O tendão de Aquiles inflamado pode ser um sinal de microlesões ou até mesmo lesões mais graves, incluindo rupturas completas.
Essas lesões podem ser dolorosas e limitar a capacidade de realizar atividades físicas, e, em alguns casos, podem exigir tratamento cirúrgico para reparação.
Agendar sua AvaliaçãoPor isso, é importante cuidar bem do tendão de Aquiles e adotar medidas preventivas para evitar lesões.
Neste artigo, você vai descobrir o que fazer com o tendão de Aquiles inflamado, os tratamentos disponíveis e os benefícios da fisioterapia.
Anatomia do tendão de Aquiles
O tendão de Aquiles é um dos tendões mais importantes do corpo humano e é responsável por conectar o músculo da panturrilha (gastrocnêmio e sóleo) ao osso do calcanhar (calcâneo).
Agendar sua AvaliaçãoEle é considerado o tendão mais forte e espesso do corpo humano e é fundamental para o movimento da flexão plantar do pé.
Anatomicamente, o tendão de Aquiles é uma estrutura fibrosa em forma de cordão que mede cerca de 15 cm de comprimento e 6 mm de diâmetro.
É composto por tecido conjuntivo denso, formado por feixes de fibras de colágeno dispostos em paralelo, além de células especiais chamadas de tenócitos, responsáveis pela produção e manutenção da matriz extracelular do tendão.
O tendão de Aquiles possui uma vascularização relativamente pobre, o que significa que recebe pouca quantidade de sangue.
Isso pode torná-lo mais propenso a lesões, especialmente em pessoas que praticam atividades físicas intensas ou que realizam movimentos repetitivos que sobrecarregam o tendão.
Tipos de tendinite do tendão de Aquiles
A tendinite é uma inflamação do tendão que pode ser causada por várias razões, como lesões repetitivas, excesso de uso, sobrecarga, idade avançada, diabetes, artrite e outras condições médicas.
No caso do tendão de Aquiles, existem diferentes tipos de tendinite que podem ocorrer.
- Tendinite insercional: ocorre na área onde o tendão de Aquiles se prende ao osso do calcanhar. É geralmente causada por lesões repetitivas ou crônicas e pode causar dor e sensibilidade na região.
- Tendinite não insercional: ocorre na parte central do tendão de Aquiles e é geralmente causada por sobrecarga ou excesso de uso. Pode causar dor, inchaço e rigidez na região.
- Tendinose: é uma condição degenerativa do tendão de Aquiles que ocorre quando há danos às fibras do tendão sem inflamação. É mais comum em pessoas mais velhas e pode causar dor, inchaço e rigidez na região.
- Tendinite paratendinosa: ocorre na bainha que envolve o tendão de Aquiles e é geralmente causada por lesões repetitivas ou sobrecarga. Pode causar dor e inchaço na região.
- Síndrome da compressão do tendão de Aquiles: ocorre quando o tendão de Aquiles é comprimido entre o osso do calcanhar e outras estruturas ósseas, causando dor e inchaço.
Sintomas do tendão de Aquiles inflamado
Os sintomas do tendão de Aquiles inflamado variam de acordo com a gravidade da inflamação.
Os sinais mais comuns incluem:
- Dor na parte posterior do calcanhar: a dor pode ser leve a intensa e geralmente é sentida na região próxima ao calcanhar.
- Inchaço: a área ao redor do tendão de Aquiles pode ficar inchada e dolorida.
- Rigidez: pode haver dificuldade para mover o pé ou para caminhar devido à rigidez da região.
- Sensibilidade: a área ao redor do tendão pode ficar sensível ao toque.
- Crepitação: algumas pessoas podem sentir um ruído de crepitação (como um estalo) quando o tendão é movimentado.
- Vermelhidão: em casos mais graves, a área ao redor do tendão pode ficar vermelha e inflamada.
- Fraqueza muscular: a inflamação do tendão de Aquiles pode causar fraqueza muscular na perna afetada.
Tendão de Aquiles pode romper?
O tendão de Aquiles pode romper, especialmente em pessoas que praticam atividades físicas que envolvem movimentos bruscos, como corrida, basquete, tênis e futebol.
Além disso, o risco de ruptura do tendão de Aquiles aumenta com a idade, já que a elasticidade do tendão diminui com o envelhecimento.
A ruptura do tendão de Aquiles geralmente ocorre durante um movimento de aceleração, como correr ou pular, e é frequentemente acompanhada por um som de “estalo”.
Os sintomas incluem dor intensa na parte posterior da perna, inchaço, hematomas e dificuldade para caminhar ou apoiar o peso no pé afetado.
Tendinite de tendão de Aquiles inflamado tem cura?
A tendinite do tendão de Aquiles tem cura na maioria dos casos. O tratamento adequado pode ajudar a reduzir a dor, a inflamação e a rigidez, além de melhorar a mobilidade da região afetada.
Como é o diagnóstico?
O diagnóstico de inflamação do tendão de Aquiles pode ser feito por um especialista, que realizará uma avaliação clínica e física do paciente.
Durante a avaliação clínica, o profissional de saúde irá verificar a presença de dor e inchaço no tendão de Aquiles, além de avaliar a capacidade de movimentação e força do tornozelo e do pé.
O histórico do paciente também será levado em consideração, incluindo informações sobre atividades físicas, lesões anteriores e uso de medicamentos.
O especialista pode solicitar exames complementares, como uma radiografia ou uma ressonância magnética, para avaliar o grau de lesão do tendão de Aquiles e descartar outras possíveis causas de dor no tornozelo e no pé.
É importante que o diagnóstico seja feito por um profissional de saúde qualificado, para que o tratamento adequado possa ser indicado e a lesão não se agrave.
Tratamento para tendinite de aquiles inflamado
O tratamento para tendão de Aquiles inflamado pode envolver diferentes abordagens, dependendo da gravidade da inflamação e da causa subjacente da lesão.
Algumas das opções de tratamento mais comuns incluem:
Fisioterapia
O fisioterapeuta pode recomendar exercícios de mobilidade e fortalecimento, além do uso de laserterapia, para ajudar a reduzir a inflamação e melhorar a mobilidade da região afetada.
Órteses
O uso de órteses pode ajudar a proteger o tendão de Aquiles e reduzir o estresse na região afetada.
Cirurgia
Em casos graves, quando a tendinopatia não responde ao tratamento conservador, pode ser necessário recorrer à cirurgia.
Além disso, é importante adotar hábitos saudáveis, como usar calçados adequados, evitar o uso excessivo da região e fazer pausas regulares durante atividades prolongadas em pé ou sentado.
O tratamento para tendão de Aquiles inflamado pode levar algumas semanas ou meses, dependendo da gravidade da lesão.
É importante seguir as orientações do especialista para garantir uma recuperação adequada e evitar recorrências.
Os benefícios da Fisioterapia para o tendão de Aquiles inflamado
A fisioterapia pode trazer vários benefícios para o tratamento da tendinite de Aquiles, ajudando a reduzir a inflamação e a dor e a melhorar a mobilidade da região afetada.
Alguns dos principais benefícios incluem:
- Redução da inflamação: A fisioterapia pode incluir técnicas de terapia manual, como liberação miofascial, que ajudam a reduzir a inflamação do tendão de Aquiles, além do uso de laser.
- Alívio da dor: O fisioterapeuta pode usar técnicas de terapia manual e exercícios específicos para ajudar a reduzir a dor na região afetada.
- Melhora da mobilidade: A fisioterapia pode incluir exercícios de alongamento e fortalecimento que ajudam a melhorar a mobilidade da região afetada, além de corrigir desequilíbrios musculares que podem contribuir para a tendinite de Aquiles.
- Prevenção de recorrências: O fisioterapeuta pode ajudar a identificar as causas subjacentes da tendinite de Aquiles e recomendar mudanças no estilo de vida, técnicas de prevenção e exercícios para prevenir recorrências.
Existe prevenção?
Existem algumas medidas que podem ajudar a prevenir a inflamação do tendão de Aquiles:
- Fortalecimento muscular: realizar exercícios de fortalecimento para os músculos da panturrilha pode ajudar a reduzir a tensão no tendão de Aquiles.
- Mobilidade: fazer exercícios de mobilidade antes e depois de atividades físicas pode ajudar a aquecer os músculos e reduzir a tensão no tendão.
- Evitar atividades repetitivas: atividades que envolvem movimentos repetitivos que estressam o tendão de Aquiles devem ser evitadas ou praticadas com moderação.
- Usar calçados adequados: usar sapatos adequados para a atividade física que oferecem suporte adequado aos pés e tornozelos pode ajudar a reduzir o risco de lesões.
- Aumentar gradualmente a intensidade do exercício: aumentar gradualmente a intensidade do exercício pode ajudar a evitar lesões por sobrecarga.
- Descansar e tratar lesões: se houver sinais de lesão, é importante descansar o tendão de Aquiles e procurar tratamento adequado imediatamente para evitar o agravamento da lesão.
Tratamento Cirúrgico, quando é necessário?
A cirurgia pode ser realizada para remover tecido inflamado ou danificado no tendão, reparar ou reconstruir o tendão, ou ainda, remover esporões ósseos que possam estar pressionando o tendão.
O tipo de cirurgia mais adequado dependerá da gravidade e da causa da inflamação do tendão de Aquiles.
Após a cirurgia, o paciente geralmente precisará usar um aparelho ortopédico, como uma bota ou gesso, para imobilizar o tornozelo e permitir a cicatrização do tendão.
Além disso, a fisioterapia será necessária para ajudar a recuperar a força e a flexibilidade do tornozelo e do pé.
É importante lembrar que a cirurgia é um procedimento invasivo e pode apresentar riscos, como infecções, sangramentos e complicações anestésicas.
Portanto, antes de optar pela cirurgia, é importante conversar com um especialista e avaliar todas as opções de tratamento disponíveis.
Os riscos da cirurgia
Como qualquer procedimento, a cirurgia de tendão de Aquiles apresenta alguns riscos e possíveis complicações. Alguns dos riscos incluem:
- Infecção: a infecção é um risco comum em qualquer cirurgia. O paciente pode desenvolver uma infecção na incisão cirúrgica ou no interior do tendão.
- Sangramento: durante a cirurgia, pode ocorrer sangramento excessivo, levando a complicações.
- Dor persistente: após a cirurgia, o paciente pode continuar a sentir dor no tendão de Aquiles.
- Aderências e cicatrizes: pode haver formação de tecido cicatricial excessivo ou aderências que possam limitar a amplitude de movimento do tornozelo e do pé.
- Falha da cirurgia: a cirurgia pode não ser bem-sucedida, e o paciente pode continuar a sentir dor ou a ter problemas no tendão de Aquiles.
É importante lembrar que os riscos e as complicações podem variar de acordo com o tipo de cirurgia realizada, o estado geral de saúde do paciente e outros fatores individuais.
O especialista responsável pela cirurgia deve discutir os riscos e benefícios da cirurgia com o paciente antes do procedimento.
O tratamento que vai devolver a saúde dos seus membros inferiores
A base da proposta do Instituto TRATA está centrada na ideia de inovação no tratamento das extremidades inferiores, abrangendo quadril, joelho e pé. A asseguração de resultados eficazes espelha os métodos seguidos pela equipe:
Avaliação clínica detalhada
O paciente passa por uma avaliação clínica detalhada realizada por um especialista da equipe. Esse inicial procedimento possibilita uma orientação direcionada ao tratamento, considerando o quadro individual de cada paciente.
Avaliação cinemática dos movimentos do corpo
Posteriormente, o paciente passa por uma avaliação cinemática dos movimentos corporais. O objetivo é examinar a organização dos ossos e músculos em resposta à gravidade e às forças que atuam no corpo humano. Para essa finalidade, empregamos um software especializado de análise de movimento chamado TrataScan. Sua tecnologia avançada permite identificar quaisquer alterações na força ou funcionalidade das estruturas que podem resultar em quadros inflamatórios ou dolorosos, por exemplo.
Durante essa fase, é possível avaliar assimetrias, padrões motores, lesões associadas, presença de compensações e determinar quais estruturas necessitam de intervenção.
Protocolo de tratamento das lesões dos membros inferiores
A etapa final envolve a implementação do protocolo de tratamento para lesões nas extremidades inferiores, desenvolvido pela rede e embasado em evidências científicas.
A atenção é direcionada para o alinhamento biomecânico das extremidades inferiores, visando aprimorar a condição do paciente (evitando recidivas) e, consequentemente, proporcionar uma maior qualidade de vida.
Não há um atendimento padronizado. Analisamos as necessidades individuais de cada paciente e desenvolvemos a abordagem de tratamento mais adequada para cada caso.
A incorporação da tecnologia é uma parte integral do nosso programa de tratamento, com o propósito de proporcionar aos pacientes as mais avançadas técnicas no tratamento conservador de Fisioterapia.
Agendar sua AvaliaçãoAtualmente é diretor-clínico do Instituto TRATA – Joelho e Quadril.
Graduado em Fisioterapia no ano de 2001 e Especialista (pós-graduação) em Fisioterapia neuro-musculo-esquelética pela Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo – ISCMSP (2003)
Mestre em Engenharia Biomédica pela Universidade de Mogi das Cruzes – UMC (2006)
Doutor em Ciências pelo programa de Cirurgia e Experimentação da Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP (2011)
Pós-doutorado (post doc) em Biomecânica pela University of Southern California – USC (2013)
Docente da graduação do Centro Universitário São Camilo – CUSC e Fisioterapeuta da Seleção Brasileira de Futebol Feminino
Foi Professor Adjunto da pós-graduação em Fisioterapia musculo-esquelética – ISCMSP e Supervisor do Grupo de Joelho, Quadril, Traumatologia Esportiva e Ortopedia Pediátrica – ISCMSP
Vencedor dos prêmios EXCELLENCE IN RESEARCH AWARD pelo melhor artigo publicado no ano de 2010 e EXCELLENCE IN CLINICAL INQUIRY no ano de 2011 no Journal of Orthopaedic and Sports Physical Therapy (JOSPT).
Membro da Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva (SONAFE). Tem mais de 60 publicações nacionais e internacionais com ênfase em Reabilitação em Ortopedia e Traumatologia, Joelho e Quadril, Traumatologia esportiva e Eletrotermofototerapia.