Popularmente, a sinovite é referenciada como “água no joelho” e caracteriza-se como uma inflamação da membrana sinovial, uma fina camada de tecido conjuntivo que reveste estruturas como tendões musculares, cápsulas articulares e bolsas sinoviais.
Se você ainda não teve, deve conhecer alguém que já foi diagnosticado com água no joelho, ou sinovite, termo utilizado por especialistas.
Agendar sua AvaliaçãoDescubra mais sobre os sintomas, causa e tratamento dessa condição que pode afetar o joelho a seguir.
Sinovite (água no joelho): o que é?
A Sinovite, popularmente conhecida como “água no joelho”, é uma inflamação.
Agendar sua AvaliaçãoA membrana sinovial é responsável pela produção e absorção do líquido sinovial, um gel viscoso que possui uma composição muito semelhante à do plasma.
Esse líquido tem a propriedade de lubrificar as estruturas que alcança, reduzindo o possível atrito entre elas.
Quando ocorre uma inflamação da membrana do joelho, o processo de produção/absorção do líquido sinovial sofre um desequilíbrio e, como resultado, a articulação do joelho se enche de líquido, daí a denominação sinovite ou “água no joelho”.
O que é a membrana sinovial?
A membrana sinovial é um tecido conjuntivo especializado que reveste as cavidades das articulações sinoviais, aquelas que permitem amplo movimento entre os ossos e são fundamentais para a realização das mais variadas ações do dia a dia, desde caminhar até escrever.
Esta membrana desempenha papéis cruciais tanto na proteção quanto na funcionalidade das articulações, como o joelho, garantindo seu movimento suave e sem dor.
Uma das principais funções da membrana sinovial é a produção do líquido sinovial.
O que é o líquido sinovial?
Essa substância é um líquido viscoso rico em proteínas e ácido hialurônico.
Este líquido tem várias funções importantes: ele lubrifica as articulações, reduzindo o atrito entre os ossos durante o movimento; fornece nutrientes às células da cartilagem articular; e absorve choques, protegendo as articulações de impactos.
O que pode causar a Sinovite (água no joelho)?
Diversos fatores podem provocar essa condição, gerando sintomas como dor, inchaço e rigidez na articulação afetada.
Entre as causas principais estão:
Artrite reumatoide
Uma das causas mais significativas da sinovite é a artrite reumatoide (AR), uma doença autoimune crônica que afeta principalmente as articulações.
Nessa condição, o sistema imunológico ataca erroneamente o tecido saudável, incluindo a membrana sinovial, levando à inflamação persistente, dor e, eventualmente, à degradação da articulação.
Lesões ou traumas
Impactos diretos, torções ou outros tipos de lesões no joelho podem danificar a membrana sinovial, resultando em inflamação.
Desgaste articular (osteoartrite)
O desgaste natural das articulações decorrente do envelhecimento ou uso excessivo pode causar a sinovite como uma resposta secundária ao dano da cartilagem.
Infecções
Infecções bacterianas, virais ou fúngicas dentro da articulação (artrite séptica) podem invadir a membrana sinovial e desencadear a inflamação.
Gota e pseudogota
A acumulação de cristais, como urato na gota ou pirofosfato de cálcio na pseudogota, nas articulações pode irritar a membrana sinovial.
Doenças gemorrágicas
Condições que provocam sangramento dentro das articulações, como a hemofilia, também podem induzir a sinovite.
Sobrecarga e uso excessivo
Atividades físicas intensas ou repetitivas podem causar sinovite devido à irritação contínua da membrana sinovial.
Sinovite (água no joelho): Sinais e sintomas
Os sintomas da sinovite, comumente referida como “água no joelho”, podem variar em intensidade, mas geralmente incluem os seguintes:
Dor
A dor é um dos sintomas mais comuns desse problema, podendo variar de leve a severa e geralmente piora ao mover a articulação afetada ou aplicar pressão sobre ela.
Inchaço
Um dos sintomas mais evidentes da sinovite é o inchaço na região da articulação, causado pelo acúmulo de líquido sinovial.
O joelho pode parecer inflado ou mais “cheio” do que o normal.
Rigidez
Pode haver uma sensação de rigidez na articulação, especialmente após períodos de inatividade ou ao acordar pela manhã, o que pode limitar o movimento.
Calor e vermelhidão
A área ao redor da articulação afetada pode se sentir quente ao toque e aparecer mais avermelhada, indicando inflamação.
Sensibilidade
A articulação pode estar sensível ao toque, e a dor pode aumentar com a pressão direta sobre a área inflamada.
Diminuição da amplitude de movimento
Devido à dor, inchaço e rigidez, pode haver uma diminuição na capacidade de mover a articulação afetada livremente.
Crepitação
Algumas pessoas podem notar uma sensação ou som de crepitação ao mover a articulação, devido ao inchaço que interfere nos movimentos normais.
Diagnóstico e exames da Sinovite (água no joelho)
Por meio do exame físico, o especialista consegue confirmar o diagnóstico de sinovite.
Além do exame físico, podem ser realizados exames como radiografia, ultrassonografia e ressonância magnética.
Qual o tratamento para Sinovite (água no joelho)?
O tratamento desse problema depende de sua causa.
Em alguns casos, o especialista pode realizar uma punção para remover o excesso de líquido intra-articular.
No entanto, na maioria dos casos, o tratamento envolve fisioterapia, que busca reduzir o edema, promover aumento circulatório, realizar drenagem linfática, fortalecer a musculatura e recuperar a amplitude articular.
Para o sucesso do tratamento desse problema, é crucial identificar a origem da inflamação da membrana sinovial para aplicar os procedimentos adequados.
É importante ressaltar que o tempo necessário para a recuperação também dependerá da causa subjacente da inflamação.
Sinovite (água no joelho) e a Fisioterapia
A fisioterapia é uma abordagem terapêutica fundamental para os indivíduos diagnosticados com sinovite (água no joelho), oferecendo uma série de benefícios que contribuem não só para a redução dos sintomas desse problema, mas também para a melhoria da funcionalidade e qualidade de vida.
Entre os principais benefícios da fisioterapia para quem tem sinovite, destacam-se:
1. Redução da dor
Através de técnicas como terapia manual e ultrassom terapêutico a fisioterapia pode ajudar significativamente na redução da dor associada à sinovite.
2. Diminuição do inchaço
Exercícios específicos e técnicas de drenagem linfática podem ser utilizados para auxiliar na redução do inchaço, promovendo a reabsorção do excesso de líquido sinovial.
3. Melhoria da amplitude de movimento
A rigidez e a perda de flexibilidade são desafios comuns na sinovite. A fisioterapia trabalha com exercícios de mobilidade e fortalecimento para melhorar a amplitude de movimento e a flexibilidade da articulação afetada.
4. Fortalecimento muscular
O fortalecimento dos músculos ao redor da articulação afetada é crucial para oferecer suporte e estabilidade, além de ajudar a prevenir futuras lesões ou agravação da condição.
5. Melhoria da funcionalidade
Com um programa personalizado de fisioterapia, o paciente pode recuperar a capacidade de realizar atividades diárias com menos desconforto e maior eficiência, melhorando assim sua qualidade de vida.
6. Prevenção de recorrências
Ao aprender técnicas adequadas de movimento, bem como exercícios específicos para manter a saúde da articulação, os pacientes podem reduzir o risco de futuros episódios de sinovite.
7. Educação do paciente
Fisioterapeutas não apenas fornecem tratamento, mas também educam os pacientes sobre sua condição e como gerenciá-la de forma eficaz no dia a dia.
Quanto tempo demora para curar uma Sinovite (água no joelho)?
O tempo necessário para curar uma sinovite, comumente conhecida como “água no joelho”, pode variar consideravelmente de acordo com a severidade da inflamação, a causa subjacente e a resposta do indivíduo ao tratamento.
Geralmente, casos leves de sinovite podem começar a mostrar melhoria dentro de alguns dias a uma semana com tratamento adequado, enquanto casos mais graves ou crônicos podem levar várias semanas ou até meses para se resolverem completamente.
Como prevenir a Sinovite (água no joelho)?
A prevenção da “água no joelho” pode ser realizada controlando o peso corporal e, principalmente, mantendo-se ativo, além de trabalhar o reforço muscular nos membros inferiores para reduzir a sobrecarga no joelho.
É importante manter uma boa condição muscular nas pernas antes de iniciar qualquer atividade física.
Evite realizar movimentos que possam sobrecarregar o joelho e evite forçar o membro em exercícios ou atividades cotidianas.
Recomenda-se também dialogar com seu fisioterapeuta, seguir todas as suas orientações e realizar movimentos que fortaleçam os músculos que sustentam a articulação do joelho.
O tratamento que vai devolver a saúde dos seus membros inferiores
A proposta do Instituto TRATA está fundamentada no conceito de inovação, no que se refere ao tratamento de membros inferiores (quadril, joelho e pé).
A garantia de resultados eficazes reflete os procedimentos adotados pela equipe:
Avaliação clínica detalhada
O paciente é submetido a uma avaliação clínica detalhada, feita por um especialista da equipe.
É esse primeiro passo que viabiliza um direcionamento específico ao tratamento, de acordo com o quadro particular de cada paciente.
Avaliação cinemática dos movimentos do corpo
A seguir, o paciente é levado a uma avaliação cinemática dos movimentos do corpo. A finalidade é analisar como os ossos e os músculos estão organizados na reação à gravidade e às forças atuantes no corpo humano. Para isso, utilizamos um software exclusivo de análise de movimento chamado TrataScan, cuja tecnologia avançada permite detectar quaisquer alterações na força ou funcionalidade das estruturas que acabam levando a um quadro inflamatório ou doloroso, por exemplo.
Assimetrias, padrões motores, lesões associadas, existência de compensações e quais estruturas devem ser trabalhadas são alguns pontos que podem ser avaliados durante essa etapa.
Protocolo de tratamento das lesões dos membros inferiores
O último passo consiste na aplicação do protocolo de tratamento das lesões dos membros inferiores, formulado pela rede e baseado em evidências científicas.
O foco se concentra no alinhamento biomecânico dos membros inferiores com o objetivo final de melhora do quadro do paciente (sem recidivas) e, por conseguinte, de uma maior qualidade de vida.
Nenhum atendimento é padrão. Avaliamos as necessidades específicas de cada paciente e montamos a abordagem de tratamento mais assertiva para cada quadro.
A tecnologia faz parte do nosso programa de tratamento com o objetivo de oferecer aos pacientes o que há de mais avançado no tratamento conservador de Fisioterapia.
Agendar sua AvaliaçãoAtualmente é diretor-clínico do Instituto TRATA – Joelho e Quadril.
Graduado em Fisioterapia no ano de 2001 e Especialista (pós-graduação) em Fisioterapia neuro-musculo-esquelética pela Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo – ISCMSP (2003)
Mestre em Engenharia Biomédica pela Universidade de Mogi das Cruzes – UMC (2006)
Doutor em Ciências pelo programa de Cirurgia e Experimentação da Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP (2011)
Pós-doutorado (post doc) em Biomecânica pela University of Southern California – USC (2013)
Docente da graduação do Centro Universitário São Camilo – CUSC e Fisioterapeuta da Seleção Brasileira de Futebol Feminino
Foi Professor Adjunto da pós-graduação em Fisioterapia musculo-esquelética – ISCMSP e Supervisor do Grupo de Joelho, Quadril, Traumatologia Esportiva e Ortopedia Pediátrica – ISCMSP
Vencedor dos prêmios EXCELLENCE IN RESEARCH AWARD pelo melhor artigo publicado no ano de 2010 e EXCELLENCE IN CLINICAL INQUIRY no ano de 2011 no Journal of Orthopaedic and Sports Physical Therapy (JOSPT).
Membro da Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva (SONAFE). Tem mais de 60 publicações nacionais e internacionais com ênfase em Reabilitação em Ortopedia e Traumatologia, Joelho e Quadril, Traumatologia esportiva e Eletrotermofototerapia.