Foi diagnosticado com um tipo de tendinite e está em dúvida se tendinopatia tem cura? Neste artigo você vai descobrir mais sobre essa condição, os tipos e o tratamento.
Tendinopatia significa que o indivíduo tem uma condição lesiva nos tendões. Ela pode ocorrer em qualquer articulação que tenha tendões inseridos. O problema mais comum relacionado aos tendões é chamado de tendinite, que é a inflamação do tendão. Os tendões são estruturas fibrosas que ligam os músculos aos ossos. Geralmente, o termo tendinopatia é designado para dor crônica nos tendões. Já o termo tendinite é caracterizado por quadros inflamatórios agudos, embora essa seja uma classificação puramente teórica.
Agendar sua AvaliaçãoQuais São As Tendinopatias Mais Comuns?
Antes de falar se a tendinopatia tem cura vamos falar sobre os tipos mais comuns.
Os tendões estão presentes no corpo todo. Graças à eles, é possível movimentar os ossos, uma vez que eles fazem a conexão dos músculos com os ossos.
Agendar sua AvaliaçãoMas as regiões mais comuns nas quais aparecem os problemas nos tendões são as regiões que mais sofrem com movimentos repetitivos ou sobrecarga: punho, cotovelo, ombro, joelho e tornozelo.
Algumas tendinites comuns são:
- Tendinite de Aquiles: localizada entre o tornozelo e o calcanhar;
- Tendinite patelar: localizada na região anterior do joelho;
- Tendinite do Manguito Rotador: localizado no ombro, caracterizando a lesão de “ombro de tenista”;
- Epicondilite Lateral ou Medial: lesão no cotovelo, caracterizando o que se chama “cotovelo de golfista”.
Vamos ver cada uma delas, em detalhes.
Tendinite de Aquiles
Afeta o tendão de Aquiles, que conecta a panturrilha aos ossos do calcanhar. O nome correto é tendinite do calcâneo, em virtude da sua localização.
Afeta sobretudo os jovens e os praticantes de atividade física, devido à sobrecarga na região. A dor piora com atividade física, o que ajuda no diagnóstico.
Afinal, essa tendinite tem cura? O tratamento não envolve cirurgia e em alguns meses a dor desaparece por completo. Para isso, é necessário o diagnóstico correto e o tratamento adequado, que envolve medidas paliativas para dor e fisioterapia.
Tendinite Patelar
A patela é um osso localizado fora do joelho. A tendinite patelar afeta o tendão que estabiliza a patela, ligando a patela à tíbia, que é um dos ossos da perna.
É considerada uma das lesões por esforço repetitivo mais comum do joelho, afetando de 20% a 30% dos atletas amadores. É chamada, inclusive, de “joelho de saltador” (jumper’s knee), por afetar bastante os praticantes de atividades que incluem salto.
O desequilíbrio ou encurtamento muscular pode ser uma das razões para a tendinite patelar.
O tratamento inclui o diagnóstico correto e tratamento de fortalecimento muscular local e equilíbrio muscular com o fisioterapeuta.
Tendinite do Manguito Rotador
Lesão bastante comum em praticantes de tênis. É uma lesão que atinge os tendões que fazem parte de um grupo de quatro músculos, responsáveis pela estabilização do ombro.
A tendinite do manguito rotador está ligada sobretudo à sobrecarga na região.
Os fatores de risco incluem movimentos repetitivos, como no tênis, ou uso de tablets e celulares constantemente.
Epondilite Lateral
Essa condição afeta o tendão localizado no cotovelo e, assim como as demais tendinites, também é causada por movimentos repetitivos e sobrecarga na região.
Afeta sobretudo praticantes de atividades físicas que envolvem bastante o cotovelo, como golfe e tênis, sendo inclusive chamada de tendinite do tenista.
O tratamento é, a princípio, conservador, sendo que a remissão espontânea do quadro ocorre em até 70% dos casos. Em alguns contextos mais severos, a cirurgia pode estar indicada.
Quais São As Causas das Tendinopatias?
Os tendões estão sempre associados ao estresse mecânico. Se o movimento é feito repetidas vezes, durante um tempo prolongado ou se a aplicação de força se dá de maneira exagerada, resultando em um impacto grande ao local, os tendões podem sofrer com isso.
Além disso, pessoas podem apresentar desequilíbrio mecânico, ou seja, uma área vai sofrer mais com as forças geradas com o movimento. O desalinhamento dos membros inferiores, por exemplo, pode gerar um impacto maior nos tendões do que eles conseguem suportar.
Se esse desalinhamento não é corrigido precocemente ou se a carga de impacto na região é repetidamente forte, existe grande chance dos tendões apresentarem lesões.
À medida que o corpo envelhece, os tendões vão perdendo sua elasticidade e o risco de tendinopatias vai aumentando.
A prática de esportes de maior impacto, como corrida, basquete e vôlei podem gerar sobrecarga nos tendões.
Lesões nos tendões também estão relacionadas a pessoas com sobrepeso e musculatura pouco fortalecida.
Fatores De Risco Para Tendinopatias
Algumas situações e quadros clínicos aumentam a probabilidade de desenvolvimento de problemas nos tendões.
- Falta de fortalecimento muscular apropriado, gerando sobrecarga nos tendões;
- Envelhecimento, resultando na perda de elasticidade dos tendões;
- Diabetes;
- Artrite reumatoide;
- Sobrepeso;
- Postura inadequada;
- Movimentos repetitivos;
- Esportes como corrida, tênis, basquete, vôlei, dentre outros.
Os sintomas de tendinopatias dependem muito de qual é o tendão atingido. O primeiro e principal sintoma é a dor na região do tendão, mas essa dor tem características muito próprias e depende do movimento executado.
Os principais sintomas são:
- Dor localizada;
- Diminuição da amplitude do movimento;
- Inchaço no local;
- Vermelhidão no local;
- Aumento da temperatura no local (calor);
- Diminuição da força do membro envolvido.
Há características próprias envolvidas conforme o tendão lesionado. Por exemplo, no caso do tendão patelar, há dor característica na região anterior do joelho quando a pessoa tenta caminhar ou fazer alguma atividade física.
Já o tendão de Aquiles, quando inflamado, resulta em dor logo pela manhã, ao levantar.
Diagnóstico
A consulta deve iniciar sempre pela indagação ao paciente de como é a dor. Se dá fisgadas, se é prolongada e onde é a região exata que sente dor. Além disso, quais são as atividades comuns do dia a dia as quais pioram a dor (andar, subir ou descer escadas, movimentos) etc.
Além disso, o especialista deverá fazer perguntas sobre a saúde geral do paciente e hábitos: se tem alguma doença autoimune já diagnosticada, se pratica atividade física e em qual intensidade, dentre outras.
Se houver dúvidas, exames de imagens são bastante úteis para auxiliarem no diagnóstico, sobretudo ressonância magnética. Os exames de raios-X também são bastante úteis para evidenciarem depósitos de cálcio em torno do tendão.
Porém, o diagnóstico das tendinopatias é eminentemente clínico, com exames de imagem, quando solicitados, apenas auxiliando no diagnóstico. O importante é verificar como é a dor e quais são os hábitos daquele paciente.
Mas afinal, tendinopatia tem cura?
Tratamento
As tendinopatias apresentam geralmente quadros de dor crônica, nas quais o paciente tem bastante incômodo e podem acabar limitando algumas atividades, enquanto a dor não melhora.
Se o quadro de dor for agudo, é importante tirar o paciente desse quadro para então ser realizado o tratamento em longo prazo.
Para melhorar o quadro agudo de dor, podem ser utilizadas técnicas como crioterapia (aplicação de gelo) e medicamentos como anti-inflamatórios.
A fisioterapia tem um papel fundamental no tratamento das tendinopatias, pois graças à fisioterapia é realizado tratamento que auxilia a cicatrização deste tecido além de fortalecimento muscular específico para a região que envolve o tendão, justamente para que a mesma não sofra sobrecarga.
Tendinopatia tem cura, mas é necessário que o paciente siga à risca o tratamento proposto. São esses cuidados que previnem que a lesão cronifique ou que haja a ruptura do tendão. Portanto, é importante o diagnóstico correto e o tratamento adequado, respeitando, inclusive os períodos de descanso.
Muitas pessoas acreditam que apenas o repouso total elimina inteiramente a tendinopatia, mas isso não acontece. O repouso pode melhorar temporariamente a inflamação no local, mas sem exercícios apropriados de fortalecimento para a região, a tendência é a dor voltar e pode até voltar com mais intensidade, limitando, inclusive, atividades diárias.
Dessa forma, o tratamento das tendinopatias passa por um diagnóstico correto e seguimento à risco do tratamento proposto, sempre levando em consideração as atividades e a condição física do paciente.
O tratamento que vai devolver a saúde dos seus membros inferiores
A proposta do Instituto TRATA está fundamentada no conceito de inovação, no que se refere ao tratamento de membros inferiores (quadril, joelho e pé). A garantia de resultados eficazes reflete os procedimentos adotados pela equipe:
– O paciente é submetido a uma avaliação clínica detalhada, feita por um especialista da equipe. É esse primeiro passo que viabiliza um direcionamento específico ao tratamento, de acordo com o quadro particular de cada paciente.
– A seguir, o paciente é levado a uma avaliação cinemática dos movimentos do corpo. A finalidade é analisar como os ossos e os músculos estão organizados na reação à gravidade e às forças atuantes no corpo humano. Para isso, utilizamos um software exclusivo de análise de movimento chamado TrataScan, cuja tecnologia avançada permite detectar quaisquer alterações na força ou funcionalidade das estruturas que acabam levando a um quadro inflamatório ou doloroso, por exemplo. Assimetrias, padrões motores, lesões associadas, existência de compensações e quais estruturas devem ser trabalhadas são alguns pontos que podem ser avaliados durante essa etapa.
– O último passo consiste na aplicação do protocolo de tratamento das lesões dos membros inferiores, formulado pela rede e baseado em evidências científicas. O foco se concentra no alinhamento biomecânico dos membros inferiores com o objetivo final de melhora do quadro do paciente (sem recidivas) e, por conseguinte, de uma maior qualidade de vida.
Nenhum atendimento é padrão. Avaliamos as necessidades específicas de cada paciente e montamos a abordagem de tratamento mais assertiva para cada quadro. A tecnologia faz parte do nosso programa de tratamento com o objetivo de oferecer aos pacientes o que há de mais avançado no tratamento conservador de Fisioterapia.
Agendar sua AvaliaçãoAtualmente é diretor-clínico do Instituto TRATA – Joelho e Quadril.
Graduado em Fisioterapia no ano de 2001 e Especialista (pós-graduação) em Fisioterapia neuro-musculo-esquelética pela Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo – ISCMSP (2003)
Mestre em Engenharia Biomédica pela Universidade de Mogi das Cruzes – UMC (2006)
Doutor em Ciências pelo programa de Cirurgia e Experimentação da Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP (2011)
Pós-doutorado (post doc) em Biomecânica pela University of Southern California – USC (2013)
Docente da graduação do Centro Universitário São Camilo – CUSC e Fisioterapeuta da Seleção Brasileira de Futebol Feminino
Foi Professor Adjunto da pós-graduação em Fisioterapia musculo-esquelética – ISCMSP e Supervisor do Grupo de Joelho, Quadril, Traumatologia Esportiva e Ortopedia Pediátrica – ISCMSP
Vencedor dos prêmios EXCELLENCE IN RESEARCH AWARD pelo melhor artigo publicado no ano de 2010 e EXCELLENCE IN CLINICAL INQUIRY no ano de 2011 no Journal of Orthopaedic and Sports Physical Therapy (JOSPT).
Membro da Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva (SONAFE). Tem mais de 60 publicações nacionais e internacionais com ênfase em Reabilitação em Ortopedia e Traumatologia, Joelho e Quadril, Traumatologia esportiva e Eletrotermofototerapia.