O que é Síndrome do Túnel Tarso? Ela afeta o nervo tibial?
A Síndrome do Túnel Tarso, também conhecida como síndrome do túnel do tarso, é uma condição que afeta o pé e ocorre quando o nervo tibial posterior é comprimido ou danificado à medida que passa pelo túnel do tarso, uma estrutura óssea localizada no interior do tornozelo.
O túnel do tarso é formado pelos ossos do tarso, que são um conjunto de sete ossos localizados na parte posterior do pé, logo acima do calcanhar. O nervo tibial posterior passa por esse túnel e fornece inervação sensorial e motora para várias estruturas do pé.
Agendar sua AvaliaçãoSíndrome do túnel do tarso: Principais Sintomas
Os principais sintomas da Síndrome do Túnel Tarso podem variar de pessoa para pessoa, mas geralmente envolvem desconforto e dor na região interna do tornozelo e pé.
Aqui estão os sintomas mais comuns associados a essa condição:
Dor
Agendar sua AvaliaçãoA dor é um dos sintomas mais proeminentes da Síndrome do Túnel Tarso. Ela geralmente é descrita como uma dor profunda e latejante na região interna do tornozelo ou pé.
A intensidade da dor pode variar de leve a intensa e pode piorar com a atividade física.
Formigamento e dormência
Muitas pessoas com essa síndrome relatam sensações de formigamento, dormência ou “alfinetadas” na área afetada.
Esses sintomas são geralmente sentidos ao longo do trajeto do nervo tibial posterior, que passa pelo túnel do tarso.
Queimação
Além do formigamento, algumas pessoas podem experimentar uma sensação de queimação no pé afetado. Isso pode ser resultado da compressão do nervo ou da irritação dos tecidos circundantes.
Fraqueza muscular
A compressão do nervo tibial posterior pode levar à fraqueza muscular no pé e tornozelo afetados. Isso pode levar a dificuldades na caminhada, no equilíbrio e em atividades que requerem força nessa região.
Sensação de peso
Algumas pessoas descrevem uma sensação de peso ou fadiga no pé afetado. Essa sensação pode ser causada pela disfunção do nervo tibial posterior e pelos músculos enfraquecidos.
Inchaço
Em casos mais graves, pode ocorrer inchaço na região interna do tornozelo e pé. Isso ocorre devido à irritação e inflamação dos tecidos ao redor do nervo comprimido.
É importante ressaltar que os sintomas da Síndrome do Túnel Tarso podem ser semelhantes a outras condições, como a neuropatia periférica ou a síndrome do túnel do tarso posterior. Portanto, é essencial consultar um profissional de saúde para um diagnóstico preciso e um plano de tratamento adequado.
Causas da Síndrome do Túnel do Tarso
A Síndrome do Túnel Tarso pode ter várias causas, sendo a compressão ou irritação do nervo tibial posterior no túnel do tarso a causa principal.
Algumas das causas mais comuns incluem:
Estreitamento do túnel do tarso
O túnel do tarso é uma passagem óssea estreita localizada na parte interna do tornozelo. Se houver uma redução do espaço dentro do túnel, seja devido a anomalias anatômicas congênitas, como um túnel estreito de nascença, ou a alterações adquiridas, como osteoartrite ou espessamento dos tecidos circundantes, pode ocorrer compressão do nervo.
Lesões traumáticas
Fraturas, entorses graves do tornozelo ou lesões traumáticas que afetam os ossos ou tecidos moles próximos ao túnel do tarso podem causar inchaço, hematomas e compressão do nervo tibial posterior.
Inflamação e inchaço
Condições inflamatórias, como artrite reumatoide, tendinite, bursite ou fascite plantar, podem levar ao inchaço dos tecidos circundantes, comprimindo o nervo tibial posterior.
Tumores
Embora seja raro, tumores benignos ou malignos que se desenvolvem nos tecidos próximos ao túnel do tarso podem comprimir o nervo e causar os sintomas da síndrome do túnel tarso.
Edema crônico
O edema crônico (inchaço persistente) na região do tornozelo e pé pode exercer pressão sobre o nervo tibial posterior, resultando na síndrome do túnel tarso.
Gravidez
Durante a gravidez, ocorrem alterações hormonais e aumento do volume sanguíneo, o que pode levar ao inchaço dos tecidos. Essa condição pode comprimir o nervo tibial posterior no túnel do tarso.
É importante lembrar que a síndrome do túnel tarso pode ter causas múltiplas ou combinadas. O diagnóstico correto é fundamental para determinar a causa subjacente e direcionar o tratamento apropriado.
Diagnóstico da Síndrome do Túnel do Tarso
O diagnóstico da Síndrome do Túnel Tarso geralmente envolve uma combinação de avaliação clínica, exame físico e, em alguns casos, exames complementares.
Aqui estão os principais aspectos do processo diagnóstico:
Histórico e avaliação dos sintomas
O especialista começará obtendo informações detalhadas sobre seus sintomas, histórico e atividades que possam estar relacionadas à condição.
É importante descrever os sintomas, sua duração, fatores desencadeantes e qualquer atividade que alivie ou agrave os sintomas.
Exame físico
O especialista realizará um exame físico minucioso do pé e tornozelo afetados. Eles podem procurar sinais de inchaço, vermelhidão, deformidades, sensibilidade ou áreas de sensação reduzida.
Ele também pode realizar testes para avaliar a força muscular, reflexos e sensibilidade no pé e tornozelo.
Testes de diagnóstico por imagem
Em alguns casos, podem ser necessários exames de imagem para confirmar o diagnóstico e descartar outras condições. Os exames de imagem mais comumente utilizados incluem:
- Radiografias: Podem ser solicitadas para descartar lesões ósseas ou anomalias estruturais.
- Ultrassonografia: Pode ajudar a visualizar os tecidos moles e identificar a presença de inchaço, tumores ou compressão do nervo.
- Ressonância magnética (RM): É uma ferramenta de diagnóstico eficaz para avaliar os tecidos moles, incluindo nervos, músculos, tendões e ligamentos. A RM pode mostrar a compressão ou irritação do nervo tibial posterior no túnel do tarso.
- Exames de condução nervosa: Em certos casos, o médico pode solicitar exames de condução nervosa, como a eletroneuromiografia (ENMG). Esse exame mede a velocidade de condução do impulso elétrico ao longo do nervo e pode ajudar a identificar a presença e a gravidade da compressão do nervo tibial posterior.
Com base nos resultados da avaliação clínica e dos exames complementares, o especialista será capaz de fazer o diagnóstico da Síndrome do Túnel Tarso e determinar o plano de tratamento mais adequado.
Síndrome do Túnel do Tarso tem cura?
A Síndrome do Túnel do Tarso pode ser tratada e controlada, mas não existe uma cura definitiva para a condição. O objetivo do tratamento é aliviar os sintomas, reduzir a compressão do nervo e melhorar a função do pé e tornozelo.
Como é o tratamento da Síndrome do Túnel do Tarso?
O tratamento pode envolver uma combinação de abordagens não cirúrgicas e cirúrgicas, dependendo da gravidade dos sintomas e da resposta ao tratamento inicial. Aqui estão algumas opções de tratamento comuns:
Tratamento não cirúrgico
Na maioria dos casos, o tratamento inicial da Síndrome do Túnel do Tarso envolve medidas não cirúrgicas, que podem incluir:
- Fisioterapia: Exercícios específicos podem ser prescritos para fortalecer os músculos do pé e tornozelo, melhorar a flexibilidade e reduzir a compressão do nervo.
- Órteses e suportes: O uso de palmilhas personalizadas pode ajudar a estabilizar o pé, aliviar a pressão no nervo e melhorar os sintomas.
- Injeções de corticosteroides: Em alguns casos, injeções de corticosteroides podem ser recomendadas para reduzir a inflamação e aliviar a dor.
Síndrome do Túnel do Tarso precisa de cirurgia?
Se os sintomas persistirem ou forem graves, a cirurgia pode ser considerada.
Ela visa aliviar a compressão do nervo e pode envolver a liberação do túnel do tarso ou a remoção de qualquer estrutura que esteja pressionando o nervo.
Embora a cura completa possa não ser possível, muitas pessoas com Síndrome do Túnel do Tarso respondem bem ao tratamento e conseguem aliviar os sintomas, melhorar a função do pé e tornozelo e retornar às suas atividades normais. O tratamento oportuno e adequado pode ajudar a gerenciar efetivamente a condição.
Síndrome do Túnel do Tarso aposenta?
A Síndrome do Túnel do Tarso em si não é uma condição que resulte em aposentadoria automática.
A aposentadoria depende de vários fatores, como a gravidade dos sintomas, a resposta ao tratamento, a capacidade de realizar atividades profissionais e a legislação previdenciária do país onde você reside.
Se a Síndrome do Túnel do Tarso causar sintomas graves e persistentes que afetem significativamente sua capacidade de trabalhar e desempenhar suas funções profissionais, pode ser necessário discutir suas limitações com seu médico e, se aplicável, com um médico do trabalho ou especialista em saúde ocupacional. Eles podem fornecer uma avaliação mais precisa do impacto da condição no seu trabalho e orientar sobre os recursos disponíveis, como adaptações no local de trabalho ou programas de reabilitação profissional.
Em alguns casos, se a condição não melhorar com tratamento adequado e interferir de forma significativa e permanente na capacidade de trabalho, pode ser possível considerar a aposentadoria por invalidez ou outros benefícios previdenciários, dependendo das leis e regulamentos do seu país.
Exercícios para prevenir Síndrome do Túnel do Tarso
Embora não haja exercícios específicos que possam prevenir totalmente a Síndrome do Túnel do Tarso, é possível adotar uma série de medidas para fortalecer os músculos e tendões do pé, melhorar a postura e reduzir o risco de lesões que podem contribuir para o desenvolvimento da condição.
Aqui estão alguns exercícios que podem ser benéficos:
- Fortalecimento dos músculos intrínsecos do pé: Esses exercícios visam fortalecer os músculos localizados no interior do pé, ajudando a manter a estabilidade e o suporte adequados.
- Alongamento do pé e panturrilha: Alongar os músculos da panturrilha e do pé pode ajudar a melhorar a flexibilidade e a reduzir a tensão sobre o túnel do tarso.
- Exercícios de equilíbrio: A melhora do equilíbrio e da propriocepção pode ajudar a prevenir lesões nos pés e tornozelos.
- Fortalecimento da musculatura da perna e tornozelo: Exercícios que fortalecem os músculos da perna e do tornozelo podem ajudar a estabilizar a articulação e reduzir a pressão sobre o túnel do tarso.
O tratamento que vai devolver a saúde dos seus membros inferiores
A proposta do Instituto TRATA está fundamentada no conceito de inovação, no que se refere ao tratamento de membros inferiores (quadril, joelho e pé).
A garantia de resultados eficazes reflete os procedimentos adotados pela equipe:
Avaliação clínica detalhada
O paciente é submetido a uma avaliação clínica detalhada, feita por um especialista da equipe.
É esse primeiro passo que viabiliza um direcionamento específico ao tratamento, de acordo com o quadro particular de cada paciente.
Avaliação cinemática dos movimentos do corpo
A seguir, o paciente é levado a uma avaliação cinemática dos movimentos do corpo. A finalidade é analisar como os ossos e os músculos estão organizados na reação à gravidade e às forças atuantes no corpo humano. Para isso, utilizamos um software exclusivo de análise de movimento chamado TrataScan, cuja tecnologia avançada permite detectar quaisquer alterações na força ou funcionalidade das estruturas que acabam levando a um quadro inflamatório ou doloroso, por exemplo.
Assimetrias, padrões motores, lesões associadas, existência de compensações e quais estruturas devem ser trabalhadas são alguns pontos que podem ser avaliados durante essa etapa.
Protocolo de tratamento das lesões dos membros inferiores
O último passo consiste na aplicação do protocolo de tratamento das lesões dos membros inferiores, formulado pela rede e baseado em evidências científicas.
O foco se concentra no alinhamento biomecânico dos membros inferiores com o objetivo final de melhora do quadro do paciente (sem recidivas) e, por conseguinte, de uma maior qualidade de vida.
Nenhum atendimento é padrão. Avaliamos as necessidades específicas de cada paciente e montamos a abordagem de tratamento mais assertiva para cada quadro.
A tecnologia faz parte do nosso programa de tratamento com o objetivo de oferecer aos pacientes o que há de mais avançado no tratamento conservador de Fisioterapia.
Agendar sua AvaliaçãoAtualmente é diretor-clínico do Instituto TRATA – Joelho e Quadril.
Graduado em Fisioterapia no ano de 2001 e Especialista (pós-graduação) em Fisioterapia neuro-musculo-esquelética pela Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo – ISCMSP (2003)
Mestre em Engenharia Biomédica pela Universidade de Mogi das Cruzes – UMC (2006)
Doutor em Ciências pelo programa de Cirurgia e Experimentação da Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP (2011)
Pós-doutorado (post doc) em Biomecânica pela University of Southern California – USC (2013)
Docente da graduação do Centro Universitário São Camilo – CUSC e Fisioterapeuta da Seleção Brasileira de Futebol Feminino
Foi Professor Adjunto da pós-graduação em Fisioterapia musculo-esquelética – ISCMSP e Supervisor do Grupo de Joelho, Quadril, Traumatologia Esportiva e Ortopedia Pediátrica – ISCMSP
Vencedor dos prêmios EXCELLENCE IN RESEARCH AWARD pelo melhor artigo publicado no ano de 2010 e EXCELLENCE IN CLINICAL INQUIRY no ano de 2011 no Journal of Orthopaedic and Sports Physical Therapy (JOSPT).
Membro da Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva (SONAFE). Tem mais de 60 publicações nacionais e internacionais com ênfase em Reabilitação em Ortopedia e Traumatologia, Joelho e Quadril, Traumatologia esportiva e Eletrotermofototerapia.