Já ouviu falar em teste de gaveta? Esse teste se trata de um exame clínico que consiste em verificar a capacidade do paciente de mover a tíbia para a frente enquanto o joelho é flexionado. O teste da gaveta anterior é o realizado para avaliar a integridade do ligamento cruzado anterior (LCA).
Neste artigo vamos entender tudo sobre esse teste, para que ele é utilizado e que patologias conduzem a esse teste.
Agendar sua AvaliaçãoPor último, mas não menos importante, vamos entender como é feito o tratamento que inclui o teste de gaveta.
Confira!
Como é feito o teste de gaveta?
O teste de gaveta é um exame clínico que consiste em verificar a capacidade do paciente de mover a tíbia para a frente enquanto o joelho está flexionado.
Para isso, o examinador segura a coxa do paciente com uma mão e usa a outra mão para mover a tíbia para a frente e para trás. O teste de gaveta é positivo quando há uma quantidade de movimento superior ao normal entre o fémur e a tíbia.
O teste de gaveta pode ser feito de diferentes maneiras: com ou sem resistência do examinador.
Com resistência: O examinador fica em frente do paciente e lhe para que levante os braços lateralmente, mantendo-os paralelos para o solo. O examinador resiste então ao movimento do paciente, empurrando para baixo os braços.
Sem resistência: O examinador fica atrás do paciente e lhe pede para levantar lateralmente os braços, mantendo-os paralelos ao chão. O examinador não oferece resistência ao movimento do paciente.
As causas para fazer o teste de gaveta são muitas, algumas mais comuns são:
- Para avaliar a integridade do LCA (ligamento cruzado anterior);
- Avaliar a estabilidade da articulação do joelho;
- Diagnosticar um rasgão no LCA (ligamento cruzado anterior).
O teste da gaveta também pode ser positivo em outras condições, como:
- Instabilidade rotatória póstero-lateral
- Efusão articular tibiofemoral
É importante ressaltar que o teste da gaveta é importante porque ajuda o fisioterapeuta a diagnosticar as patologias do joelho. No entanto, este teste não deve ser utilizado sozinho para diagnosticar uma patologia, pois existem outros testes que devem ser feitos para confirmar o diagnóstico.
O teste de Lachman, por exemplo, é outro teste clínico que ajuda no diagnóstico de patologias do joelho. Esse teste é realizado com o paciente deitado e o joelho flexionado a 30 graus. O examinador fica ao lado do paciente e fixa a coxa com uma mão enquanto segura a canela logo abaixo da rótula.
O examinador move então a tíbia para a frente e para trás, verificando a existência de qualquer movimento anormal. O teste Lachman é positivo quando há uma quantidade de movimento superior ao normal entre o fémur e a tíbia.
Sintomas
Os sintomas que levam a fazer o teste de gaveta podem ser diversos, e dependem da patologia que leva a esta condição. No entanto, ele deve ser feito se o paciente apresentar os seguintes sintomas:
- Dor de joelho;
- Instabilidade na articulação do joelho;
- Incapacidade de estender completamente o joelho;
- Inchaço na articulação do joelho.
Estes são alguns dos sintomas mais comuns, portanto, caso você apresente esses sintomas, é importante agendar uma avaliação com um fisioterapeuta para descartar qualquer outra patologia.
Teste de gaveta e diagnóstico
É feito com base no teste de gaveta, no histórico clínico do paciente e no exame físico. Em alguns casos, podem ser solicitados estudos de imagem como a RM (ressonância magnética) para confirmar o diagnóstico.
Tratamento
O teste da gaveta é utilizado para diagnosticar uma patologia, pelo que o tratamento será baseado na condição subjacente. No entanto, alguns dos tratamentos mais comuns são:
- Fisioterapia;
- Imobilização do joelho;
- Uso de muletas;
- Intervenção cirúrgica (utilizado na minoria dos casos).
Instituto TRATA e o tratamento conservador
O Instituto TRATA possui uma equipe de especialistas que, antes de submeter o paciente ao tratamento, avalia detalhadamente o seu quadro histórico. E um dos grandes referenciais durante o tratamento, é o uso da tecnologia avançada.
O Instituto tem como principal bandeira o tratamento não-invasivo de lesões nos membros inferiores como quadril e joelho. Apesar de haver a opção cirúrgica, o tratamento conservador é a primeira linha de cuidados intensivos com a articulação afetada, recorrendo a opção cirúrgica somente se a fisioterapia com bons profissionais não conseguirem erradicar os sintomas.
Proporcionar a experiência mais completa, qualificada e individualizada no tratamento do quadril e joelho, para que nossos pacientes voltem a sua rotina normal sem dor.
A rede de clínicas do Instituto TRATA oferece tratamento para quadril e joelho, sendo a mais conhecida da América Latina, levando uma experiência completa, qualificada e segura.
É importante ressaltar que a fisioterapia deve ser iniciada o mais cedo possível, logo após o diagnóstico e feito o teste de gaveta, para poder ajudar a acelerar o processo de reabilitação e melhorar as hipóteses de uma recuperação total.
Conclusão
O teste de gaveta é uma ferramenta importante que ajuda os fisioterapeutas a diagnosticar as patologias do joelho. Contudo, ele não deve ser o único teste a ser realizado para diagnosticar uma patologia, uma vez que existem outros testes que devem ser feitos para confirmar o diagnóstico.
Esperamos que este artigo tenha sido útil para compreender melhor quando e como é feito o teste de gaveta. Se você tiver alguma dúvida, por favor, sinta-se à vontade para deixar um comentário abaixo e a nossa equipe terá todo o prazer em respondê-la.
Agendar sua AvaliaçãoAtualmente é diretor-clínico do Instituto TRATA – Joelho e Quadril.
Graduado em Fisioterapia no ano de 2001 e Especialista (pós-graduação) em Fisioterapia neuro-musculo-esquelética pela Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo – ISCMSP (2003)
Mestre em Engenharia Biomédica pela Universidade de Mogi das Cruzes – UMC (2006)
Doutor em Ciências pelo programa de Cirurgia e Experimentação da Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP (2011)
Pós-doutorado (post doc) em Biomecânica pela University of Southern California – USC (2013)
Docente da graduação do Centro Universitário São Camilo – CUSC e Fisioterapeuta da Seleção Brasileira de Futebol Feminino
Foi Professor Adjunto da pós-graduação em Fisioterapia musculo-esquelética – ISCMSP e Supervisor do Grupo de Joelho, Quadril, Traumatologia Esportiva e Ortopedia Pediátrica – ISCMSP
Vencedor dos prêmios EXCELLENCE IN RESEARCH AWARD pelo melhor artigo publicado no ano de 2010 e EXCELLENCE IN CLINICAL INQUIRY no ano de 2011 no Journal of Orthopaedic and Sports Physical Therapy (JOSPT).
Membro da Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva (SONAFE). Tem mais de 60 publicações nacionais e internacionais com ênfase em Reabilitação em Ortopedia e Traumatologia, Joelho e Quadril, Traumatologia esportiva e Eletrotermofototerapia.