A síndrome patelofemoral é uma condição dolorosa que afeta a articulação do joelho. Essa condição pode ser causada por muitos fatores, ou seja, mais de uma causa pode estar contribuir para o surgimento dessa condição.
Nesse artigo você vai descobrir quais são esses fatores e como funciona o tratamento para essa condição.
Agendar sua AvaliaçãoO que é a síndrome patelofemoral?
A patela é um osso em forma de disco localizado na frente do joelho, e a articulação patelofemoral é a articulação entre a patela e o fêmur (osso da coxa).
Esta articulação é fundamental para os movimentos do joelho, especialmente durante atividades que envolvem dobrar ou esticar a perna, como correr, pular, subir escadas, entre outros.
Agendar sua AvaliaçãoA síndrome patelofemoral, também conhecida como condromalácia patelar, é uma condição na qual a cartilagem sob a patela amolece e se desgasta.
Quais são os sintomas da síndrome patelofemoral?
Os sintomas da síndrome patelofemoral podem variar de pessoa para pessoa, mas geralmente incluem:
Dor na frente do joelho
A dor é frequentemente descrita como uma dor contínua e difusa na região frontal do joelho, abaixo ou ao redor da patela.
Pode piorar ao subir ou descer escadas, correr, agachar-se, ficar sentado por muito tempo com os joelhos dobrados, ou após atividades físicas.
Crepitação ou estalos no joelho
Algumas pessoas podem sentir ou ouvir crepitação, que é um som de estalido ou atrito ao dobrar ou estender o joelho.
Sensação de instabilidade ou fraqueza no joelho
Pode haver uma sensação de que o joelho está “falhando” ou não é estável ao realizar certos movimentos.
Inchaço leve
Algumas pessoas podem experimentar inchaço ao redor do joelho afetado.
Dor ao ficar sentado por muito tempo
A dor pode aumentar após ficar sentado por um período prolongado, especialmente com os joelhos dobrados, como em um cinema ou durante uma viagem de carro.
O que causa a síndrome patelofemoral?
Essa condição é causada principalmente por desalinhamento ou mau funcionamento da rótula conforme ela se move sobre o fêmur (osso da coxa).
Vários fatores podem contribuir para o desenvolvimento dessa síndrome, incluindo:
Desalinhamento da patela
A patela pode se mover de forma anormal devido a vários fatores, como fraqueza muscular, diferenças anatômicas, lesões ou alterações nas estruturas ósseas.
Fraqueza muscular
Músculos fracos ao redor do joelho, especialmente os músculos da coxa (quadríceps e isquiotibiais), podem não fornecer suporte adequado à rótula, levando a um desalinhamento.
Sobrecarga ou uso excessivo
Atividades que envolvem movimentos repetitivos do joelho, como correr, pular ou subir escadas, podem causar sobrecarga na articulação patelofemoral, levando à irritação e dor.
Lesões anteriores
Lesões prévias no joelho, como entorses, podem resultar em desalinhamento da rótula ou fraqueza muscular que contribui para a síndrome.
Fatores anatômicos
Algumas pessoas podem ter uma predisposição anatômica, como uma rótula que não está alinhada corretamente dentro da trilha femoral.
Atividades esportivas
Certos esportes ou atividades que envolvem movimentos de torção ou estresse repetitivo nos joelhos podem aumentar o risco de desenvolver a síndrome patelofemoral.
Mudanças na superfície articular
Alterações na cartilagem da rótula ou do fêmur podem contribuir para o atrito e a irritação na articulação.
Como é o tratamento da dor patelofemoral com a fisioterapia?
O tratamento com fisioterapia é uma parte fundamental do manejo da síndrome patelofemoral.
O objetivo da fisioterapia é fortalecer os músculos ao redor do joelho, melhorar a biomecânica da articulação patelofemoral, reduzir a dor e prevenir recorrências.
Confira algumas das abordagens comuns que um fisioterapeuta pode utilizar no tratamento da síndrome patelofemoral:
Técnicas de mobilização articular
O fisioterapeuta pode realizar técnicas de mobilização suave para ajudar a melhorar a mobilidade da articulação patelofemoral.
Terapia manual
Isso pode incluir a liberação miofascial e outras técnicas manuais para ajudar a relaxar músculos tensos e reduzir a dor.
Treinamento funcional
À medida que o paciente progride no tratamento, o fisioterapeuta pode incluir atividades funcionais e esportivas específicas para garantir que o joelho esteja pronto para retornar às atividades normais.
Exercícios de fortalecimento muscular
O fisioterapeuta irá prescrever exercícios específicos para fortalecer os músculos ao redor do joelho, especialmente os quadríceps (parte frontal da coxa) e os músculos isquiotibiais (parte posterior da coxa). Exemplos de exercícios incluem:
- Agachamentos controlados;
- Leg press;
- Extensões de perna;
- Flexão do joelho;
- Exercícios de equilíbrio e estabilização.
Exercícios de controle motor e estabilização
Estes são exercícios que visam melhorar o controle motor e a estabilidade da articulação do joelho.
Isso pode envolver exercícios em que o paciente aprende a controlar o movimento da rótula durante atividades funcionais, como subir escadas ou agachar.
Educação e modificação de atividades
O fisioterapeuta fornecerá orientações sobre como modificar atividades diárias e esportivas para evitar estresse excessivo no joelho.
O tratamento que vai devolver a saúde dos seus membros inferiores
A base da proposta do Instituto TRATA está centrada na ideia de inovação no tratamento das extremidades inferiores, abrangendo quadril, joelho e pé. A asseguração de resultados eficazes espelha os métodos seguidos pela equipe:
Avaliação clínica detalhada
O paciente passa por uma avaliação clínica detalhada realizada por um especialista da equipe. Esse inicial procedimento possibilita uma orientação direcionada ao tratamento, considerando o quadro individual de cada paciente.
Avaliação cinemática dos movimentos do corpo
Posteriormente, o paciente passa por uma avaliação cinemática dos movimentos corporais. O objetivo é examinar a organização dos ossos e músculos em resposta à gravidade e às forças que atuam no corpo humano. Para essa finalidade, empregamos um software especializado de análise de movimento chamado TrataScan. Sua tecnologia avançada permite identificar quaisquer alterações na força ou funcionalidade das estruturas que podem resultar em quadros inflamatórios ou dolorosos, por exemplo.
Durante essa fase, é possível avaliar assimetrias, padrões motores, lesões associadas, presença de compensações e determinar quais estruturas necessitam de intervenção.
Protocolo de tratamento das lesões dos membros inferiores
A etapa final envolve a implementação do protocolo de tratamento para lesões nas extremidades inferiores, desenvolvido pela rede e embasado em evidências científicas.
A atenção é direcionada para o alinhamento biomecânico das extremidades inferiores, visando aprimorar a condição do paciente (evitando recidivas) e, consequentemente, proporcionar uma maior qualidade de vida.
Não há um atendimento padronizado. Analisamos as necessidades individuais de cada paciente e desenvolvemos a abordagem de tratamento mais adequada para cada caso.
A incorporação da tecnologia é uma parte integral do nosso programa de tratamento, com o propósito de proporcionar aos pacientes as mais avançadas técnicas no tratamento conservador de Fisioterapia.
Agendar sua AvaliaçãoAtualmente é diretor-clínico do Instituto TRATA – Joelho e Quadril.
Graduado em Fisioterapia no ano de 2001 e Especialista (pós-graduação) em Fisioterapia neuro-musculo-esquelética pela Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo – ISCMSP (2003)
Mestre em Engenharia Biomédica pela Universidade de Mogi das Cruzes – UMC (2006)
Doutor em Ciências pelo programa de Cirurgia e Experimentação da Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP (2011)
Pós-doutorado (post doc) em Biomecânica pela University of Southern California – USC (2013)
Docente da graduação do Centro Universitário São Camilo – CUSC e Fisioterapeuta da Seleção Brasileira de Futebol Feminino
Foi Professor Adjunto da pós-graduação em Fisioterapia musculo-esquelética – ISCMSP e Supervisor do Grupo de Joelho, Quadril, Traumatologia Esportiva e Ortopedia Pediátrica – ISCMSP
Vencedor dos prêmios EXCELLENCE IN RESEARCH AWARD pelo melhor artigo publicado no ano de 2010 e EXCELLENCE IN CLINICAL INQUIRY no ano de 2011 no Journal of Orthopaedic and Sports Physical Therapy (JOSPT).
Membro da Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva (SONAFE). Tem mais de 60 publicações nacionais e internacionais com ênfase em Reabilitação em Ortopedia e Traumatologia, Joelho e Quadril, Traumatologia esportiva e Eletrotermofototerapia.