação das atividades diárias e estratégias de autocuidado.
Acompanhamento e ajustes
O plano de tratamento é revisado regularmente e ajustado conforme necessário com base na resposta do paciente e progresso do tratamento.
É importante manter uma comunicação aberta com o profissional de saúde para garantir que o tratamento esteja alinhado com as necessidades e objetivos do paciente.
Exercícios para prevenir a Síndrome da bunda morta
Como a Síndrome da Bunda Morta é um problema comum causado pela inatividade dos músculos glúteos, especialmente devido ao estilo de vida sedentário, confira algumas dicas de exercícios que podem ajudar a prevenir essa condição:
Ativação dos Glúteos
Incorporar exercícios que visam especificamente os músculos glúteos, como agachamentos, lunges, elevações pélvicas, deadlifts e hip thrusts.
Esses exercícios ajudam a ativar e fortalecer os músculos glúteos, prevenindo a inatividade e a fraqueza.
Exercícios Funcionais
Inclua exercícios funcionais que envolvam movimentos compostos e naturais, como correr, subir escadas, pular, saltar, entre outros.
Esses movimentos recrutam os glúteos de forma mais eficaz do que os exercícios isolados e ajudam a melhorar a coordenação e o equilíbrio.
Treinamento de Peso Corporal
Além dos exercícios com peso livre, o treinamento de peso corporal, como flexões, pranchas, burpees e montanhistas, também pode ser eficaz para ativar os glúteos e fortalecer os músculos estabilizadores ao redor da região lombar e dos quadris.
Mobilidade
Não se esqueça de incluir exercícios de mobilidade para os músculos da parte inferior do corpo, especialmente os glúteos, quadris e músculos da coxa.
Isso ajuda a manter a flexibilidade e a amplitude de movimento, evitando a rigidez muscular que pode contribuir para a Síndrome da Bunda Morta.
Intervalos Ativos
Se você tem um trabalho sedentário, tente incorporar intervalos ativos ao longo do dia.
Levante-se a cada hora, alongue-se, dê uma caminhada curta ou faça alguns agachamentos para ativar os glúteos e evitar a inatividade prolongada.
Variedade e Progressão
Varie seus exercícios regularmente e progrida gradualmente na intensidade e no volume para desafiar seus músculos de maneira eficaz e evitar a adaptação.
O tratamento que vai devolver a saúde dos seus membros inferiores
A base da proposta do Instituto TRATA está centrada na ideia de inovação no tratamento das extremidades inferiores, abrangendo quadril, joelho e pé. A asseguração de resultados eficazes espelha os métodos seguidos pela equipe:
Avaliação clínica detalhada
O paciente passa por uma avaliação clínica detalhada realizada por um especialista da equipe. Esse inicial procedimento possibilita uma orientação direcionada ao tratamento, considerando o quadro individual de cada paciente.
Avaliação cinemática dos movimentos do corpo
Posteriormente, o paciente passa por uma avaliação cinemática dos movimentos corporais. O objetivo é examinar a organização dos ossos e músculos em resposta à gravidade e às forças que atuam no corpo humano. Para essa finalidade, empregamos um software especializado de análise de movimento chamado TrataScan. Sua tecnologia avançada permite identificar quaisquer alterações na força ou funcionalidade das estruturas que podem resultar em quadros inflamatórios ou dolorosos, por exemplo.
Durante essa fase, é possível avaliar assimetrias, padrões motores, lesões associadas, presença de compensações e determinar quais estruturas necessitam de intervenção.
Protocolo de tratamento das lesões dos membros inferiores
A etapa final envolve a implementação do protocolo de tratamento para lesões nas extremidades inferiores, desenvolvido pela rede e embasado em evidências científicas.
A atenção é direcionada para o alinhamento biomecânico das extremidades inferiores, visando aprimorar a condição do paciente (evitando recidivas) e, consequentemente, proporcionar uma maior qualidade de vida.
Não há um atendimento padronizado. Analisamos as necessidades individuais de cada paciente e desenvolvemos a abordagem de tratamento mais adequada para cada caso.
A incorporação da tecnologia é uma parte integral do nosso programa de tratamento, com o propósito de proporcionar aos pacientes as mais avançadas técnicas no tratamento conservador de Fisioterapia.
Agendar sua AvaliaçãoAtualmente é diretor-clínico do Instituto TRATA – Joelho e Quadril.
Graduado em Fisioterapia no ano de 2001 e Especialista (pós-graduação) em Fisioterapia neuro-musculo-esquelética pela Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo – ISCMSP (2003)
Mestre em Engenharia Biomédica pela Universidade de Mogi das Cruzes – UMC (2006)
Doutor em Ciências pelo programa de Cirurgia e Experimentação da Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP (2011)
Pós-doutorado (post doc) em Biomecânica pela University of Southern California – USC (2013)
Docente da graduação do Centro Universitário São Camilo – CUSC e Fisioterapeuta da Seleção Brasileira de Futebol Feminino
Foi Professor Adjunto da pós-graduação em Fisioterapia musculo-esquelética – ISCMSP e Supervisor do Grupo de Joelho, Quadril, Traumatologia Esportiva e Ortopedia Pediátrica – ISCMSP
Vencedor dos prêmios EXCELLENCE IN RESEARCH AWARD pelo melhor artigo publicado no ano de 2010 e EXCELLENCE IN CLINICAL INQUIRY no ano de 2011 no Journal of Orthopaedic and Sports Physical Therapy (JOSPT).
Membro da Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva (SONAFE). Tem mais de 60 publicações nacionais e internacionais com ênfase em Reabilitação em Ortopedia e Traumatologia, Joelho e Quadril, Traumatologia esportiva e Eletrotermofototerapia.