A síndrome do trato iliotibial (TIT) consiste em uma dor aguda incidente, principalmente em praticantes de atividade física cujo gestual esportivo envolve flexões repetidas dos joelhos. O trato iliotibial é uma banda de tecido fibroso localizada na parte lateral da coxa estendendo-se até a tíbia que também serve como ponto de inserção de importantes músculos do quadril.
Essa síndrome está comumente associada a sobrecarga no TIT durante atividades físicas como corrida, caminhadas, ciclismo e futebol.
Agendar sua AvaliaçãoCausas

Durante atividades esportivas que exigem da musculatura lateral do quadril, ocorre uma fricção excessiva da banda de tecido fibroso sobre o epicôndilo lateral do fêmur, principalmente na presença de desarranjos biomecânicos e encurtamentos musculares, causando dor na região lateral do joelho.
Umas das principais características dessa síndrome é a se ser ocasionada pelo “excesso de atividades” e a patologia também pode surgir quando os joelhos são arqueados para fora (joelho varo – Quando há abertura do compartimento lateral dos joelhos), quando os tênis do atleta estão mais gastos do lado externo ou quando a atividade física é praticada em terreno angulado. A má postura durante a prática de alguma atividade física também favorece a STIT, é o caso do mau posicionamento na bicicleta de ciclistas, por exemplo.
Sintomas

O início da síndrome do trato iliotibial é manifestado como dor na face lateral do joelho que apresenta piora com a realização de esforços físicos repetitivos. Outros sintomas incluem hipersensibilidade na extremidade distal e lateral do fêmur (próximo ao joelho) e dor em queimação durante a palpação.
Agendar sua AvaliaçãoEstas queixas de dor podem aparecer após o aumento de volume de treino, por exemplo, um corredor que aumenta exponencialmente a quilometragem percorrida em um curto período de tempo pode vir a desenvolver estes sintomas, que podem ser intensificados pela sucessão de estímulos semelhantes até que o indivíduo seja impedido de correr. Em casos mais avançados, a dor pode alcançar a região lateral da perna.
Diagnóstico e Exames

Para diagnóstico da lesão, alguns testes irritativos e de flexibilidades muscular devem ser realizados para identificar o foco da dor e iniciar o planejamento do tratamento. Além de que, a avaliação pode ser comprovada ao identificar dor durante os movimentos de joelho com ou sem apoio de um dos membros no chão (unipodal). Outro detalhe a ser ressaltado, e que pode auxiliar a avaliação, é que os indivíduos podem apresentar dificuldade ou incapacidade de realização de saltos.
Tratamento
O tratamento desta patologia é baseado no controle da dor abordando condutas fisioterapêuticas analgésicas como gelo (crioterapia), técnicas de alongamento e liberação miofascial, ganho de força muscular para aumentar a capacidade de absorção de cargas de forma ativa e distribuir as cargas reduzindo a sobrecarga local. Além disso, após alívio parcial ou total dos sintomas, uma avaliação biomecânica deve ser feita, objetivando um melhor alinhamento de todo o membro inferior durante a prática da atividade física.
Na maioria dos casos, um trabalho de fortalecimento muscular concomitante a técnicas analgésicas e de liberação miofascial podem resultar em resolução completa do quadro dentro de algumas semanas.
Assista ao vídeo:
Atualmente é diretor-clínico do Instituto TRATA – Joelho e Quadril.
Graduado em Fisioterapia no ano de 2001 e Especialista (pós-graduação) em Fisioterapia neuro-musculo-esquelética pela Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo – ISCMSP (2003)
Mestre em Engenharia Biomédica pela Universidade de Mogi das Cruzes – UMC (2006)
Doutor em Ciências pelo programa de Cirurgia e Experimentação da Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP (2011)
Pós-doutorado (post doc) em Biomecânica pela University of Southern California – USC (2013)
Docente da graduação do Centro Universitário São Camilo – CUSC e Fisioterapeuta da Seleção Brasileira de Futebol Feminino
Foi Professor Adjunto da pós-graduação em Fisioterapia musculo-esquelética – ISCMSP e Supervisor do Grupo de Joelho, Quadril, Traumatologia Esportiva e Ortopedia Pediátrica – ISCMSP
Vencedor dos prêmios EXCELLENCE IN RESEARCH AWARD pelo melhor artigo publicado no ano de 2010 e EXCELLENCE IN CLINICAL INQUIRY no ano de 2011 no Journal of Orthopaedic and Sports Physical Therapy (JOSPT).
Membro da Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva (SONAFE). Tem mais de 60 publicações nacionais e internacionais com ênfase em Reabilitação em Ortopedia e Traumatologia, Joelho e Quadril, Traumatologia esportiva e Eletrotermofototerapia.